sábado, janeiro 30, 2010

Viva a livre concorrência, ou uma espécie de apoio às pequenas e médias empresas

"(...) segundo o Observatório das Obras Públicas, o Governo e as câmaras escolheram o ajuste directo em 97,5% dos contratos celebrados desde Junho de 2009 (num universo de 10.220 contratos, foram celebrados 9965 ajustes directos…). Dito de outro modo, em cada 40 contratos que o Estado celebra, 39 são ajustes directos!"- in, Corta-fitas

quinta-feira, janeiro 28, 2010

80 anos da Associação de Futebol "Os Vouzelenses": apontamentos históricos-III



Nesta terceira e última parte, o Dr. Telmo refere o período mais recente da vida dos Vouzelenses. Numa gravação feita durante o jantar/ debate do passado dia 5 de Janeiro, pela Vouzela-FM.

80 anos da Associação de Futebol "Os Vouzelenses": apontamentos históricos-II



Depois da caminhada percorrida desde a fundação até aos tempos áureos do volfrâmio, esta segunda parte aborda a indefinição que caracterizou os anos 50 e os apoios iniciais para a aquisição de uma sede.

80 anos da Associação de Futebol "Os Vouzelenses": apontamentos históricos



Estão a decorrer as diversas actividades comemorativas do 80º aniversário dos "Vouzelenses". Depois de inaugurada uma exposição no Museu Municipal e homenageados os fundadores, realizou-se em 5 de Janeiro, um jantar/ debate comemorativo da aprovação dos Estatutos iniciais, e um segundo, no passado dia 23, altura em que, em 1930, o Governo Civil de Viseu reconheceu a existência da associação.

Um dos aspectos mais interessantes deste conjunto de iniciativas, é revelarem a consciência de que a preparação do futuro do clube, obriga a uma reflexão sobre a sua história, identificando o que esteve na origem dos seus melhores momentos e, também, dos seus fracassos. De facto, iniciada com a clara consciência de dever prestar um serviço público (como já aqui realçamos), a Associação de Futebol "Os Vouzelenses" nem sempre soube resistir aos "cantos de sereia" de um estrelato pouco sustentado, que inevitavelmente a lançou nas fases mais complicadas do seu percurso.

O documento áudio que publicamos (a partir de uma gravação da Vouzela-FM e dividido em três partes), regista um momento do debate do dia 5 de Janeiro, quando o Dr.Telmo Teixeira de Figueiredo- talvez o homem que mais vezes esteve ligado aos corpos dirigentes dos "Vouzelenses"- apresentou alguns apontamentos sobre a história da colectividade. Vale a pena ouvi-lo.

Já agora, também vale a pena ajudar o clube através da aquisição do "kit aniversário", que, para já, está disponível na sede, ali na Av. Comendador Correia de Oliveira. Depois, vale a pena acompanhar todas as iniciativas(1) que ainda vão ser organizadas e onde se pode revisitar um pouco da História de Vouzela- é que raras vezes se encontra uma identificação tão grande entre o percurso de uma colectividade e o da terra que a viu nascer.
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(1)- O programa dos 80 anos da Associação de Futebol "Os Vouzelenses", prevê, ainda, a inauguração do relvado sintético das Chãs e a publicação de um conjunto de documentos que ilustram momentos significativos da sua caminhada.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Vista Parcial

Um olhar de relance é normalmente suficiente para reconhecermos uma determinada localidade. Há sempre um monumento ou uma particularidade que a torna familiar. Evidentemente que cada um de nós identifica Vouzela seja de que ângulo for. Vila tão bonita e rica de património não pode ser reduzida a um qualquer monumento ou particularidade. Porém, como imaginamos Vouzela sem a Ponte do Caminho de Ferro?

