sexta-feira, janeiro 30, 2009
quarta-feira, janeiro 28, 2009
A maior trapalhada da Europa
2º) Quando se fala de uma suspeita de irregularidade ambiental, começamos logo à procura do autarca envolvido. Até pode ser aquela história do ser e do parecer, mas o seu estatuto de guardião do tesouro (território) coloca sempre o autarca no papel de parecer, independentemente de ser. Muitas vezes, é. E queriam dar-lhe mais poder...
3º) As voltas e reviravoltas dadas pela legislação que regulamentou e regulamenta a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ver aqui, tendo em atenção que o texto é de 2005), mostram como é possível usar a lei para defender uma coisa e o seu contrário. O que está em causa, não é tanto a história da lei dever ser igual para todos ou de não haver dois pesos e duas medidas. É antes o da lei ir mudando, de acordo com o "peso" de cada um.
"Freeport de Alcochete, o maior outlet da Europa"- dizia a publicidade. E uma trapalhada a condizer, acrescentamos nós.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 0 comentários
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Tribunal Judicial
Este postal é o número 1 de uma colecção numerada com origem em fotografias de António Passaporte...
Este fotógrafo abrangeu praticamente todo o país...há um livro de Lisboa com postais dele.
Esta fotografia é muito interessante, apesar desta colecção não ser muito antiga.
Publicada por Luís Filipe à(s) 06:00 6 comentários
sábado, janeiro 24, 2009
Dois novos destaques
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 2 comentários
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Sobre o projecto de ampliação da Avenida João de Melo
4- A obra da Câmara vai criar mais problemas do que resolvê-los- 28 de Novembro de 2008
3- Sobre o prolongamento da Avenida João de Melo: Vamos lá fazer uns bonecos- 26 de Novembro de 2008
2- Lá voltamos nós ao mesmo- a propósito do prolongamento da Avenida João de Melo- 14 de Novembro de 2008
1- Ampliação da Avenida João de Melo? Por favor, estejam quietos- 13 de Março de 2007
Publicada por Zé Bonito à(s) 14:09
quinta-feira, janeiro 22, 2009
A deseducação pelo território
Com uma população maioritariamente concentrada nos grandes centros do litoral, por vezes obrigada a grandes deslocações casa-trabalho e afastada dos restantes familiares, o enquadramento das crianças só é possível através de instituições, nomeadamente da Escola. Por isso, numa sociedade desorganizada como a nossa, a principal função social dessas instituições é manterem a miudagem lá dentro, transformando-se numa espécie de centros de acolhimento temporário- quanto ao resto, logo se vê.
No mesmo dia em que foram proferidas as declarações do dirigente da Confap, o ministro Augusto Santos Silva, que até já dirigiu (vá-se lá saber porquê) a pasta da Educação, garantiu (Público de 20 de Janeiro) que toda a “agenda reformista” do Governo está dependente... da aplicação do modelo de avaliação dos professores (pelos vistos, era agora que iam começar as prometidas reformas). Será que isto quer mesmo dizer o que parece, ou é a já famosa dificuldade de comunicação dos nossos governantes que nos leva a concluir que eles querem institucionalizar-nos? Com a cantina a funcionar, entenda-se.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 0 comentários
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Os leitores lançam as mãos à massa-V
Inauguração da Estação de Vouzela
Junto foto da inauguração da estação de caminho de ferro em Vouzela, presumo ter sido em 17 de Março de 1914.
(...)
Grande abraço,
Augusto Rodrigues - Ovar
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 4 comentários
sábado, janeiro 17, 2009
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Por aqui, a crise tem melhores vistas
Para os que ainda têm a memória da terra, o Inverno é um tempo de expectativa, de preparação- "lavoura das terras e preparação das culturas de Inverno", manda o Borda d'Água. Não tarda, há que podar as videiras. Idealizar o seu crescimento, orientá-lo e ajudar a planta a consegui-lo. Exige-se uma perfeita noção de medida no corte- nem a mais, nem a menos.
"Em Janeiro sobe ao outeiro"- manda o ditado. "Se vires verdejar, põe-te a chorar. Se vires terrear, põe-te a cantar". Bem cantávamos este ano, valesse de alguma coisa vermos terrear. A terra aí está, ao abandono, respondendo com indiferença à indiferença de quem manda. O défice externo deve-se, muito, à importação de energia-diz o nosso primeiro-ministro. Pois deve. Mas também se deve à importação de tudo o resto que não produzimos e devíamos, como… produtos agrícolas.
"Para quê salvar uma actividade que fica mais cara do que comprar ao estrangeiro?"- perguntam por aí uns teóricos de contas curtas (também aqui). É pena não dizerem se preferem gastar em apoios sociais e em medidas de compensação do desordenamento do território. É a tal história da noção de medida. Deviam aprender a podar videiras.
A agricultura tem uma importância social e ambiental que está muito para além do preço do molho de grelos- já nem vale a pena falar da qualidade do que se come. Viabilizá-la, depende, sobretudo, de incluir essa parcela nas contas, de a entendermos como uma peça fundamental de qualquer projecto de economia sustentada para o Interior e de furar o monopólio da distribuição. Não desperdiçar apoios europeus também ajuda.
