segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Mira Vouga

O actual Instituto Missionário Marista já foi em tempos o Hotel Mira-Vouga que por sua vez foi a Pensão Mira-Vouga. A passagem a Hotel esteve relacionada com o aumento do tamanho inicial da Pensão, tanto em número de quartos como em serviços oferecidos. Já aqui foram mostradas as imagens da Pensão original e da versão final do Hotel. Existiu no entanto um estado intermédio (pouco documentado) pois o aumento não foi feito todo de uma vez. Repetimos as imagens anteriores e apresentamos uma nova de 1940 ou do fim dos anos 1930, do tempo em que o "Palácio-Pensão" tinha o telefone n.º 10.

Depois de termos mostrado este postal do fim dos anos 1930:



E este de meados dos anos 1950:



Mostramos agora este de 1940 / fim dos anos 1930.


Embora não havendo referência ao editor deste postal, suponho que terá sido emitido pela Pensão Mira-Vouga dado ser da mesma série de um outro, correspondente a uma vista parcial de Vouzela, mas que destaca o "Mira-Vouga" com impressão do nome na própria frente do postal, o que não é muito vulgar. Talvez quisessem mostrar a quem chegava de comboio onde ficava a pensão.


Adenda: já em tempos esta imagem do Mira-Vouga aqui tinha sido mostrada pois faz parte de um panfleto de 1940. Sendo assim estes postais devem ser do fim dos anos 1930 ou de 1940.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Os números do nosso turismo ou a canjinha feita com a galinha dos ovos de ouro


A Câmara Municipal de Vouzela divulgou alguns números da actividade turística do concelho em 2010. Na sua página online pode ler-se que se registaram 10700 entradas no Parque de Campismo, 3500 participantes nos percursos pedestres, 3800 solicitações feitas no Posto de Turismo, 11500 visitantes no Museu Municipal, para além de todos os que participaram noutras iniciativas como a Doce Vouzela, Festas do Castelo, Alameda com vida, etc.. Bonitos números, sim senhor. Mas, salvo melhor opinião, a permitirem conclusões um pouco diferentes das tiradas pela senhora vereadora Eugénia Liz.

De facto, se reconhecemos as potencialidades do nosso património natural e edificado (o que, aliás, só confirma as conclusões de estudos encomendados pela autarquia local), como compreender que esses não sejam os principais elementos estruturantes de toda a intervenção no território? Como compreender que não se protejam marcas da nossa identidade, como as construções em pedra? Como entender a dificuldade em lançar uma campanha de recuperação de edifícios degradados? Que dizer da apatia perante o abandono de actividades que muito contribuiram para a organização da nossa paisagem, como todas as que dizem respeito à agricultura e à pastorícia?

Sim, é verdade que promoveram os percursos pedestres, organizaram iniciativas como a "Doce Vouzela", mantiveram os níveis de qualidade do Parque de Campismo. Mas, o poder de atracção de tudo isso, está na beleza do que existe, da envolvente que se vai deixando ao deus dará, assim como alguém que mata a galinha dos ovos de ouro para se deliciar com uma modesta canjinha. Será que é por não custarem um cêntimo que as iniciativas de preservação são ignoradas pelos nossos "responsáveis"?

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

"No Economic Recovery Without Cities (& Citizens)"

A partir de agora, o Pastel de Vouzela passa a integrar o grupo de blogues que apoiam o movimento "Cidades pela Retoma", iniciativa cívica ligada à plataforma "No Economic Recovery Without Cities (& Citizens)".

Trata-se de um grupo de cidadãos que consideram ser necessário repensar colectivamente o espaço em que vivemos, para que surjam alternativas à actual situação económica e social. Em Portugal aderiram já 120 blogues, três dos quais do distrito de Viseu (Pastel de Vouzela, Barões da Sé e Viseu, Senhora da Beira).

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Palacete Palme - SPSul

Posted by Picasa

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Ermida do Monte Castelo

Colecção particular de Augusto Matos

Pelo que vamos lendo, o Monte Castelo manteve-se um cabeço despido até cerca de 1908. Depois, a iniciativa de muitos foi construindo o que hoje conhecemos, através de caminhos nem sempre fáceis de percorrer. Foi uma verdadeira iniciativa popular que vale a pena ser conhecida. Nem que mais não seja para que se não perca a memória de uma construção colectiva que muitos pensam sempre ter existido, enquanto outros a condenam à rotina de facto consumado, vazio de significado, ao ponto de terem retirado o espaço das Festas que ostentam o seu nome. Na foto, a ermida no início da arborização.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

totalmente diferente...O.Frades

Posted by Picasa

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Praça da República com neve

Colecção particular de António Liz Dias

Praça da República coberta de neve, ainda com a placa separadora e as paredes caiadas no prédio do Café Central. A imagem não está datada, mas talvez tenha sido tirada durante o nevão dos anos 40.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Igreja Matriz / Lotaria Nacional

Só os monumentos de reconhecido valor histórico têm "direito" a fazer parte das imagens da lotaria nacional.
Foi o caso da nossa Igreja Matriz no dia 20 de Abril de 1990.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Podar no Minguante, iniciar a enxertia

Doisneau

Está na altura de mudar de vida. Sem angústias nem receios. Após quatro anos a escrever sobre as coisas de Vouzela (e de Lafões), começa a sensação de andarmos às voltas pelos mesmos caminhos. A publicação de um texto semanal (às vezes mais) de opinião, tornou-se uma obrigação, uma rotina, mas também uma desculpa. As desculpas paralisam e a rotina mata. Manda o "Borda d'Água" podar "no Minguante" e iniciar a enxertia. É tempo de preparar o futuro, pensar no crescimento das coisas. Isso faremos.

A partir de agora não recusaremos o imediatismo de uma reação, mas sim a obrigatoriedade de publicação. A olhar a Gralheira, a ouvir o correr das águas, a ver florir as mimosas, passaremos a privilegiar o tempo longo de uma reflexão mais aprofundada, de um apontamento histórico mais documentado. Publicaremos, apenas, quando decorrer o tempo certo de maturação de cada uma das coisas. Nossas ou de quem quiser usar este espaço- é só dizerem e terem o estômago necessário para aguentar as voltas do contraditório. Como na velhinha estrada do Vale do Vouga.

Um genuíno pastel de Vouzela faz-se com açúcar, mas também com afecto. Como tudo o que interessa.
____________________
O Pastel de Vouzela continuará a divulgar, semanalmente, as imagens antigas da região e todas as publicações serão anunciadas no Facebook e no Twitter. Todos os textos, imagens, ideias continuam disponíveis a partir das etiquetas da coluna da direita. Até já.