segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Urgências

Confesso que me chega a “mostarda ao nariz”, sempre que oiço essa história do poder autárquico ser “a maior conquista do 25 de Abril”. Nas três décadas de experiência que já leva em democracia e embora reconheça as excepções, concedo-lhe dez anos (os primeiros), em que a maioria da “obra” se orientou pelo interesse dos munícipes e pela melhoria das condições de vida das populações. Depois... bem, depois vieram os dinheiros da Europa e começou a asneira: tudo valia para justificar financiamentos (lembram-se do que aconteceu à primeira geração das ETAR?). Não me esqueço que, há apenas 33 anos atrás, grande parte das nossas localidades não tinham água canalizada, rede de esgotos, electricidade. O problema é que também não ignoro que ainda hoje existem situações dessas, em municípios que não pouparam em “obra de fachada”, espalharam construção por todo o metro quadrado disponível, como se a população fosse aumentar 30 vezes e nenhuma outra utilidade tivesse a terra que não a de levar com casas em cima. À data do 25 de Abril, reconhecia-se a falta de cerca de cem mil fogos para enfrentar as necessidades da população. Hoje, calcula-se um excedente de cerca de 500 mil! Quanto ao resto, o país “transferiu-se” para o litoral, sem que os “legítimos representantes das populações locais”, como gosta de dizer o Dr. Ruas, tivessem “engenho e arte” para contrariar a deriva.

Quando falamos da reestruturação de serviços e no poder das localidades para os manter, também é disto que se trata. Sejam serviços de urgência, comarcas, escolas ou outros quaisquer. O poder reivindicativo de uma localidade, está directamente relacionado com a capacidade que tenha para fixar a população. Ora, dos três concelhos da Região de Lafões, se usarmos como referência o período compreendido entre 1996 e 2006, só Oliveira de Frades evitou a “sangria”, mantendo-se, no entanto, em números modestos. Por isso, não se estranha que o olhar dos decisores se tenha detido nos cerca de 20 mil habitantes do concelho de São Pedro do Sul (quase tantos como os de Oliveira e Vouzela juntos) e lá tenha idealizado o Serviço de Urgência Básico.

Falemos claro: do ponto de vista das necessidades da Região, a medida não faz sentido. Se tivermos em conta os acessos existentes entre as localidades dos três concelhos e entre estas e o Hospital de Viseu, é como se um habitante de Lisboa tivesse que ir a Leiria, para rumar ao Algarve- ofereça-se um mapa das estradas ao Ministério da Saúde! Agora, não se queira é fazer passar uma imagem de “santinho”, como se o poder autárquico não tivesse responsabilidades no assunto. Claro que tem. Não só porque sempre esteve à espera da “Divina Providência” para contrariar o êxodo, como nunca tomou a iniciativa de pensar Lafões como um todo coerente, racionalizando o investimento em estruturas de apoio e aumentando a capacidade reivindicativa face ao poder central. Já que é de "urgências" que se fala, urge colocar o ordenamento do território no topo das prioridades. É mesmo urgente!

Tempos

São imagens de outros tempos que, com tempo, aqui vão sendo reveladas, mostrando momentos, pequenas marcas de como o tempo passa.

295- Vouzela: Rua Conselheiro Morais de Carvalho nos anos 50- 11 de Novembro de 2013

294- Vouzela: Hotel Mira Vouga por volta dos anos 50- 21 de Outubro de 2013

293- Automotora na estação de Moçâmedes- 14 de Outubro de 2013

292- Castelo de Vilharigues- 07 de Outubro de 2013

291- Vouzela na Illustração Portugueza de 31 de Março de 1919- 01 de Agosto de 2013

290- Vouzela: Pensão Jardim-II- 01 de Julho de 2013

289- Capa do programa das Festas do Castelo de 1956- 23 de Abril de 2013

288- Vouzela: Locomotiva E181- 25 de Fevereiro de 2013

287- Vouzella- Casa da Cavallaria (Azillo-Hospital)- 31 de Dezembro de 2012

286- Termas de São Pedro do Sul: Palácio Hotel- 17 de Dezembro de 2012

285- Vouzela: Paisagem- 03 de Dezembro de 2012

284- São Pedro do Sul: Edifício Termal- 19 de Novembro de 2012

283- Vouzela: Parque e Ermida do Monte Castelo- 12 de Novembro de 2012

282- São Pedro do Sul: Antigo Convento dos Frades- 05 de Novembro de 2012

281- São Pedro do Sul: Rua Serpa Pinto- 22 de Outubro de 2012

280- Vouzela: Mais um ângulo do Monte da Nossa Senhora do Castelo- 15 de Outubro de 2012

279- São Pedro do Sul: Convento de São Cristóvão de Lafões- 08 de Outubro de 2012

278- Vouzela: Praça da República- 01 de Outubro de 2012

277- São Pedro do Sul: Ponte do Pego- 24 de Setembro de 2012

276- Vouzela: Ponte do Caminho de Ferro- 17 de Setembro de 2012

275- São Pedro do Sul: Ponte Nova- 10 de Setembro de 2012

274- João "Rei"- 03 de Setembro de 2012

273- João António Gonçalves de Figueiredo- 29 de Agosto de 2012

272- Vouzela: Igreja de São Frei Gil- Relicário e maxilar inferior do santo- 26 de Agosto de 2012

