segunda-feira, janeiro 30, 2012

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Vista de Vouzela...

... entre a 1 e as 5 da manhã (clique na imagem para ampliar).

segunda-feira, janeiro 23, 2012

quinta-feira, janeiro 19, 2012

"Nem sabia onde aquilo ficava mas não calculas como aquilo é bonito!"


"É lamentável como, nós portugueses, conhecemos tão mal o nosso país. Quando acontece irmos (ou termos que ir) a um sítio como Vouzela, falamos como o Júlio disse: “eh pá, não imaginas, fui a um sítio fantástico. Nem sabia onde aquilo ficava mas não calculas como aquilo é bonito!”. Ele referia-se aos lisboetas em concreto, que “não saem de Lisboa senão para ir ao Algarve” e eu generalizaria a coisa muito para lá de Lisboa mas também não é isso que está em causa… Vouzela fica a dois passos de São Pedro do Sul e quem passar por perto tem que parar e caminhar por aquelas ruas. Este desenho foi feito numa esplanada num largo, a meio dum desses passeios e de um Pastel de Vouzela que, por si só, é motivo mais que suficiente para a paragem!"- in, LigeiramenteCanhoto.Com.
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Neste blogue podem ser apreciados vários desenhos sobre São Pedro do Sul, de que destacamos este.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Horário / Linha Vale do Vouga

Ao invés do habitual, apresento esta semana um documento que é interessante, não por ter uma referência a Vouzela, mas precisamente por não a ter.
Trata-se de um horário de comboios que era publicado mensalmente. Esta é a página da Linha do Vale do Vouga referente ao mês de Novembro de 1913. Este horário estava em vigor desde 5 de Setembro de 1913.
Como se pode ver, a Linha do Vouga estava em funcionamento de Espinho a Ribeiradio e de Viseu a Bodiosa. A grande curiosidade está no facto de que foi precisamente no mês em que este horário foi publicado, que o comboio chegou a Vouzela, mais precisamente no dia 30 de Novembro.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

a linha do comboio...

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Os leitores lançam as mãos à massa-X

Por estas paragens é assim: fotografam-se vezes sem conta e descobre-se sempre algo de novo. Desta vez foi o leitor Diogo Neves que fez o favor de nos enviar duas vistas aéreas de Vouzela que vale a pena comparar com esta, tirada nos anos 30, pelo então tenente Morais Carvalho.

Vouzela vista do ar


Como leitor assíduo do vosso blog deixo em anexo um pequeno achado retirado do blog "A Terceira Dimensão- Fotografia Aérea".

Boas entradas e até 2012 em Vouzela.

Diogo Neves

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Thermas Rainha D.Amelia

domingo, janeiro 01, 2012

Não o levam!

(Foto carregada através de telemóvel)

Decorriam os últimos anos da década de 30 ou, talvez, os primeiros da de 40. A figura sinistra e negra de um carro da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) estacionou na Rua Direita ou de Morais Carvalho. Procuravam um vouzelense conhecido que não calava a sua oposição à ditadura. Aperceberam-se as gentes que passavam e foi dado o alarme. O carro foi cercado e os sinos das igrejas tocaram a rebate. Mais gente se juntou aos gritos "não o levam"! Do meio da multidão saiu uma mulher que se atirou aos agentes e arrancou o detido do interior da viatura. Não o levaram!

A história é verdadeira e o nome dos protagonistas há de ser divulgado em momento oportuno. Para já, apenas nos interessa o exemplo de coragem, de querer coletivo que deve servir de exemplo para os tempos que aí estão. Há muitas formas de abusar do poder e nem só as polícias políticas espalham o medo que garante a submissão.

De repente, deixou de se falar do aquecimento global, da crise dos combustíveis fósseis, do desperdício de energia, da destruição dos recursos hídricos. Passou a valer tudo, desde que esteja embrulhado na promessa de dar dinheiro. Ninguém pensa como é que uma sociedade que possui recursos tecnológicos como nenhuma outra, toma medidas pré industriais como o aumento de meia hora de trabalho e a redução dos feriados. Ninguém pensa que a redução dos custos de produção através de mão de obra barata, nos empurra para um "nicho" onde não temos qualquer hipótese de concorrer. Ninguém pensa... Não há nada como uma boa crise e o medo que lhe está associado, para facilitar a vida a certo tipo de governantes.

É o medo do desemprego, do aumento dos impostos, do aumento dos preços, do encerramento de serviços, da transferência de empresas, das dívidas, do isolamento, da necessidade de emigrar, do fim do euro, do fim... É o medo de quem sente não poder controlar o seu destino, amarrado pela fatalidade do que lhe dizem ser inevitável, com origens inatingíveis nessa entidade longínqua e de costas largas chamada Europa. Fantasmas mais subtis mas não menos poderosos que o da silhueta sinistra do carro que, naquele dia, estacionou na Morais de Carvalho.

Os deputados eleitos pelo distrito de Viseu aceitaram passivamente as portagens na A25. Militam nos mesmos partidos que, ao longo de anos de governação, canalizaram o grosso do investimento para a construção de estradas, desprezando todas as alternativas. Na reorganização administrativa anunciada com o objetivo de poupar, o máximo que se prevê é a redução do número de freguesias, precisamente o setor que menos pesa no orçamento e o que mais próximo está dos cidadãos. Entretanto, os estudos alertam para a falta de qualidade da democracia portuguesa.

Tal como aconteceu na Rua Direita há setenta e tal anos, é preciso recusar o que nos apresentam como inevitável. Procurar novos caminhos, subverter a lógica das coisas, surpreender. E se alguma mulher sair de entre a multidão gritando "não o levam!", tanto melhor, porque não podem levar-nos o sonho de vermos as belezas naturais destas terras, serem o motor da qualidade de vida das suas gentes. Que o consigamos fazer a partir do ano que agora começa.