Relação das medidas de defesa do Vouga contra o exército de Soult
"Como as posições para a defesa imediata de Águeda só podiam obstar a um ataque local e positivo do inimigo e não asseguravam que, atravessando os Franceses o rio Vouga mais acima da ponte e metendo-se na estrada que vem de S. Pedro do Sul, facilmente pudessem envolver-nos, porque as Ordenanças que vinham descendo de Lafões estavam ainda muito distantes para poderem vigiar e defender as passagens do Carvoeiro e Jafafe, e a urgência do tempo (...) não havia permitido fazer um reconhecimento naquela parte do rio, o Tenente-Coronel Campbell julgou necessário tomar novas posições antes de anoitecer".
Não, não é um estudo pormenorizado das consequências das Invasões Francesas na região. É um relato feito por Alexandre de Morais Sarmento, elemento do Corpo Militar Académico que, a partir de Coimbra, resistiu ao avanço das tropas de Soult. Morais Sarmento foi, mais tarde, nomeado Visconde do Banho e um opositor ao absolutismo miguelista que o expropriou de vasto património que possuía em São Pedro do Sul.
Relação das medidas de Defesa do Vouga contra o exército de Soult, em 1809,
Alexandre Tomás de Morais Sarmento,
Porto,
Deriva Editores,
2009
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