segunda-feira, agosto 31, 2009

Ponte da Foz

Sabe sempre bem dar de beber aos olhos para nos refrescarmos neste Verão tão quente.

1940's


12º postal de uma colecção de postais fotográficos sem referência ao editor.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Coisas que vale a pena saber para sobreviver às Autárquicas

"Apesar da entrada em vigor das leis que impõem a limitação de mandatos para os autarcas e a paridade entre homens e mulheres na elaboração das listas, a renovação do poder nos municípios portugueses é ainda uma miragem. Dos actuais 308 presidentes de câmara, apenas 29 não se recandidatam ao cargo, donde forçoso é concluir que aparentemente os partidos quiseram jogar pelo seguro"- Público.

O campo puro e duro do caciquismo

"A notícia confirma aquilo que já se sabe: no poder local os Presidentes de Cãmara permanecem no cargo quase enquanto quiserem. A conclusão óbvia seria a de que, neste sector específico da actividade política, a qualidade do trabalho realizado seria pouco menos do que insuperável. Pura ficção. Estamos no campo puro e duro do caciquismo. Quem chega ao poder dificilmente de lá sai porque estabelece um poder pessoal sobre todos os mecanismos que afectam directa ou indirectamente a reeleição"- pedra do homem.

Mas há quem acredite no Pai Natal e na Fada dos Dentes

"O sociólogo Fernando Ruivo viu a limitação dos mandatos como um caminho para a renovação, mas hoje mostra-se céptico. "Se a classe política se reproduzir endogenamente como até à data, não haverá grandes alterações", constata o director do Observatório do Poder Local do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia de Coimbra"- Público.

Almoços grátis é que não há

"O PS é o partido que apresenta maior orçamento para a campanha das eleições autárquicas de 2009: são 30,5 milhões de euros contra os 21,9 milhões do PSD, embora esteja ainda por explicar se os gastos nos locais em que os sociais-democratas têm coligações (mais de seis milhões de euros) já estão incluídos nestas contas. A situação inverteu-se face a 2005: os socialistas prevêem gastar agora mais três milhões, os sociais-democratas fizeram um corte radical de metade da verba"- Público

segunda-feira, agosto 24, 2009

um dia de neve há quase 50 anos

 
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quarta-feira, agosto 19, 2009

Sobre o despovoamento do Interior

O Emigrante, José Malhoa

De vez em quando lá acontece: os blogues de referência, maioritariamente, de "corte urbano", lembram-se do Interior. Foi o que fez o recente "Simplex", pela pena de Sofia Loureiro dos Santos. O diagnóstico está bem feito (logo no primeiro parágrafo), mas a "terapêutica" é insuficiente. Em linhas gerais, propõe-se um repovoamento através de pessoas que, hoje, residem nas cidades, mas que optem por ares mais saudáveis e belas vistas, beneficiando das facilidades de comunicação existentes. Esquece-se, a Sofia, de alguns "pequenos" pormenores:

1º) Grande parte da paisagem de que tanto se gosta, resultou do modo como o homem moldou o meio e o aproveitou. As principais actividades que a criaram e que a podem manter, são precisamente aquelas que os governos têm ignorado, não encontrando "remédio" para situações de menor produtividade, mas com inegável importância social e ambiental: a agricultura e a pastorícia.

2º) Fazer uma "transfusão" de habitantes de centros urbanos para zonas do Interior (situação até certo ponto inevitável e que já se verifica nalguns casos), sem garantir a continuidade das actividades rurais, acabaria por transformar essas zonas em subúrbios que, na melhor das hipóteses, só conseguiriam manter o "verde" à custa de um ajardinamento intensivo.

3º) A situação do mundo rural deve servir de lição, não apenas pela desertificação que tem sentido, mas também pela enorme injustiça de que foi vítima uma população completamente abandonada, condenada a partir ou a morrer. Mais: a reconversão da agricultura para a produção de produtos de referência, de elevada qualidade, está seriamente comprometida pela dificuldade em conquistar público jovem, afastado pela desvalorização social do sector.

A respeito de tudo isto, é importante não perder a resposta de Henrique Pereira dos Santos ao texto do "Simplex" (ver caixa de comentários), concluída no seu blogue, "Ambio".

segunda-feira, agosto 17, 2009

Vistas do monte

Emprestámos os montes para que os nossos irmãos das Termas de S. Pedro do Sul pudessem ter uns excelentes postais.

