segunda-feira, janeiro 31, 2011

Quando as ideias passam à prática

As minhas desculpas ao Luís Filipe, mas estas coisas têm que ser divulgadas na hora. A propósito do I Encontro de Fotografia Natureza e Vida Selvagem, leia-se este comentário publicado no blogue "Ambio". Como já dissemos, ter ideias não custa um cêntimo. E não falta quem as tenha. Um grande abraço ao João Cosme.

imagem muito antiga e...rara de S.P.Sul


sábado, janeiro 29, 2011

Pormenores XXXVIII



VOUZELA

Pormenor da caixa do correio da casa no final da Rua São Frei Gil.

Pode ler-se "CORRESPONDÊNCIA" gravado na pedra...
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Com este exemplo de trabalho em pedra, chega ao fim a série de "Pormenores" com que a Clarinha iniciou a sua colaboração no "Pastel de Vouzela". Trinta e oito pequenos exemplos do muito cuidado com que foi sendo construída Vouzela, seleccionados por um olhar sensivel e crítico- ao fim e ao cabo, a razão de ser deste blogue. Os nossos agradecimentos à Clarinha de quem esperamos, para breve, objectiva bem apontada a outros pormenores.
Pastel de Vouzela

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Ter ideias não custa um cêntimo

"(...) custa ouvir o silêncio sobre a recuperação do nosso Vouga"

Através da candidatura da Câmara Municipal de Vouzela à medida "Valorização Ambiental dos Espaços Ambientais" (Programa de Desenvolvimento Rural- PRODER), vão ser investidos cerca de 78 mil euros na requalificação dos rios e ribeiras do concelho. Boas notícias, mas... pede-se mais.

Um concelho que tem como principal trunfo o património natural e edificado, deve entender a sua preservação com uma prioridade. É ele que nos diferencia e permite ganhar vantagem no que à oferta de bens e serviços de qualidade diz respeito. Não são necessárias grandes "obras", entendidas como arranjos e construções demasiadas vezes de gosto duvidoso. Apenas é necessário permitir, a quem nos procura, o uso pleno dos nossos espaços.

A iniciativa da Câmara vai nesse sentido e, por isso, a elogiamos. Mas podia ser mais arrojada, acrescentando iniciativas que estimulassem a recuperação do património edificado que está nas mãos de particulares, como já por diversas vezes aqui propusemos. Para além disso, importa organizar as diversas iniciativas do concelho, de modo a preencher o calendário e a criar "pacotes" de oferta articulados entre si (a este respeito, vale a pena pensar na ideia do deputado municipal Fausto Carvalho, no sentido de afastar a iniciativa Doce Vouzela das Festas do Castelo, organizando-a numa estação mais propícia ao consumo de calorias; vale também a pena estar atento ao projecto Viajando por Besanas). Por último, e apesar de sabermos que é responsabilidade de outros, custa ouvir o silêncio sobre a recuperação do (também) nosso Vouga. A este respeito, os nossos responsáveis autárquicos bem podiam falar um pouco mais alto...

Vivemos tempos difíceis em que vai faltar o dinheiro outrora esbanjado. Numa região com graves carências estruturais e pouca oferta de emprego, é absolutamente necessário que surjam iniciativas que permitam respirar, que dinamizem e organizem as actividades económicas, que mobilizem. Ter ideias não custa um cêntimo. Se todos nos sentirmos com direito a dá-las, não hão de faltar.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Feira de O.Frades

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segunda-feira, janeiro 24, 2011

sábado, janeiro 22, 2011

Pormenores XXXVII



VOUZELA

... na Rua da Ponte...

quinta-feira, janeiro 20, 2011

De vez em quando, uma destas para respirar fundo



Não, não abrimos uma secção desportiva. Apenas divulgamos uma daquelas rubricas menos populares que, pela mão do jornalista Luís Catarino, integra a informação desportiva da RTPN. Desta vez, o "craque" em destaque é de Ventosa, chama-se Flávio Correia, tem 16 anos e formou-se na Roma. Façam o favor de ver, logo após os 47 segundos iniciais sobre Cristiano Ronaldo. Boa companhia para o Flávio que também é extremo e que, com seus pais, se lançou ao ataque desse mundo para fintar as marcações do destino.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