1910's



UNION POSTALE UNIVERSELLE
Edição da Casa da Montanha Castela

sábado, janeiro 23, 2010

Catástrofes pouco naturais

"(...) muito menos são naturais as catástrofes que os sismos provocam. São catástrofes que, como no caso do Haiti mais uma vez ficou demonstrado, são provocadas pelas construções edificadas pelo Homem e pelas opções que os homens tomam quando se trata de decidir sobre os locais inde se pode construir(...)"- in, Pedra do Homem

Naturalmente... a catástrofe

"Por tudo o que se tem passado, cheguei à conclusão que o melhor é não dar ouvidos aos conselhos e às teorias dos financeiros quando o que está em causa é a reforma financeira.
(...)
Lloyd Blankfein, do Goldman Sachs (...) comparou a crise financeira com um furacão que ninguém podia ter previsto. Phil Angelides, o presidente da comissão (Financial Crisis Inquiry Commission- EUA), não achou graça: a crise financeira, declarou, não foi uma catástrofe natural; resultou de 'actos de homens e mulheres'"- Paul Krugman, i, 22/01/2010

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Reabilitação: Ideias a custo zero

Vista parcial, Edição Passaporte

A seguir à publicação do texto "Reabilitar é preciso", recebemos alguns "mails" de leitores referindo outras situações que, na vila, exigem urgente "cara lavada". Como na altura dissemos, o nosso objectivo era, apenas, chamar a atenção para a importância de se encarar a reabilitação como uma prioridade e os exemplos referidos, não passavam disso mesmo: simples exemplos.

Por coincidência, ao passarmos os olhos por alguns exemplares do "Notícias de Vouzela" dos anos 50, encontrámos um curioso anúncio da Câmara Municipal (assinado pelo vice-presidente Hermínio Augusto Dias), autorizando os proprietários de prédios da vila "confinantes com a via pública ou que dela se veja"(1), a caiar paredes exteriores, concertar portas e janelas, colocar vidros e lavar cantarias, durante o prazo relativamente curto de um mês. Ou seja, durante esse prazo, não só era permitido fazer o inevitável "estendal" para as obras referidas, como elas ficavam isentas do pagamento de qualquer taxa ou licença.

Algumas semanas mais tarde, o jornalista escrevia: "(...) aproveitando a autorização da Câmara, prédios em série lavam as suas frontarias, pintam-se das mais diversas cores, algumas mesmo com notável falta de gosto, mas enfim... todos vão colaborando no asseio de que a nossa terra justamente se orgulha"(2). Nem sempre as coisas tomam o rumo pretendido e bem sabemos que os tempos eram outros. Mas não deixa de ser um exemplo de como alcançar um objectivo, a custo zero.
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(1)- Notícias de Vouzela, 16 de Maio de 1954
(2)- idem, 16 de Junho de 1954

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Oliveira de Frades: Pensão Avenida

Esta é dedicada ao Luís. A Pensão Avenida no seu auge. Publicamo-la tal como a recebemos, sem origem de fonte nem data. Mas, indiscutivelmente imponente.

domingo, janeiro 17, 2010

Relação das medidas de defesa do Vouga contra o exército de Soult


"Como as posições para a defesa imediata de Águeda só podiam obstar a um ataque local e positivo do inimigo e não asseguravam que, atravessando os Franceses o rio Vouga mais acima da ponte e metendo-se na estrada que vem de S. Pedro do Sul, facilmente pudessem envolver-nos, porque as Ordenanças que vinham descendo de Lafões estavam ainda muito distantes para poderem vigiar e defender as passagens do Carvoeiro e Jafafe, e a urgência do tempo (...) não havia permitido fazer um reconhecimento naquela parte do rio, o Tenente-Coronel Campbell julgou necessário tomar novas posições antes de anoitecer".

Não, não é um estudo pormenorizado das consequências das Invasões Francesas na região. É um relato feito por Alexandre de Morais Sarmento, elemento do Corpo Militar Académico que, a partir de Coimbra, resistiu ao avanço das tropas de Soult. Morais Sarmento foi, mais tarde, nomeado Visconde do Banho e um opositor ao absolutismo miguelista que o expropriou de vasto património que possuía em São Pedro do Sul.