Edição de Fradique Santos

sábado, agosto 15, 2009

"Vouguinha" com nova morada

A nova morada do "Vouguinha" (aqui)

Já nos tínhamos interrogado sobre os motivos de tão longo silêncio ali para os lados do "Vouguinha". Afinal, apenas mudou de casa, na sequência de "estranhos" acontecimentos aqui referidos. De modo a abrir o apetite para uma visita ao novo espaço, nada melhor que o apontamento histórico sobre as origens dos pastéis de Vouzela e de Tentúgal (aqui). O nosso abraço solidário e os votos de muitos "posts" para o "Vouguinha-2".

quinta-feira, agosto 13, 2009

Memória

Zona da Foz. O salto era para o outro lado

Não precisava de grande desafio. Chegava-se à beira da ponte da Foz, media o salto e projectava-se, em prancha, mergulhando com elegância. Outros havia que se atiravam de pés, outros ficavam pelas desculpas, a maioria assistia. Era um ritual de verão. Quando todos se juntavam, vindos de toda a parte, gozando todo o tempo do mundo e a liberdade de um espaço que só tinha por limite a força das pernas. Ninguém tinha automóvel.

Memórias de um Vouga, quando era bem mais do que isso- uma memória. Com ela rumo a outras margens. Regresso marcado para muito antes das vindimas e da "sementeira" das Autárquicas. Até lá, continuamos no ritmo próprio da época, que é como quem diz, "quando acontecer". Boas férias com muito ar puro e amplos horizontes- os vírus detestam espaços abertos.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Rua Principal

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Esta fotografia é muito curiosa e revela a estrada do Vale do Vouga, ao passar por Oliveira de Frades...atentem no pormenor das pessoas...

sexta-feira, agosto 07, 2009

Onde está o Wally?

Imagem tirada do Viseu, Senhora da Beira

Neste caso é mais "onde está Vouzela", na página promocional da Região de Turismo Dão- Lafões... Para além dos percursos pedestres, apenas temos direito a uma vaga referência na secção "sabores" (os pasteis de Vouzela, claro) e a uma única sugestão de alojamento. Alguém se esqueceu de pagar a conta ou a dimensão certa das políticas locais de desenvolvimento turístico? Talvez possamos acrescentar que é um bom exemplo de como se tem desperdiçado dinheiro em promoção mal feita. Na verdade não é só Vouzela que está mal representada- é toda a região, se a entendermos no conjunto (e na diversidade) da sua riqueza cultural. Lamentável.


Já agora, é de elementar justiça elogiar a jovem equipa que idealizou a "Doce Vouzela", mostra de doçaria local promovida pela Câmara. Uma ideia com imensas potencialidades que merece lugar cativo no nosso calendário. Será desta que se avança para o levantamento da doçaria regional que está por fazer?

quarta-feira, agosto 05, 2009

Histórias de umas Festas


Folheto de divulgação das Festas do Castelo de 1958. Colecção particular de CM

A imagem que publicamos, é uma reprodução da capa do programa das Festas do Castelo de 1958. Para além da curiosidade gráfica de ter sido dos primeiros (se não mesmo o primeiro) a romper com o tradicional estilo em torno do brazão e/ou de imagens de centros de interesse paisagístico, as festas de 1958 ficaram marcadas por uma série de acontecimentos laterais que parece terem aberto feridas. Em primeiro lugar, o incêndio da Serração em plenos festejos. Depois, um estranho conflito provocado pelo modo como foi recebida uma delegação da Casa de Lafões que, na opinião de alguns, terá sido pouco menos do que ignorada pela Comissão de Festas. Tudo isso, num ano em que decorreram as eleições para a Presidência da República a que concorreu Humberto Delgado, num ambiente a que Vouzela não ficou alheia.