271- São Pedro do Sul: Várzea de Pouves e rio Sul- 20 de Agosto de 2012

270- Vouzela: São Frei Gil- 26 de Agosto de 2012

269- São Pedro do Sul: Várzea de Pouves e Rio Sul- 20 de Agosto de 2012

268- Vouzela: Pensão Serrano- 13 de Agosto de 2012

267- São Pedro do Sul: Egreja da Misericórdia- 06 de Agosto de 2012

266- Pormenor da Rua de São Frei Gil- 30 de Julho de 2012

265- São Pedro do Sul: Hospital N. S. do Amparo- 23 de Julho de 2012

264- Vouzela: Atual Praça da República em 1894 e recordação da visita da raínha D. Amélia- 16 de Julho de 2012

263- Vouzela: Pensão Jardim II- 09 de Julho de 2012

262- São Pedro do Sul: Jardim Salazar- 02 de Julho de 2012

261- Vouzela: Pensão e café Jardim- 27 de Junho de 2012

260- Vouzela: Igreja Matriz- uma imagem diferente- 25 de Junho de 2012

259- Termas de São Pedro do Sul: Represa e antigo balneário- 18 de Junho de 2011

258- Vouzela: Vista parcial e viaduto da linha férrea por volta dos anos 50- 11 de Junho de 2012

257- Oliveira de Frades: Praça Luís Bandeira- 04 de Junho de 2012

256- Termas de São Pedro do Sul: Grande Hotel- 28 de Maio de 2012

255- Vouzela: Rua Conselheiro Morais de Carvalho- 21 de Maio de 2012

254- Oliveira de Frades: Paços do Concelho- 14 de Maio de 2012

253- São Pedro do Sul: Feira- 07 de Maio de 2012

252- Vouzela: Panorâmica vista do Castelo- 30 de Abril de 2012

251- Oliveira de Frades: Vista parcial Sul- 23 de Abril de 2012

250- São Pedro do Sul: Estação e via férrea- 16 de Abril de 2012

249- Vouzela: Casa das Ameias na década de 50- 09 de Abril de 2012

248- Oliveira de Frades: Vista parcial Norte- 02 de Abril de 2012

247- São Pedro do Sul: Duas vistas da Ponte do Pego- 26 de Março de 2012

246- Vouzela: Ponte Morais Carvalho- 19 de Março de 2012

245- Oliveira de Frades: Pensão Avenida- 12 de Março de 2012

244- São Pedro do Sul: Lenteiros do Rio- 05 de Março de 2012

243- Lavadeiras do Zela- 27 de Fevereiro de 2012

242- Vouzela: Espigueiro e amendoeira em flor- 22 de Fevereiro de 2012

241- Oliveira de Frades: O caminho de ferro e a neve- 20 de Fevereiro de 2012

240- São Pedro do Sul: Panorâmica geral do Bairro da Ponte- 13 de Fevereiro de 2012

239- Vouzela: Pormenores de um postal sobre as lavadeiras do rio Zela- 06 de Fevereiro de 2012

238- Oliveira de Frades: Comparação de imagens da Igreja Matriz- 30 de Janeiro de 2012
237- Termas de São Pedro do Sul: Passeio de barco- 23 de Janeiro de 2012
236- Horário da Linha do Vale do Vouga- 16 de Janeiro de 2012

235- Oliveira de Frades: A linha do comboio- 09 de Janeiro de 2012

234- Thermas Rainha D. Amélia- 02 de Janeiro de 2012

233- Vouzela: Vista da Ponte- 26 de Dezembro de 2011

232- Oliveira de Frades: Vista parcial- 19 de Dezembro de 2011

231- São Pedro do Sul: Bairro da Ponte (imagem com 100 anos)- 12 de Dezembro de 2011

230- Vouzela: Vista geral do lado Sul- 05 de Dezembro de 2011

229- Oliveira de Frades: Avenida Dr. Lino dos Santos- 28 de Novembro de 2011

228- Sobre o ciquentenário do caminho de ferro do Vale do Vouga- 23 de Novembro de 2011

227- São Pedro do Sul: Ponte do Pego- 21 de Novembro de 2011

226- Cooperativa Agrícola de Lafões- 16 de Novembro de 2011
225- Vouzela: Marcofilia- 14 de Novembro de 2011

224- Vouzela: Desenho do Jardim, 1952- 12 de Novembro de 2011

223- Oliveira de Frades: Escolas Primárias- 07 de Novembro de 2011

222- São Pedro do Sul: Ponte sobre o Vouga nas Thermas do Banho- 31 de Outubro de 2011

221- Vouzela: Rua Mouzinho d'Albuquerque- 24 de Outubro de 2011

220- Oliveira de Frades: Há 70 anos- 17 de Outubro de 2011

219- São Pedro do Sul: Lavadouro público- 10 de Outubro de 2011
218- Imagem de 1963 sobre quadros expostos no Museu de Vouzela- 03 de Outubro de 2011