Relação das medidas de Defesa do Vouga contra o exército de Soult, em 1809,
Alexandre Tomás de Morais Sarmento,
Porto,
Deriva Editores,
2009

sexta-feira, janeiro 15, 2010

A coisa vai-se compor...

Mal concluímos a primeira quinzena do ano e já por aí andam ideias e iniciativas dignas de elogio. Há cada vez mais quem defenda que a região tem que ser pensada no seu todo; há responsáveis locais dispostos a mostrar que a intervenção dos poderes públicos na actividade económica, não tem que estar associada a tijolos e cimento. Divulgamos dois exemplos que nos alimentam a esperança: a coisa vai-se compor...

"Metro de superfície"


Na sessão de Câmara do passado dia 8, a vereadora Carmo Bica defendeu que se fizesse um estudo para um "metro de superfície" que ligue em permanência Oliveira de Frades, Vouzela e São Pedro do Sul. A ideia foi apresentada numa intervenção sobre a importância de projectos intermunicipais, onde se sublinhou a necessidade de criar um sistema de transportes alternativo, mais adaptado às necessidades das populações.

Claro que só podemos apoiar a ideia que, noutro contexto e com outra dimensão, aqui defendemos em Fevereiro de 2008. Até vamos mais longe: pegando no exemplo da Câmara de Águeda, valia a pena estudar até que ponto seria viável conciliar o serviço diário às localidades com a exploração turística deste trecho da antiga linha do Vale do Vouga, conseguindo, assim, duas fontes de receita.

Curiosamente, o presidente Telmo Antunes, com aquela "certeza certa" que tem caracterizado algumas das suas últimas intervenções, "arrumou" o assunto afirmando que o metro de superfície é "um grande elefante branco" e fazendo uma comparação perigosa: "se o metro de Lisboa e do Porto dão prejuízo, o metro de Lafões seria ruinoso"(1). Ora, sabendo-se das muitas dúvidas que estiveram associados aos actos de gestão da empresa Metro do Porto (exemplos aqui e aqui), dá vontade de lhe perguntar se considera inevitável que isso aconteça entre nós...

Mais do que divagações, exercícios de estilo e sectarismos, Lafões necessita de ideias. Esta, é daquelas que tocam fundo e que merecia ser estudada- aquele velho acto de humildade que deve anteceder qualquer decisão. Até porque, se não recusamos as ecopistas, preferimos as eco... regiões.
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(1)- Notícias de Vouzela, 14 de Janeiro de 2010

Reanimação da Feira Mensal

Da colecção do "nosso" Luís

Está a ser feito um esforço para reanimar a Feira Mensal de Vouzela. Criada por D. Dinis em 1307, a feira ressentiu-se, como tantas outras, das alterações do nosso tecido económico e social, não suportando a concorrência que foi surgindo, assim como os novos hábitos de consumo.

Um protocolo entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, tenta inverter a situação, através de programas que chamem mais gente. Talvez seja de alargar o âmbito da iniciativa, enriquecendo o leque de "feirantes", promovendo produtos regionais de referência, fazendo com que a feira seja encarada como uma ajuda aos produtores locais, uma alternativa à ditadura das grandes distribuidoras. Um bom exemplo da intervenção dos poderes públicos na actividade económica.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Há dias assim...

... em que nos sentimos nas nuvens.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

São Pedro do Sul- Bairro da Ponte (aspecto do rio Sul)

Edição Sebastião & Sobrinho. Colecção de Marisa Araújo

domingo, janeiro 10, 2010

Ei-la, de novo!

Carmo e Álvaro

Até agora, era um fenómeno raro, coisa com que os mais velhos faziam os outros roerem-se de inveja. Desta vez, é o segundo ano consecutivo que a neve nos visita. Dizem que é por causa de uma tal de "frente polar". Preferimos pensar ser um esforço da Natureza para cobrir as asneiras dos homens e realçar o que há de melhor.

Através das objectivas da Carmo, do Álvaro e da Francisca, aí ficam os registos (mais imagens podem ser vistas no destaque das nossas "Caixas de dúzia", na coluna do lado direito).



