Reflectindo
Era uma vez um rei que não conseguia aprender a andar a cavalo. É isso mesmo. Sua majestade bem tentava, comprava os melhores cavalos, contratava os melhores mestres, prometia, ameaçava... mas o resultado era sempre o mesmo: “catrapumba” no meio do chão! Foi então que um dos ministros, já farto de tanta insistência e- porque não dizê-lo- algo receoso das iras régias, concebeu uma teoria que obteve aprovação geral: “se não é possível ensinar o rei a andar a cavalo, então... ensinam-se os cavalos a andar com o rei”. Lá voltaram os melhores mestres para trabalharem com os melhores cavalos, consta até que foi apurada uma nova raça, mais larga e baixa e ainda um complicado sistema de roldanas para colocar o traseiro real na sela. Mas, mal os animais ensaiavam os primeiros passos, aí estava sua majestade estatelada no meio do chão. A paciência esgotou-se. Era evidente a incompetência dos mestres que não sabiam educar os cavalos! Merecedora de PENA DE MORTE! E foi assim que um belo dia, já depois de terem rolado várias cabeças, apresentou-se um mestre que dizia ter a solução para o problema. Com ele estava um animal de bom porte, longas crinas ondulantes, que impressionava pelo olhar fixo e rígida imobilidade. Na verdade, tratava-se de um cavalo embalsamado, mas isso, talvez pela ânsia da experiência, passou despercebido ao rei. Abreviemos o relato e imaginemos o rei receoso em cima do cavalo. A medo, bateu com os calcanhares no dorso do animal, mas não houve qualquer resposta. Bateu com mais força e... nada- o cavalo não se movia. Já irritado, depois de várias tentativas, gritou para o mestre: “Mas este cavalo não anda”! Ao que o mestre lhe retorquiu, fazendo uma cerimoniosa vénia: “E Vossa Majestade não cai...”
1 comentário:
“se não é possível ensinar o rei a andar a cavalo, então... ensinam-se os cavalos a andar com o rei”
Quem foi o ministro que disse isto?:)
Enviar um comentário