217- Oliveira de Frades: Estação dos Caminhos de Ferro- 26 de Setembro de 2011

216- São Pedro do Sul: Rua Serpa Pinto-II- 19 de Setembro de 2011
215- Linha do Vouga- Exploração Rodoviária- 12 de Setembro de 2011
214- Quinta do Paço de Moçâmedes- 05 de Setembro de 2011

213- São Pedro do Sul: "Convento e Paços Municipaes"- 29 de Agosto de 2011

212- Vídeo com imagens antigas de Vouzela- 28 de Agosto de 2011

211- Oliveira de Frades: A Capela da Feira há 100 anos- 22 de Agosto de 2011

210- Igreja Matriz de Vouzela: Imagem da Virgem com o Menino- 15 de Agosto de 2011

209- Termas de São Pedro do Sul- um ângulo diferente- 08 de Agosto de 2011

208- Oliveira de Frades: Calvário de Ribeiradio- 01 de Agosto de 2011

207- Vouzela: imagem da Rua da Ponte em 1950- 25 de Julho de 2011

206- São Pedro do Sul: Santa Cruz da Trapa- 18 de Julho de 2011

205- Oliveira de Frades: Arcozelo das Maias- 11 de Julho de 2011

204- Vouzela: Ponte e lavadeiras no Zela- 04 de Julho de 2011

203- Mosteiro de São Cristóvão de Lafões- 27 de Junho de 2011

202- Oliveira de Frades: Imagem dos anos 50- 20 de Junho de 2011

201- Vouzela: Imagem da Igreja Matriz publicada por volta de 1900- 13 de Junho de 2011

200- Vouzela: Ponte do caminho de ferro em construção- 10 de Junho de 2011

199- São Pedro do Sul: Ponte sobre o Vouga- 06 de Junho de 2011

198- Oliveira de Frades: Paços do Concelho nos anos 50- 30 de Maio de 2011

197- Vouzela: Imagem da carvalha da Feira editada por volta de 1900- 23 de Maio de 2011

196- São Pedro do Sul: Rua Baroneza de Palma- 16 de Maio de 2011

195- Oliveira de Frades: Colégio Lafonense- 09 de Maio de 2011

194- Vouzela: Praça Morais Carvalho: a mesma imagem editada em épocas diferentes- 02 de Maio de 2011

193- São Pedro do Sul: Rua Serpa Pinto- 25 de Abril de 2011

192- Vouzela: "novo edifício das cadeias"- 22 de Abril de 2011

191- Oliveira de Frades: Vista parcial- 18 de Abril de 2011

190- Vouzela: Vista parcial por volta de 1900- 11 de Abril de 2011

189- Cruzeiro do Gamardo- II- 07 de Abril de 2011

188- São Pedro do Sul: Praça da República- II- 04 de Abril de 2011

187- Oliveira de Frades: Avenida Dr. Lino Santos- 28 de Março de 2011

186- Vouzela: Igreja da Misericórdia- 21 de Março de 2011
185- Associação de Futebol "Os Vouzelenses": Fundadores- 18 de Março de 2011

184- São Pedro do Sul: Praça da República- 14 de Março de 2011

183- Oliveira de Frades: Paços do Concelho- 07 de Março de 2011

182- Lacticínios Santa Cruz, Lda.- 04 de Março de 2011

181- Hotel Mira Vouga ao longo do tempo- 28 de Fevereiro de 2011

180- São Pedro do Sul: Palacete Palme- 21 de Fevereiro de 2011

179- Ermida do Monte Castelo (antes da florestação)- 18 de Fevereiro de 2011

178- Praça da República com neve (anos 40?)- 11 de Fevereiro de 2011
177- Igreja Matriz de Vouzela na Lotaria Nacional- 07 de Fevereiro de 2011
176- São Pedro do Sul: Palácio Marquês de Reriz- 31 de Janeiro de 2011
175- Oliveira de Frades: Feira- 26 de Janeiro de 2011

174- Descrição dos trabalhos de restauro da Igreja Matriz de Vouzela, publicados no Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Julho de 1949 (2)- 17 de Janeiro de 2011

173- Termas de São Pedro do Sul: Palácio Hotel- 10 de Janeiro de 2011

172- Oliveira de Frades: Vista parcial de Souto de Lafões- 03 de Janeiro de 2011
171- Descrição dos trabalhos de restauro da Igreja Matriz de Vouzela, publicados no Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Julho de 1949- 27 de Dezembro de 2010

170- Vouzela: vista geral com neve- 23 de Dezembro de 2010

169- Termas de São Pedro do Sul: Ponte e Hotel Vouga- 20 de Dezembro de 2010

168- Ribeiradio: Capela Nossa senhora Dolorosa- 13 de Dezembro de 2010

167- Mapa turístico do Distrito de Viseu (anos 30?)- 06 de Dezembro de 2010

166- Palace Pensão Mira Vouga- o2 de Dezembro de 2010

165- Termas de São Pedro do Sul- Balneário- 29 de Novembro de 2010

164- Oliveira de Frades: Indo da Feira para a vila em 1937- 22 de Novembro de 2010