Carmo e Álvaro


Francisca
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Nota: Porque a massa precisa de tempo de repouso, o habitual postal antigo das segundas-feiras, apenas será publicado no final do dia de amanhã.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Reabilitar é preciso

Há edifícios que marcam épocas da História das localidades; edifícios que são marcas das vontades de movimentos significativos que fizeram história. Não precisam ser obras de arte de reconhecido valor mundial- precisam, apenas, de explicar o que somos e contribuir para o equilíbrio paisagístico que (ainda) temos. É a isso que se chama património edificado e há localidades que têm a sorte de o possuírem em número significativo. É o nosso caso. No entanto, se tem havido algum cuidado com os monumentos nacionais (nalguns casos bem discutível, como sucedeu com o restauro da Igreja Matriz) e os imóveis classificados como de interesse público (Pelourinho e torre de Vilharigues, por exemplo), já o mesmo não se pode dizer de outros edifícios, maioritariamente privados, que, apesar da sua simplicidade (ou por causa dela), são pilares fundamentais da imagem que temos.

Vouzela necessita, urgentemente, de obras de reabilitação e restauro. Não se trata de um gasto, mas sim de um investimento, se entendermos que a harmonia entre o natural e o edificado, é um dos seus principais recursos. Mais ainda, se percebermos que é uma forma de criar emprego e de aumentar o nível de exigência na oferta da construção civil, para que basta encontrar os estímulos adequados.

Serração

Antes e... o que resta

A serração era das mais antigas unidades industriais do concelho, localizada mesmo em frente da estação dos caminhos de ferro, numa altura em que isso marcava o fim da vila para o lado nascente. Mais tarde, o crescimento da malha urbana envolveu-a, valorizando os seus terrenos e tornando-os num negócio mais apetecível do que a continuação da actividade (que já tinha parado há algum tempo). Uma equipa camarária anterior, permitiu a urbanização do espaço-criou-se um problema. Falou-se da vontade de uma grande superfície ali se instalar, falou-se da
construção de um prédio de não sei quantos andares que a Câmara não autorizou- fez bem. Mal esteve (e está) quem demoliu a fachada, quem o permitiu e permite que se mantenha no estado que se vê. Salvo melhor opinião, qualquer projecto devia incluir os elementos mais característicos da unidade industrial que lá existiu. Assim como tudo isso devia estar devidamente classificado. Devia...

Mesmo ao lado da Câmara


Cá está um exemplo do que dissemos na introdução a este tema: este edifício, (composto por duas moradias geminadas) localizado na Rua Sidónio Pais, apesar de não ser um significativo exemplar de uma qualquer corrente arquitectónica, reflecte uma forma de habitar típica das primeiras décadas do século passado, em que a moradia "burguesa" era ladeada por um quintal que convidava à organização de uma pequena horta para consumo doméstico e, na cave, ainda tinha a tradicional "loja". A primeira das duas habitações está desocupada há muito e os sinais de degradação são evidentes. Desconhecemos as causas, mas, apesar de estar mesmo ao lado da Câmara Municipal, parece que ainda ninguém reparou...

Casa das Ameias... sempre


Sobre esta, quase tudo está dito. Há quem afirme que o edifício original remonta ao século XV e, de acordo com os estudos feitos por Lopes da Costa, aqui ficava a rainha D. Amélia durante os períodos de férias em que se deslocava às Termas. Marca, desde há muito, a imagem de uma das zonas mais frequentadas da vila. Para o bem e para o mal. E mal continua, depois de uma avaliação técnica ter concluído ser necessária uma intervenção urgente e de, recentemente, o actual usufrutuário ter destruído as ilusões da Câmara sobre a possibilidade de ser ele a avançar com uma solução para o problema. Pela nossa parte, até fizemos uma sondagem sobre a sua utilização, depois de um leitor ter dado a entender que ninguém sabia o que fazer com o edifício, caso a autarquia local dele tomasse posse. Concluiu-se que ideias não faltam-o que falta é vontade para acabar com desculpas e, de uma vez por todas, resolver o problema.