A Igreja Matriz - Restauro (II)

... De facto, quando se iniciaram os trabalhos da restauração, a velha Igreja de Vouzela ainda resistia, com o valor de uma fortaleza da Fé, à permanente e progressiva degradação das suas paredes. Certo, o aspecto exterior, embora prejudicado por tão adiantado estado de ruína, não denunciava, todavia, nem sequer deixava suspeitar, a gravidade do mal. Os telhados, semi-desfeitos, abrindo em toda a parte largos condutos à infiltração das águas pluviais, tinham sido, em verdade, os mais activos agentes dessa lenta e dissimulada obra de subversão. 



Além das paredes, profundamente corroídas, os madeiramentos do tecto da nave tinham perdido solidez, uniformidade, estabilidade; nos caixotões da capela-mor, desconjuntados e deformados pela acção da humidade, já nada ou quase nada restava do antigo lustre decorativo; e até a abóbada da capela dos Almeidas, tão digna de conservação pelo seu primor arquitectónico, foi encontrada em risco de iminente desabamento. Em todo o conjunto, mesmo nos lugares que poderiam crer-se menos acessíveis à erosão geral, se encontraram focos de ruína.
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Certo, outros males, embora menos graves, se lhes devem ainda. Esses, que se podem supor talvez mais antigos, derivam de certas obras de aparência construtiva, mas que apenas serviram para deturpar ou amesquinhar no seu relevo arquitectural, o venerável templo. Assim, embora não alterassem verdadeiramente a planta original, destruíram deveras toda a harmonia de linhas e toda a nobreza do aspecto exterior, improvisando junto da fachada sul, e alinhando-os com o corpo saliente da capela ali erigida no século XV, dois novos edifícios sem nenhuma graça ou sequer asseio construtivo: um para dotar a Igreja com uma daquelas sacristias-salões que os antigos párocos de aldeia sempre cobiçavam; outro para armazém de objectos ou alfaias inúteis, e ainda para instalação da escada de acesso ao coro então inaugurado no interior do templo.
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O apeamento da escada que se instalara em um daqueles anexos, como já notámos, não determinou a necessidade de qualquer obra de substituição, visto que, impondo-se também o desaparecimento do coro que lhe dera origem (o grande e incaracterístico coro que no século XVIII se havia improvisado no interior da Igreja), a sua demolição não podia evitar-se.
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Todo o pavimento da Igreja, com as suas sepulturas arcaicas, desaparecera também, recoberto pelos tubões de um desses grosseiros soalhos que invadiram uniformemente os templos paroquiais do nosso País nos meados do último século quando a famosa "lei dos cemitérios", do governo cabralista, pôs termo ao costume de se enterrarem no interior dos templos os cadáveres dos paroquianos. Banido, como cumpria, o que restava desse "melhoramento", que há cerca de cem anos foi talvez festejado com orgulho pelo pároco e pelos fiéis que o custearam, um novo pavimento de lajes de granito ficou revestindo do mesmo modo o sacro chão da nave e da capela-mor.

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Publicado no Boletim nº 56 da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (do Ministério das Obras Públicas), publicado em Junho de 1949.

sábado, janeiro 15, 2011

Pormenores XXXVI



VOUZELA

A Ponte Romana

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Luxos ao alcance de todas as bolsas...

Foto de Guilherme Figueiredo

Hoje, apetecia-me falar do aumento das importações do sector alimentar, quando vemos desaproveitadas as nossas terras. Apetecia-me denunciar o abandono a que se votam os criadores de gado, quando importamos 60 por cento da carne que consumimos. Apetecia-me verberar todos aqueles que desvalorizaram as actividades rurais, que ignoraram a sua função social e ambiental, quando se multiplicam exemplos bem sucedidos de explorações dirigidas por cidadãos de outros países e sobem os preços no mercado mundial. Hoje apetecia-me tudo isso, mas apenas me saem gritos panfletários de pouco conteúdo. Não serve. É nestas alturas que deito as pernas ao caminho e respiro fundo perante a imponência dos horizontes (neste caso, a partir da Torre de Vilharigues, quase a entrar em obras de restauro que se espera tenham em conta a sua relação com o meio envolvente). Luxos ao alcance de todas as bolsas que não pagam impostos e, até agora, resistiram aos humores dos "mercados".