163- Igreja Matriz antes dos restauro da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais- 15 de Novembro de 2010

162- Pensão Marques- 15 de Novembro de 2010

161- Termas de São Pedro do Sul: Rio Vouga- 08 de Novembro de 2010

160- Oliveira de Frades: Um dia de neve- 01 de Novembro de 2010

159- Vouzela: Posto da GNR (anos 50/60)- 28 de Outubro de 2010

158- Feira de Vouzela- aguarela de Roque Gameiro- 25 de Outubro de 2010
157- São pedro do Sul: vista parcial das Termas- 18 de Outubro de 2010

156- Locomotiva E202- 13 de Outubro de 2010

155- Oliveira de Frades: Procissão nos anos 60- 11 de Outubro de 2010
154- Vouzela no tempo da I República- 04 de Outubro de 2010

153- São Pedro do Sul: Equipa de futebol nos anos 40- 27 de Setembro de 2010
152- Elementos da Banda de Vouzela- 21 de Setembro de 2010

151- Oliveira de Frades: Vista parcial, Norte- 20 de Setembro de 2010

150- Rua Morais Carvalho, por volta de 1910- 13 de Setembro de 2010

149- Oliveira de Frades: Feira do gado- 06 de Setembro de 2010

148- São Pedro do Sul: fila para o azeite- 30 de Agosto de 2010

147- Vouzela vista de Nascente (por volta de 1920)- 23 de Agosto de 2010

146- Oliveira de Frades: Rua Dr. António José de Almeida e bombas de gasolina da Mobiloil- 16 de Agosto de 2010

145-Margens do Vouga- 12 de Agosto de 2010

144- São Pedro do Sul: Etiquetas de bagagem- 09 de Agosto de 2010

143- Chãs: Bancada de madeira em 1943- o4 de Agosto de 2010

142- Estação de Vouzela: Locomotiva E124- o2 de Agosto de 2010

141- Oliveira de Frades: Fábrica de Serração de Ribeiradio (1912)- 26 de Julho de 2010
140- Termas de São Pedro do Sul: Etiquetas de bagagem- 19 de Julho de 2010
139- Vouzela: Etiquetas de bagagem- 12 de Julho de 2010

138- Oliveira de Frades: Casal do Cruzeiro- 05 de Julho de 2010

137- São Pedro do Sul: Antigo Convento dos Frades e Paços do Concelho- 28 de Junho de 2010

136- Locomotiva E211 na Estação de Vouzela- 21 de Junho de 2010

135- Oliveira de Frades: Pensão Avenida II- 14 de Junho de 2010

134- São Pedro do Sul: Ponte do caminho de ferro- 07 de Junho de 2010 (também aqui)

133- Vouzela: Cruzeiro da Independência (Gamardo)- 31 de Maio de 2010

132- Oliveira de Frades: Largo do Cruzeiro- 24 de Maio de 2010

131- São Pedro do Sul- Paços Municipais- 17 de Maio de 2010

130- São Pedro do Sul: 1º de Maio de 1974- 14 de Maio de 2010

129- Vouzela-Viaduto das Juntas- 10 de Maio de 2010

128- Oliveira de Frades: Pinheiro de Lafões, anos 50- 03 de Maio de 2010

127- São Pedro do Sul- Estação- 26 de Abril de 2010

126- Hotel Mira-Vouga visto da Foz- 19 de Abril de 2010

125- Oliveira de Frades: trabalhos agrícolas (II)- 12 de Abril de 2010

124- São Pedro do Sul: Lavadouro Público- Ponte- 05 de Abril de 2010

123- Linha do Vale do Vouga- Papeis de valor (2)- 29 de Março de 2010

122- Oliveira de Frades: Trabalhos agrícolas- 22 de Março de 2010

121- Termas de São Pedro do Sul: um trecho do Rio Vouga- 15 de Março de 2010

120- Vouzela- um lindo trecho dos arredores- 08 de Março de 2010

119- Nevão em Oliveira de Frades- 01 de Março de 2010

118- Termas de São Pedro do Sul: Hotel Lisboa- 22 de Fevereiro de 2010

117- Philarmonica de Vouzella- 1908- 20 de Fevereiro de 2010

116- Igreja Matriz- V- 15 de Fevereiro de 2010

115- Oliveira de Frades- Souto de Lafões- 08 de Fevereiro de 2010

114- São Pedro do Sul: Bairro da Ponte-IV- 01 de Fevereiro de 2010

113- Vouzela por volta de 1910- 25 de Janeiro de 2010

112-Vouzela- vista parcial- 21 de Janeiro de 2010

111- Oliveira de Frades: Pensão Avenida (anúncio)- 18 de Janeiro de 2010

110- São Pedro do Sul- Bairro da Ponte (aspecto do rio Sul)- 11 de Janeiro de 2010

109- Estação- imagem dos anos 20- 04 de Janeiro de 2010

108- Oliveira de Frades: Rua Dr. António José de Almeida- 28 de Dezembro de 2009

107- São Pedro do Sul: Bairro da Ponte-II- 21 de Dezembro de 2009

106- Cédulas emitidas pela Câmara Municipal de Vouzela nos anos 20- 14 de Dezembro de 2009