Os exemplos aqui referidos não são únicos. Infelizmente. Por um qualquer motivo que desconhecemos, tem havido uma falta de preocupação com a sede do concelho, que permitiu que se chegasse ao estado actual. Nalguns casos, acreditamos que os proprietários necessitem de ajuda para recuperar os seus edifícios. Noutros, não. A verdade é que nada se fez em relação a qualquer deles. É pena, porque urge recuperar a imagem da vila. Reabilitar é preciso.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Estação do Caminho de Ferro

Para começar bem o ano, uma extraordinária imagem...
Provavelmente um dos cinco melhores postais de Vouzela.

1920's


Edição de Dias e Rocha - Vouzela 

Nem me atrevo a comparar estas duas imagens ou a falar do que a Estação era e do que é agora... 

2009



sexta-feira, janeiro 01, 2010

"O saber não ocupa lugar"


Já a "santa" da minha professora primária dizia que "só os burros não aprendem", numa injusta avaliação dos jumentos e numa indirecta de discutível eficácia à pequenada de menor aptidão para ditados e tabuadas. Mas, como não há amor como o primeiro, nem professor como o primário, ficou-me gravada aquela sentença de que me recordei frequentemente ao longo de 2009, sempre que lia os suplementos económicos. De facto, foi um ano de lições, que se resumem de forma simples: ou tomamos nas nossas mãos o destino das coisas, ou estamos feitos!

Na sua mensagem de Natal, José Sócrates anunciou aqueles que considera serem os sectores prioritários para concentrar o investimento: "as infra-estruturas de transportes e comunicações, as escolas, os hospitais, as barragens, as energias renováveis". Estamos a ver a animação da coisa: um país cheio de luz, com gente de elevadas habilitações e de boa saúde, que se põe a andar daqui para fora, em alta velocidade, na hora de arranjar trabalho... Se aceitarmos tal destino, o melhor é começarmos a fazer as malas porque não entramos neste "sonho"- o Interior, o tal lado direito da A1 (para quem sobe), está condenado a submergir ou a plantar ventoinhas no quintal. E para isto nos pedem maiorias absolutas...

Por cá, também estamos bem servidos. Pouco antes das eleições, Telmo Antunes desvalorizou um estudo da Universidade da Beira Interior (ver também aqui), sobre o desenvolvimento e a qualidade de vida nos diversos concelhos de Portugal, onde Vouzela aparecia pouco fotogénica. Mal se apanhou com nova maioria absoluta, "despachou" os argumentos da vereadora Carmo Bica, com o "nível" já aqui sublinhado. Moral da história: temos um primeiro-ministro que imagina um país virtual e um presidente de Câmara que não discute política local. Ambos gostam de maiorias absolutas e absolutamente ignoram as preocupações do cidadão comum.

Mas, como "de pouco vale chorar sobre leite derramado" e "o que não tem remédio, remediado está", resta-nos explorar o único caminho ainda não percorrido: fazer! Há precisamente um ano, deixámos aqui uma proposta: "Como todos os estudos mostram, qualquer estratégia local tem que privilegiar os recursos endógenos. Património natural e edificado, floresta, agricultura, criação de gado, gastronomia, artesanato e até a construção civil, têm que saber trabalhar em equipa, unindo esforços, integrando as diversas ofertas num único produto final: Vouzela/ Lafões. É o único suficientemente resguardado da concorrência para conseguir sobreviver. É o único que tem procura suficiente para ultrapassar os limites do acanhado mercado regional. Mais do que competição, precisamos de cooperação".