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Termas Palácio... Hotel

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sábado, janeiro 08, 2011

Pormenores XXXV



VOUZELA

O Rio Zela

quarta-feira, janeiro 05, 2011

O pior que nos pode acontecer, é tudo continuar na mesma

Agim Sulaj, A casa do emigrante

Não temos o hábito de explorar temas de grande circulação e muito menos frequentar os becos do choradinho e da desculpa fácil. O que de melhor Vouzela tem, é excepcional e delicado- é só isso que nos interessa. Ao longo de quatro anos, os horizontes do "Pastel de Vouzela" foram sempre dominados pelos limites geográficos desta região, avançando hipóteses de diagnóstico das suas fragilidades, mas propondo soluções. No entanto, parece-nos fazer todo o sentido que, no primeiro texto que publicamos em 2011, lancemos um alerta: cuidado, muito cuidado, porque apesar dos sacrifícios que nos estão a ser exigidos, tudo pode continuar na mesma.


A política local tem optado por ser uma cópia medíocre das poses e encenações dos "atores" de dimensão nacional. Essa tem sido uma das nossas fragilidades. Recordemo-nos do modo como foi debatida a situação financeira da Câmara, sem que houvesse coragem para sair do domínio das insinuações e pôr as coisas em pratos limpos. Recordemo-nos da reação dos nossos locais poderes às alterações dos serviços de Saúde, completamente dominada por influências de bastidores e sem a mínima capacidade para definir uma estratégia regional comum. Recordemo-nos do número de vezes em que vimos sacudir a água do capote, passar a batata quente (para o governo, para a oposição, para o estado do tempo, para o tempo do Estado...) sem que uma simples ideia surgisse para, pelo menos... pôr em funcionamento a ETAR. Desculpas, meras desculpas! Quando procuramos grandes linhas de rumo, orientações estratégicas, nada mais encontramos do que promessas e tentativas de continuar a procurar velhas receitas fracassadas- tal e qual se "canta" nos grandes palcos nacionais.

A História nacional e local tem exemplos de sobra que mostram ser mais fácil os cidadãos serem abandonados à sua sorte, do que mudar alguma coisa no funcionamento da nossa economia e na organização do nosso território. A emigração, por exemplo, sempre foi uma "almofada" que amorteceu descontentamentos, atenuou reivindicações e financiou a manutenção de privilégios, permitindo que nada de fundamental fosse alterado. Ora, se nada de estruturante mudar, a região vai voltar a senti-la, perdendo o que resta da sua população activa, aquela que, a todos os níveis, pode tornar possível algo que se assemelhe a "futuro". Tendo em conta o despovoamento que temos sofrido e o envelhecimento da população, isso pode ser-nos fatal.

Por tudo isto, parece-nos um mau sinal que as "grandes medidas" pensadas na despedida do ano velho, tenham seguido a cábula do governo e se tenham limitado a formas de aumentar as receitas da Câmara: proposta de taxa sobre as caixas multibanco e Derrama. Não queremos, por agora, discutir qualquer delas (embora nos mereçam muitas reservas). Queremos, apenas, chamar a atenção para o facto de, tal como fazem as forças políticas dominantes, se estar a tentar arranjar dinheiro, a todo o custo, sem dar sinais de que algo vai mudar. Na nossa modesta opinião, não é por aí.

Continuar a procurar receitas nas mesmas fontes, só pode levar aos mesmos resultados. Pela parte que nos toca, já chega. É preciso começar a mostrar cara feia, exigir, desobedecer, incomodar, tomar a iniciativa, porque o pior que nos pode acontecer, é tudo continuar na mesma.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Souto de Lafões

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sábado, janeiro 01, 2011

Pormenores XXXIV



VOUZELA

Passagem para o Rio Zela