105- Oliveira de Frades: Pensão Avenida- 07 de Dezembro de 2009

104- São Pedro do Sul: Bairro da Ponte- 30 de Novembro de 2009

103- Ponte Romana sobre o rio Zela-V- 23 de Novembro de 2009

102- Casal do Cruzeiro, Oliveira de Frades- 16 de Novembro de 2009

101- Vista aérea do centro de Vouzela- 09 de Novembro de 2009

100- São Pedro do Sul: Um dia de mercado- 02 de Novembro de 2009

99- Pelourinho e Escola Conde Ferreira-II- 26 de Outubro de 2009

98- Largo da Feira- Oliveira de Frades- 19 de Outubro de 2009

97- Aguardente de Lafões/ Vinho de Lafões- 13 de outubro de 2009

96- Ponte do Conhedo, Oliveira de Frades- o5 de Outubro de 2009

95- Linha do Vouga: Papéis de Valor- 28 de Setembro de 2009

94-Capucha-II- 23 de Setembro de 2009

93- Oliveira de Frades- Um Fontenário- 21 de setembro de 2009

92- Ponte Romana sobre o Rio Zela- IV- 14 de Setembro de 2009

91- Avenida Dr. Lino Santos em Oliveira de Frades- 07 de Setembro de 2009

90- Ponte da Foz-II- 31 de Agosto de 2009

89- Igreja Matriz de Oliveira de Frades em dia de neve- 24 de Agosto de 2009

88- Vistas do Vouga com os montes Lafão e Castelo em fundo- 17 de Agosto de 2009

87- Rua Principal (Oliveira de Frades)- 10 de Agosto de 2009

86- Folheto das Festas do Castelo de 1958-05 de Agosto de 2009

85- Folheto dos Caminhos de Ferro do Vale do Vouga-II- 03 de Agosto de 2009

84- Oliveira de Frades: vista do lado Sul- 27 de Julho de 2009

83- Folheto dos Caminhos de Ferro do Vale do Vouga- 1940- 20 de Julho de 2009

82- Praça Luís Bandeira-Oliveira de Frades- 13 de Julho de 2009

81- Vouzela- vista do lado Sul- o6 de Julho de 2009

80- Colégio Lafonense (Oliveira de Frades)- 29 de Junho de 2009

79- Rua da Ponte (1960-2007)- 22 de Junho de 2009

78- Igreja de Oliveira de Frades- 15 de Junho de 2009

77- Autocolantes promocionais editados pela Região de Turismo Dão-Lafões- 08 de Junho de 2009

76- A Praça de Oliveira de Frades- 01 de Junho de 2009

75- As pessoas:costumes da Beira Alta- 25 de Maio de 2009

74- Igreja da Misericórdia- 18 de Maio de 2009

73- Ainda o Vouga- 11 de Maio de 2009

72- Ponte Morais Carvalho- Rio Vouga- 04 de Maio de 2009

71- Passeios no Vau- Rio Vouga- 27 de Abril de 2009

70- Ponte Romana sobre o Rio Zela-III- 20 de Abril de 2009

69- Vista a partir da ponte do comboio, de 1920 a 2007- 13 de Abril de 2009

68- Estendal de roupa-rio Zela- 06 de Abril de 2009

67- Casa das Ameias- 30 de Março de 2009

66- Trecho do Vouga- o Vau- 23 de Março de 2009

65- Monte Castelo- Aspecto da mata- 18 de Março de 2009

64- Sociedade Industrial de Serração de Vouzela- 16 de Março de 2009
63- Hotel Mira Vouga-III- 09 de Março de 2009

62- Monte Castelo- Escadaria- 02 de Março de 2009

61- Monte Castelo- Cruzeiro- 23 de Fevereiro de 2009

60- Igreja Matriz-IV- 16 de Fevereiro de 2009

59- Capela de São Frei Gil-III- 09 de Fevereiro de 2009

58- Igreja Matriz-III- o2 de Fevereiro de 2009

57- Edifício do Tribunal (actual Câmara Municipal)- 26 de Janeiro de 2009

56- Inauguração da Estação de Vouzela- 19 de Janeiro de 2009

55- Igreja Matriz-II- 12 de Janeiro de 2009
54- Vouzela com neve-1941- 05 de Janeiro de 2009

53- O Fado de Vouzela- Publicação com vista do lado Sul- 01 de Janeiro de 2009

52- A Estação-II- 29 de Dezembro de 2008

51- Praça da República (desenho)- 25 de Dezembro de 2008

50- Avenida João de Melo-II- 22 de Dezembro de 2008
49- Avenida João de Melo- 15 de Dezembro de 2008

48- Mapas- 08 de Dezembro de 2008

47- Ponte do comboio e vista geral-06 de Dezembro de 2008

46- Rua Conselheiro Morais de Carvalho no início dos anos 30- 01 de Dezembro de 2008

