quinta-feira, dezembro 29, 2011

Os leitores lançam as mãos à massa-IX

Os leitores são assim: mandam-nos comentários, críticas, notícias. Foi o que, agora, fez o Zé, abrindo um pouco a janela para algo que, pelos vistos, se prepara em terras de Vouzela. Ainda bem.


Percursos de memória ou... onde ficavam as tascas de Vouzela?

Deparei-me com dois amigos vouzelenses a recolher "conversas", ora na rádio, ora em casa dos próprios. De que se tratava? De recolher informações vividas pelos intervenientes. Vouzela do século XX ou de uma parte deste....O minério, as associações, a oposição ou, se da situação ....qual das fações....E é recorrente falar do Dr. Gil Cabral e do Dr. Guillerme Coutinho, precisamente representantes de cada uma das fações em Vouzela ao tempo do Estado Novo. Trabalho interessante, este, destes dois amigos. Espero que possam ouvir muitas histórias, de muita gente para podermos saber mais sobre esta linda terra. Nos anos cinquenta havia 12 tascas em Vouzela, onde ficavam???!!!!
José Augusto

segunda-feira, dezembro 26, 2011

Vista da Ponte

Para terminar o ano em beleza, aqui deixo uma maravilhosa foto inédita da nossa ponte.
Apreciem os pormenores... as carruagens estacionadas na estação, os campos cultivados, o "edifício" ao pé da ponte, a roupa a corar...


Votos de um feliz 2012, especialmente a toda a equipa do Pastel de Vouzela e a todos os que regulamente nos acompanham.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Há muitas décadas....

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Só os eleitos os sabem fazer...

Foto de Margari
a
da Maia

"Aquela delícia conhecida como “Pastéis de Vouzela” merece, sem margem para dúvidas, a coroa de ouro!Falámos com a família Castanheira que faz estes famosos pastéis há mais de sessenta anos. De origem conventual, a receita foi fornecida à família Castanheira por uma senhora que trabalhou num convento.A família terá tido acesso à “ receita,” já que falamos da forma ímpar de fazer uma delícia também ela invulgar em termos de qualidade e originalidade, por uma feliz coincidência e, justiça seja feita, por um gesto de boa vontade duma defunta senhora, conhecida por “Cardoza”.Dá-se como certo que a lúcida e feliz matriarca da família Castanheira terá recebido esse bem guardado segredo de um irmão; irmão esse, que por sua vez o recebeu da referida senhora” Cardoza”. E porquê? Perguntará o leitor.Ora bem. Estávamos noutros tempos. A gratidão não de publicitava; praticava-se! Esse senhor, fruto de serviços que terá prestado à dita “Cardoza” e sua família, foi recompensado com o tal “segredo,” ou seja: a forma de confeccionar esta maravilha!Depois… bem depois foi ele mesmo quem transmitiu esse valioso tesouro a sua irmã, envolvendo toda a Família Castanheira nesta maravilhosa arte de bem fazer ao paladar, e que, até hoje, tem perdurado, dando fortes garantias de continuar nas gerações seguintes. Para já, passou para uma filha e genro, já vai num neto… e assim irá continuar, para a felicidade de todos quantos, hoje e no futuro, provem esta “delícia dos deuses”- Associação Portuguesa de Profissionais em Comércio Externo.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

sábado, dezembro 10, 2011

A "pressa" na organização territorial portuguesa

"(...) por que não se envolvem os centros de investigação científica do país, na realização de um estudo sério, com tempo que se debruce sobre a reorganização do Poder Local que contemple, por exemplo a rede de escolas; a rede de cuidados primários de saúde; a mobilidade entre freguesias e entre municípios, que estude os movimentos de pendularidade das populações; que analise a rede de serviços sociais de proximidade (creches, lares, centros de dia, centros de alojamentos nocturnos, etc…).Por que está o governo a impor um cronograma à pressa para a reorganização das 4.259 freguesias (que tem que estar aprovado na Assembleia da República em Junho de 2012), quando, até ao momento, nada impôs à reorganização dos 308 municípios?Será que esta imposição da troika, é para ser cumprida a 50%? E, apenas pelo “parente pobre” do Poder Local?"- José Carlos Cidade Oliveira, FacebookDemocracia Local

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Reforma da Administração Local: a propósito da redução do número de freguesias


O maior erro que um investigador pode cometer é submeter o seu trabalho a conclusões aprioristicamente definidas. Salvo melhor opinião, padecem desse erro as conclusões já apresentadas no âmbito das propostas da "reforma da administração local autárquca", nomeadamente as que justificam a redução do número de freguesias.