Por todos estes motivos (ou mais por uns do que por outros), as Festas de 1959 correram o risco de não se realizar. Quem, hoje, lê relatos daquele tempo, é surpreendido pela tensão latente, por uma quase procura do confronto que a passagem do tempo torna difícil perceber. Logo em Abril, reflectindo o desconforto que se sentia, o Notícias de Vouzela publicava na sua primeira página: "Em 'ponto morto' há várias semanas, foi agitado, inesperadamente, nos últimos dias, o caso da organização das Festas do Castelo (...)". Seguia-se, "sem comentários", a divulgação de três cartas. Uma, da Comissão Administrativa da Associação "Os Vouzelenses", dirigida à Comissão de Festas do Castelo (de 1958), onde se manifestava disponibilidade para assumir a organização dos festejos, depois de fazer várias considerações sobre o "bairrismo dos verdadeiros e bons vouzelenses, escondido, dominado, amesquinhado até, por um ambiente acomodatício do 'deixa correr', dos 'afazeres da sua vida', das imaginativas impossibilidades que aduzem os que nada fazem". Seguia-se a resposta da Comissão de Festas, louvando a disponibilidade, mas insinuando não estar nos objectivos dos Vouzelenses organizar tais eventos. Tanto bastou para que, numa última carta, esta associação se desligasse da organização das festas.

Estava-se num tempo em que as entrelinhas diziam mais do que as linhas, o que dificulta, quarenta anos depois, conseguir certezas sobre as causas deste ambiente. A verdade é que tal troca de correspondência teve o condão de mobilizar vontades, podendo o Notícias de Vouzela noticiar, bem ao alto da sua primeira página da edição de 1 de Maio de 1959, acima da notícia dos 31 anos da entrada de Salazar no governo, "Há Festas do Castelo! Tomou posse uma nova Comissão Organizadora". E os nomes lá vinham, por ordem alfabética, numa lista organizada de acordo com os princípios de uma época que defendia que "enquanto há calças, não se confessam saias": Álvaro Henriques de Oliveira e Silva, António Augusto da Rocha Rodrigues, António José de Figueiredo (filho), António Liz Dias, Celso Ilídio da Silva Giestas, Joaquim Fernandes Liz, Manuel Francisco Vitória, Manuel José de Figueiredo e Paulo José de Figueiredo. Finalmente, o toque feminino numa denominada "comissão de Kermesse", constituida pelas "jovens D. Armandina Ferreira, D. Dulce Correia Ferraz, D. Manuela dos Santos Dias e D. Cândida Beatriz Azevedo Oliveira e Silva".

Mas as peripécias não terminaram. Estava a nova Comissão a tomar posse numa sala do edifício da Câmara, eis que entra "o Sr. sub-delegado de saúde que, sem qualquer razão, em termos grosseiros e atitudes descompostas (...) e sem a mínima consideração por aquelas pessoas que ali estavam unicamente para bem de Vouzela, as escorraçou da sala!". Sem mais explicações...

A verdade é que as festas se realizaram com grande sucesso, apesar das noites frias e alguma chuva, introduzindo novidades que fizeram escola: "Muito interessante a ideia- parece que devida à camada mais jovem da Comissão- de colocar nas janelas bandeirinhas com as cores da Vila, obtendo, sem dúvida, um belo efeito ornamental". Ainda deu para homenagear o regresso do Académico de Viseu à II Divisão Nacional, com um encontro no Campo das Chãs. Resultado final: 3-3.

Enfim, histórias de um tempo em que o Monte Castelo ainda não tinha sido afastado das suas próprias festas e era palco de uma enorme merenda colectiva no dia de encerramento. Boas Festas.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Caminhos de Ferro do Vale do Vouga (2)

A Igreja Matriz antes das obras de remodelação.


Como nunca tinha visto tal foto do Mira Vouga, foi para mim uma surpresa reparar que as obras de ampliação tenham tido três fases. O primeiro bloco que corresponde ao edifício original tinha RC e 1º andar. Foi acrescentado um edifício lateralmente com mais um piso. Só posteriormente foi construído mais um andar em cima do edifício original mantendo-se com essa tipologia até à actualidade.



Parece que Santa Engrácia se transferiu para as Termas de S. Pedro do Sul. As obras nos balneários, que duram há anos, limitam-se agora a uma vedação enferrujada e um escoramento quase a cair. É de lamentar ver o parque cheio de turistas sentados à sombra dos plátanos a admirarem este amontoado de granito ao invés de visitarem o local onde D. Afonso Henriques passou uns tempos a curar uma perna partida.





sábado, agosto 01, 2009

Solidários com outros por males que bem conhecemos

Solidariamente rapinado daqui

"Os acidentes só apareceram desde que começaram a falar da barragem".

Como se aproveitam recursos... em Espanha e se desperdiçam entre nós. Ver a partir do "Avenida Central".
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Outros "aproveitamentos", aqui. Por cá, as consciências "lavam-se" com... ecopistas