45- Praça Morais de Carvalho-II- 24 de Novembro de 2008

44- Ourivesaria Souto- 17 de Novembro de 2008

43- Praça da República no início dos anos 70- 14 de Novembro de 2008

42-
Feira-III- Carvalha da Feira
- 12 de Novembro de 2008

41- Feira-II- 10 de Novembro de 2008

40- Feira- 03 de Novembro de 2008

39- Ponte do Caminho de Ferro e comboio-III- 27 de Outubro de 2008
38- Vinhetas turísticas de Vouzela-III- 20 de Outubro de 2008

37- Vinhetas turísticas de Vouzela-II- 20 de Outubro de 2008

36- Vinhetas turísticas de Vouzela- 20 de Outubro de 2008

35- Hotel Mira Vouga-II- 13 de Outubro de 2008

34- Hotel Mira Vouga- 06 de Outubro de 2008

33- Ponte do Caminho de Ferro e comboio-II- 29 de Setembro de 2008

32- Fábrica de massas alimentícias "Rio Zela"- 22 de Setembro de 2008
31- Ponte do Caminho de Ferro em 1920 e comboio- 15 de Setembro de 2008

30- Torre de Vilharigues e vista geral de Vouzela do lado Nascente- 12 de Setembro de 2008

29- Fotografia aérea da vila em 1937- 08 de Setembro de 2008

28- Vouzela- vista geral- 01 de Setembro de 2008

27- Vouzela por volta de 1920- II- 25 de Agosto de 2008

26- Vouzela por volta de 1920- 25 de Agosto de 2008

25- Vouzela- Lado Poente- 18 de Agosto de 2008

24- Igreja Matriz- 04 de Agosto de 2008

23- Ponte da Foz- 21 de Julho de 2008

22- Inauguração da biblioteca da Escola Conde Ferreira- 07 de Julho de 2008

21- Ponte Romana- Parte II- 23 de Junho de 2008

20- Anúncios de 1936- 17 de Junho de 2008
19- Torre de Vilharigues- 09 de Junho de 2008

18- Praça Morais Carvalho, anos 30- 30 de Maio de 2008

17- Ponte Romana-Parte I-26 de Maio de 2008

16- Capela de S. Frei Gil-II- 14 de Maio de 2008

15- Antigo edifício da Câmara Municipal e actual Biblioteca- 28 de Abril de 2008

14. Largo do Pelourinho e Escola Conde de Ferreira em 1910-15 de Abril de 2008
13. Capucha- 11 de Fevereiro de 2008

12. Largo da Feira e Igreja Matriz por volta de 1910- 06 de Dezembro de 2007
11. Moinhos do Pombal (rio Zela)- 18 de Novembro de 2007

10. Carro de bois a subir a Rua da Ponte- 2 de Novembro de 2007

9. Rua Ayres de Gouveia- 9 de Julho de 2007

8. Um projecto para o Jardim- 22 de Junho de 2007

7. Água canalizada chega ao Monte Castelo- 21 de Maio de 2007

6. Capela de São Frei Gil- 14 de Abril de 2007

5. Imagens da Praça da República em diversas épocas- 5 de Março de 2007

4. Café Central e inauguração do placar de “O Século”- 23 de Fevereiro de 2007

3. O comboio, a estação do caminho de ferro, a ponte- 30 de Janeiro de 2007

2. Anúncios da hotelaria e restauração de Vouzela, publicados no Programa das Festas do Castelo de 1949- 24 de Janeiro de 2007

1. A Estação- 4 de Janeiro de 2007

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O momento era solene

Imagina-se uma tarde de domingo, pela disponibilidade dos gestos e o traje cuidado das crianças. De manhã, as famílias tinham saído em conjunto para ir à missa, embora muitos homens optassem por esperar à porta da Igreja da Misericórdia, pondo a conversa em dia e aguardando vez para engraxar os sapatos. Depois de almoço, as senhoras tinham permanecido em casa, ou aproveitaram para uma ou outra visita. Os homens, concentraram-se no café, dos 8 aos 80, até porque o momento era solene: ia ser inaugurado o novo placar à porta do Café Central que também era cervejaria e que, com o patrocínio do jornal “O Século” (que se auto-intitulava como o de “maior circulação”), garantia, fresquinhas, as novidades do Mundo em Vouzela. Desde que a censura deixasse, claro. Depois, até podemos imaginar discurso por uma qualquer “força viva” local, seguida de taças de “Lafões” branco e um ou outro pastel. Acabada a fotografia, o grupo retirou-se para o interior, em animada tertúlia ou concentradas partidas de dominó e xadrez. E assim terá corrido a tarde, até que as crianças, fartas dos ritmos dos adultos, começaram a puxar pelos casacos dos pais e a pedir regresso a casa.

PS: Não sabemos em que data foi tirada a fotografia. Mas, pelas pessoas retratadas, talvez remonte aos finais dos anos 40. Quanto ao resto, talvez tenha sido assim, ou talvez não...