Há muito que defendemos que qualquer reforma deste sector, deve ter em conta a reapreciação de tudo o que tem sido feito em três áreas complementares: divisão administrativa (que nunca ultrapassou as limitações dos seus pressupostos do século XIX e que, em muitos casos, como o de Lafões, agravou com comunidades intermunicipais que, longe de promoverem a cooperação, criaram desigualdades de tratamento); financiamento (com uma coleção de leis que incentivou e de que maneira a ocupação selvagem do nosso território); aprofundamento da democracia (não só eliminando essa aberração do poder executivo se sobrepor ao legislativo, como estimulando uma maior participação dos cidadãos). Claro que não encontramos respostas para estas preocupações nas propostas apresentadas pelo atual governo, nem outra coisa seria de esperar, vinda de um dos partidos com maiores responsabilidades naquilo que tem sido o nosso poder local. Mas, fiquemos, por agora, no que à redução de freguesias diz respeito.

Quem se der ao trabalho de ler os diversos documentos já publicados, nomeadamente a Resolução do Conselho de Ministros 40/2011, facilmente conclui que a única diretiva apresentada para a organização do território (4.2) é, precisamente, a redução do número de freguesias: "Rever o actual mapa administrativo, com vista à redução substancial do actual número de freguesias, designadamente por via de soluções que veiculem a respectiva aglomeração, dotando-as de escala (?) e de dimensão mais adequadas, atentas as respectivas tipologias e desde que salvaguardadas as especificidades locais". Essa "inevitabilidade" não só nunca é convenientemente justificada, como nos parece contraditória com o objectivo de "reforçar a descentralização e a proximidade com os cidadãos". No entanto, naquele jeito mais do que discutível de considerar insdiscutivel uma ideia feita, avança-se com a meta a atingir, embrulhada em condição necessária para conseguir "dimensões mais adequadas" (que quer isso dizer?) e... "escala".

De facto, um dos argumentos sempre presente em todos os documentos, é essa preocupação com a "escala" (veja-se, por exemplo, aqui). Parece que, na opinião dos proponentes, o poder local cumprirá melhor a sua tarefa se estender a sua influência a um número mais elevado de cidadãos, condição também apontada como necessária para que cada "unidade administrativa" tenha viabilidade económica. Ora, traduzindo para português corrente, isto quer dizer que nós- o povo- apenas valemos pelo peso eleitoral, pelo montante de impostos que pagamos e pelo poder de compra que tenhamos. Isto quer dizer que a única forma de chamarmos a atenção das "excelências" que fazem o favor de nos governar, é termos "escala" para lhes podermos fazer a vida negra de quatro em quatro anos. Isto quer, ainda, dizer, que se assume existirem regiões de "primeira" e de "segunda" e, consequentemente, cidadãos desigualmente valorizados de acordo com... a "escala". Inaceitável!

Ainda a este respeito, pretenderem convencer-nos de que o aumento da área territorial das freguesias é fundamental para a sua (?) viabilidade económica, só pode dar vontade de rir no mundo globalizado em que vivemos, com o predomínio da internacionalização do capital e em que os "fazedores" da opinião pública, nomeadamente da área política do atual governo, se fartam de agitar a vantagem da deslocalização das empresas. Só mesmo para rir.

Quem tem acompanhado as virtudes e misérias do poder local, só pode considerar que esta proposta de reforma apresentada em livro verde, não tem a mais pequena preocupação em combater os muitos pecados que se apontam às autarquias locais. Excessos de "aparelhismo", clientelismo, incapacidade de gestão racional de recursos, obra inútil e dependência de interesses duvidosos, são males constantemente referidos que não se percebe como podem ser enfrentados com as medidas apresentadas. Reduzir as propostas sobre a organização do território a um ataque às pequenas freguesias, mais parece um truque para fingir que se mexe nalguma coisa para que tudo fique na mesma. As freguesias são a mais pequena unidade de administração territorial e aquela em que é mais fácil fazer intervir diretamente o cidadão. Numa altura em que se jura por todos os santos querer reduzir despesas, era precisamente esta característica que se esperava ver aproveitada, eliminando "aparelhos" desnecessários e criando mecanismos disciplinadores da ação dos executivos que, como estão e como se propõe que venham a estar, pervertem por completo as regras do jogo democrático.

De facto, se os munícipes forem chamados a definir as prioridades de intervenção na área onde residem, contribuindo para a elaboração do orçamento, criam-se condições para haver maior transparência e possibilita-se um maior envolvimento e uma maior partilha de responsabilidades nos resultados. Ora, onde é mais fácil aplicar este modelo, é, precisamente, nas freguesias mais pequenas. Será por isso que querem acabar com elas?
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No próximo sábado, no auditório municipal 25 de Abril, vai realizar-se um debate sobre a reforma da administração local, promovido pelo Movimento Independente Por Vouzela.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Vista Geral (lado Sul)

É sempre uma delícia contemplar uma foto de uma vista geral de Vouzela com 110 anos!