Ora, como "o caminho faz-se caminhando", há pequenos passos que nos parecem ao alcance de qualquer perna. Por exemplo, que motivo pode justificar que não se encontre no comércio da sede do concelho, exemplares significativos do artesanato regional? Como compreender que as ementas de grande parte dos restaurantes não destaquem as produções locais (que não se limitam à vitela e aos pasteis)? Porque não aprender com as bem sucedidas experiências dos percursos pedestres, das "Jornadas Micológicas" e da "Doce Vouzela", para criar novas iniciativas associadas a outros pontos de interesse e conseguir oferta para todo o ano? Porque não aprender com outros concelhos deste país, em que, na sua sede, há indicações claras sobre os pontos de interesse de todas as suas freguesias?

Claro que muito mais há para fazer. Claro que há todo um trabalho de organização e de reabilitação que exige outros meios e outros apoios. Mas também há estas simples iniciativas que nada custam e que, de uma vez por todas, permitem acabar com aquela imagem hoje dominante de que Vouzela só não interessa aos vouzelenses.

A aprendizagem da cooperação é o passo na direcção certa: a da afirmação de Vouzela como marca de excelência. Só depende de nós e depois, como também se fartava de repetir a santa da minha professora, "o saber não ocupa lugar".

Votos de Ano Novo

Já que estamos em época de desejos, permitam-nos expressar um só, bem simples: que o nosso presidente da Câmara comece a rumar a Viseu pela A25, de modo a aperceber-se do estado lamentável em que se encontra o piso da variante que lhe dá acesso. Não sei se é ou não da competência camarária. Apenas sei que os produtos de excelência começam nestes pequenos pormenores. Um óptimo ano para todos.

A CRISE

Feliz Ano Novo !!!!

Cheguei à conclusão que para além das crises económicas, financeiras, culturais, de valores etc.etc. estamos a atravessar uma crise de alegria e passo a explicar.

Por razões económico-financeiras, como a maior parte dos portugueses, a passagem do ano foi em casa: jantarinho melhorado, espumante, algumas mensagens e "tá" feito!! Feliz Ano Novo!!!

O que estranhei em relação a anos transactos é que não ouvi o habitual BARULHO !
Na realidade a "crise" económico-financeira atingiu profundamente o estado de espírito das pessoas e não há vontade para comemorações. O que todos nós precisamos é de uma injecção de optimismo, de confiança, de objectivos e isso meus amigos já percebemos que não iremos ter.
As noticias são de facto alarmantes: o Freeport continua;o caso"face oculta" está cada vez mais oculto; os helicópteros não voam;os submarinos estão a chegar: o TGV também; as energias alternativas não dão luz; o governo desgoverna;a oposição não se opõe e o POVO VAI PAGANDO!!!
A propósito dos investimentos do estado, propagandeados com pompa e circunstancia pelo governo anterior (o Pinho era mestre e o actual continua) seria bom recordar a situação do "La Seda" em Sines onde um consórcio de "espertos" (franceses e ingleses que já estão a contas com a justiça dos respectivos países) deixou várias empresas nacionais "a berrar" porque o financiamento foi assegurado pela CGD que agora diz que não tem nada a ver com o assunto.
Também seria bom que a "oposição" verificasse o que foi dito e o que foi feito, por essa personagem tenebrosa que dá pelo nome de Basilio Horta (por favor vejam o que vai acontecer na Quimonda)
Desculpem mas não posso deixar de recordar aquele episódio tragico-cómico do "palhaço" no parlamento: é que o homem é mesmo "palhaço" pois dizer que a Zézinha andou a saltar de partido em partido é mesmo de "inimputável".Que se saiba a senhora saiu do CDS-PP e foi eleita como independente pelo PSD.
Seria bom que esse "palhaço" verificasse a origem de "ilustres" militantes do seu partido: José Sócrates - JSD; Jorge Coelho MRPP; Pina Moura PCP; Mario Lino PCP, Freitas do Amaral CDS e muitos outros que o adiantado da hora não me ajuda a lembrar.
Já alguém ouviu falar sobre isto? Onde está a oposição? Quem é que pode ter optimismo, confiança e acreditar em objectivos.
É que, sem surpresas, ninguém vai preso !!!

Mesmo assim atrevo-me a desejar um bom 2010 (pior que 2009 será difícil)