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Desenvolvimento sustentável

Quo

Claro que já ouviu falar em "desenvolviemto sustentável". Mas, já alguém lhe explicou o que seja e como lá chegar? Está convencido que é uma disciplina das "ciências ocultas" só acessível a iniciados? Então, carregue aqui e, em pouco mais de sete minutos, terá direito a um lugar no Olimpo, partilhando o "segredo dos deuses". Depois, interrogue-se sobre o que tem impedido a mensagem de passar, tanto mais que o filme está na página do "Eurostat" , acessível, portanto, às navegações de qualquer director-geral. Será a parte da viagem de camioneta que assustou os nossos "quadros"? Já agora, tome lá mais esta, para começar a falar de cátedra. Pode manter o sotaque, porque até lhe dá uma certa graça.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Baile de máscaras

1. Henrik Litske, membro da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (in “Público”, 18 de Fevereiro), pronunciando-se sobre os resultados de um estudo comparativo entre a qualidade de vida nos meios rurais e nos meios urbanos: “É o resultado mais surpreendente do estudo: as pessoas na Europa rural têm em média pior qualidade de vida do que aquelas que vivem nas áreas urbanas”. Surpreendente? Alguém tem andado a confundir agricultura com jardinagem...

2. Fernando Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros (Público, 19 de Fevereiro), sobre a capacidade da maior parte das construções em Portugal resistirem a sismos: “(...) não há uma garantia porque não há uma qualificação rigorosa dos técnicos que podem subscrever projectos. (...) Os técnicos não são sempre engenheiros e o ordenamento do território não é o nosso melhor domínio. Muitas construções foram feitas (...) em zonas onde não devia ter sido permitida a construção (...) Deixar construir naquelas condições é (da responsabilidade) das entidades públicas que aprovam”. É sempre reconfortante ouvir uma opinião autorizada garantir que... a casa vai mesmo cair-nos em cima!

3. Carmona Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em declarações televisivas, a propósito das trapalhadas na autarquia: "É preciso relativizar as coisas (...) Se todos os autarcas que são arguidos tivessem de suspender o mandato, de certeza que o país não estava a funcionar neste momento". A casa não só nos cai em cima, como ainda ficamos com a certeza de ser... “a bem da Nação”.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Sinais

Conhecemos os sinais: deixa-se de investir, permite-se a degradação e depois acaba-se com o serviço, argumentando com a falta de comodidade que se provocou e a falta de segurança que não se evitou. Aconteceu com a antiga Linha do Vale do Vouga e tudo indica que se repete a estratégia na Linha do Tua. Pelos vistos, desde 2001 que o acidente estava anunciado e não faltavam medidas que, se aplicadas, podiam ter evitado o desastre. Ninguém ligou. Os cerca de 42 mil passageiros transportados anualmente, não devem ser suficientes para justificar o investimento. E, no entanto, não é difícil prever que, com o agravamento das medidas impostas para combater as alterações climáticas, ainda vamos assistir a muito “ministro” a recordar a falta que faz um qualquer comboio que não rime com TGV. Mas, para já, é certo e sabido que nós, os que pensamos ser para estas coisas que se pagam impostos, somos uns demagogos. Tudo bem. Só gostava que o anunciado “Cartão do Cidadão”, registasse o valor que os “contabilistas do Estado”, atribuem a cada um de nós...

No referendo do passado dia 11, o Concelho de Vouzela manteve-se fiel à abstenção e ao “Não”. Aliás, pode dizer-se que quanto mais vincada foi a opção pelo “Não”, maior foi a tendência para ficar em casa, talvez revelando que há verdades que não passam pelos confessionários... No entanto, é de registar o aumento de votantes comparativamente com 1998. Desta vez, manifestaram posição, através do voto, 4026 cidadãos (38.29%), enquanto no referendo anterior não se tinha ultrapassado os 3262 (31.08%). Este aumento de votantes, teve o seu ponto alto na freguesia de Vouzela, com uma participação de 51,10%. Aí, venceu o “SIM”. Recordando o padre Malagrida (autor do Juizo da verdadeira causa do terremoto que padeceu a corte de Lisboa no 1.º de Novembro de 1755) e na linha de certas peripécias da campanha, não resisto à inofensiva provocação: a terra tremeu no dia seguinte...

PS: O “velho António”, lá foi eleito como o principal responsável pelo estado a que isto chegou. À mesma hora, Jaime Nogueira Pinto esforçava-se, na RTP, por levá-lo à categoria de "melhor". Respeita-se quem tem convicções e dá a cara por elas, mas o contexto internacional com que tentou justificar a acção do ditador, dificilmente explica a promoção do analfabetismo, o isolamento cultural, o Portugal subserviente, tudo aquilo que ainda hoje limita a cidadania ao sarcasmo e ao encolher de ombros. A História não se apaga e Salazar continua entre nós. Pelos piores motivos.

sábado, fevereiro 10, 2007

Reflectindo

Era uma vez um rei que não conseguia aprender a andar a cavalo. É isso mesmo. Sua majestade bem tentava, comprava os melhores cavalos, contratava os melhores mestres, prometia, ameaçava... mas o resultado era sempre o mesmo: “catrapumba” no meio do chão! Foi então que um dos ministros, já farto de tanta insistência e- porque não dizê-lo- algo receoso das iras régias, concebeu uma teoria que obteve aprovação geral: “se não é possível ensinar o rei a andar a cavalo, então... ensinam-se os cavalos a andar com o rei”. Lá voltaram os melhores mestres para trabalharem com os melhores cavalos, consta até que foi apurada uma nova raça, mais larga e baixa e ainda um complicado sistema de roldanas para colocar o traseiro real na sela. Mas, mal os animais ensaiavam os primeiros passos, aí estava sua majestade estatelada no meio do chão. A paciência esgotou-se. Era evidente a incompetência dos mestres que não sabiam educar os cavalos! Merecedora de PENA DE MORTE! E foi assim que um belo dia, já depois de terem rolado várias cabeças, apresentou-se um mestre que dizia ter a solução para o problema. Com ele estava um animal de bom porte, longas crinas ondulantes, que impressionava pelo olhar fixo e rígida imobilidade. Na verdade, tratava-se de um cavalo embalsamado, mas isso, talvez pela ânsia da experiência, passou despercebido ao rei. Abreviemos o relato e imaginemos o rei receoso em cima do cavalo. A medo, bateu com os calcanhares no dorso do animal, mas não houve qualquer resposta. Bateu com mais força e... nada- o cavalo não se movia. Já irritado, depois de várias tentativas, gritou para o mestre: “Mas este cavalo não anda”! Ao que o mestre lhe retorquiu, fazendo uma cerimoniosa vénia: “E Vossa Majestade não cai...”

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O PIOR PORTUGUÊS DE SEMPRE

Cruz de Guerra, João Abel Manta, in Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar

Entrou já na ponta final o maior exercício de cidadania dos últimos tempos. A 13 de Fevereiro, com os primeiros ritmos de samba a afinarem para os cortejos do nosso típico Carnaval e as fogosas “baianas” a enfrentarem, de umbigo ao léu, o frio próprio da época, será desvendado o grande mistério: quem foi o pior Português de todos os tempos? Não perca a oportunidade, até porque dizem que faz bem ao fígado. Avance por aqui. Simultaneamente, andam por aí uns rapazes a admirar, embevecidos, os albuns de família e ésse-éme-éssam à doida no velho “Botas”, o tal António do país “pobrete e nada alegrete” (nas palavras de O’Neill), para o maior de todos os tempos. Pois que leve o melhor e o pior- longe de mim querer influenciar. Mas que se roa todo lá na campa, pelo contributo que está a dar a este inovador acto de democracia. Ah! E não se esqueçam dos autarcas, esses que é suposto serem os maiores filhos da dita. Toca a votar. Sim?

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Estratégia Nacional contra as alterações climáticas

A propósito das conclusões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (grupo científico criado no âmbito da ONU), os jornais divulgaram, entre o divertido e o resignado, os cuidados de linguagem que envolveram a aprovação das cerca de vinte páginas que vieram confirmar o que há muito se sabia. Por exemplo, de acordo com o “Público”, gastou-se um dia inteiro a discutir se a responsabilidade da acção humana no aquecimento global, devia ser apresentada como “virtualmente certa”, ou “muito provável”, numa demonstração clara da estratégia dos governos para a política ambiental. Registe-se a inocência do governo português na habilidade, já que não se fez representar, embora o ministro do Ambiente não saiba bem porquê...

De facto, tudo aponta para que a estratégia governamental vá oscilando entre o “escondidinho” e o “dramatismo controlado”, de acordo com as necessidades do momento. Até porque, à boa maneira do “chico-esperto”, estão criadas condições para surgirem novas oportunidades de negócio, apresentadas como “inevitáveis” ou “garantes da salvação”, logo, sem o empecilho do debate. Por exemplo, como já anteriormente se referiu, estão criadas condições para novo avanço dos interesses ligados à energia nuclear, assim como também o estão, para que se evitem grandes reflexões em torno de medidas que transfiram para a comunidade o ónus do caos. É o caso das restrições à circulação automóvel, sem qualquer investimento em alternativas, como é o da anunciada construção de três novas grandes barragens, a acrescentar aos projectos da EDP “de reforço da Bemposta e Picote e de construção do Baixo Sabor e do Foz Tua” (in, Público, 3/2/2007). É duvidoso que haja condições para pensar um pouco nas consequências de tais medidas que, para além de outros problemas, vão aumentar a retenção de areias, facilitando o avanço das águas do mar.

Tendo sido assunto que, até agora, pouco ocupou o conteúdo do debate político, as questões ambientais apanham a “opinião pública” desprevenida e, consequentemente, facilmente mobilizável por “vendedores de ilusões”. Se ainda não há muito tempo, a tendência era para olhar para as advertências dos cientistas, como uma simples questão de óculos escuros e protector solar, o inevitável aumento da divulgação de dados pode ter o efeito perverso de criar uma receptividade total (e incondicional!) para qualquer "patranha" que ostente o rótulo “verde”. A ausência de planeamento e de reflexão, foi uma das responsáveis pelo estado a que chegamos. A situação não se resolve, pelo simples facto de substituirmos a selvajaria com que se espalharam eucaliptos ao longo do território, por idêntica atitude na instalação de parques eólicos, privatização de recursos hídricos, ou “opções nucleares”. Não vale tudo, para que tudo fique na mesma. O que vale, é saber o que mudar (e como), porque é de mudança que precisamos.