Sopra uma brisa gelada de Norte. À nossa frente impõem-se amplos horizontes só limitados pela Gralheira. Lá em baixo o Vouga. E terra que já foi de cultivo e hoje não é. Resta a compensação de ainda o ser- só terra. É como se uma lâmina de aço nos cortasse a cara e a alma. Por aqui, doi muito a crise. Mas tem melhores vistas.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 0 comentários
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Gosto muito deste postal...
Para quem não colecciona postais talvez este postal seja igual a tantos outros...
O toque "animal" dado à paisagem pelos transeuntes da época faz TODA a diferença!
Publicada por Luís Filipe à(s) 03:00 2 comentários
domingo, janeiro 11, 2009
sábado, janeiro 10, 2009
Cesse tudo o que a Musa antiga canta
Informações complementares : estavam -2 quando das primeiras fotos, nas últimas já havia um solzinho a aparecer. Nas ruas da terra não havia neve, só nos telhados.Quem viu, viu. Quem não viu, paciência. São estas coisas dos efémeros ...
Fotos e texto: Álvaro Tavares
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Na próxima semana, contamos publicar mais imagens da neve.
Publicada por Zé Bonito à(s) 18:55 0 comentários
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Para guardar em local seco-VII
Ideias de outros que interessa guardar. Para consumir mais tarde ou para reproduzir em futuras sementeiras.
Para o debate de ideias
O grande problema do município é que a estrutura de receitas e despesas que deu origem ao grande buraco continua a existir e portanto é provável que no final do próximo ano já exista um novo buraco e que cada ano continue a crescer- Clicar na imagem para continuar a ler.
Comboio: a memória
Alguns túneis, algumas trincheiras, e finalmente chegava a Vouzela. Quase a entrar na estação, o comboio atravessava uma bonita ponte de alvenaria, com 15 arcos, sobre a ribeira do Zela.- Mundos incompreendidos
Comboio: os que não desistem
Outros teriam feito talvez o aproveitamento turístico (da linha do Vale do Vouga) se as estratégias não andassem sempre desfasadas do tempo e se não fossem marcadas pela visão egoísta dos grandes centros. Visão essa limitadora se se atender à virtualidade verdadeiramente distintiva que Portugal tem para oferecer face à concorrência de outros países com maior peso turístico: a diversidade em tão curto espaço geográfico- d’aquém e d’além.
Eleições à porta...
Autarquias vão poder adjudicar obras até cinco milhões de euros sem abrir concurso- RTP
Publicada por Trinta e três à(s) 16:34 0 comentários
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Em defesa do direito à água
A partir do ruitavares.net/blog
Não, não é assunto lá para as "áfricas". É mesmo a nós que diz respeito. A nós que, aqui pelas encostas do Caramulo, vemos desperdiçar importantes recursos hídricos, totalmente ignorados por autoridades locais e nacionais.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 0 comentários
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Vouzela de branco
"Boa amiguinha: Para fazeres uma pequena ideia do que tem sido o frio em Vouzela, envio-te êsse postal tirado no passado dia 12, em que houve aqui um grande nevão." ...
Acreditando no que dizia a Celeste Mª, terá caído um nevão no dia 12-01-1941. Se assim foi, despacharam-se a fazer os postais já que este está datado de 25-01-1941.
Quando se falava em neve, sempre me lembro da minha avó dizer: "no ano em que o teu pai nasceu é que foi..."
Como o meu pai nasceu em 1941, até pode ser que estas datas coincidam.
Por outro lado, esta imagem mostra que nesta data a Igreja Matriz já tinha sido restaurada.
Publicada por CP à(s) 00:01 6 comentários
quinta-feira, janeiro 01, 2009
O "fado" de Vouzela
Talvez seja a história do "escrever direito por linhas tortas", mas a verdade é que o ano em que vamos levar forte e feio com as consequências da crise, também é de ajuste de contas. Nas próximas eleições contamos acertá-las, quer a nível nacional, quer local, e não vale a pena vir com a conversa de que não interessa apontar culpados. Claro que interessa. Eles existem, independentemente do que se passou nos Estados Unidos. Muito antes dos bancos americanos começarem com o "ai, Jesus", já nós sentíamos que nos remetiam ao papel de pagadores de impostos e de mão-de-obra barata. E precária. Sem direito a apoios do Estado.
Aliás, esta parece ser a única vantagem dos momentos de crise: serem postas em causa todas as verdades absolutas que a precederam. A infalibilidade da livre concorrência, a dispensa da actividade reguladora do Estado, o dogma da globalização sem limites, tudo está a ser posto em causa, com o prémio Nobel da Economia, Paul Krugman (a partir daqui), a defender um maior protagonismo dos governos, "algo mais parecido com uma nacionalização temporária de uma parte significativa do sistema financeiro". Ao fim e ao cabo, bastava ter recuado 70 anos e aprender com a experiência então vivida. Mas há quem nunca aprenda. E quem esqueça depressa…
O papel da Autarquia
A nível local, sempre defendemos uma maior intervenção da Autarquia na área económica. Os recursos de que dispõe, permitem-lhe desempenhar um importante papel enquanto elemento dinamizador do diálogo, mobilizando vontades, desbravando caminhos. Num meio com as limitações do nosso e em tempo de "vacas magras", é isso que esperamos dela. Obras, só nos interessam as "pequenas".
Como todos os estudos mostram, qualquer estratégia local tem que privilegiar os recursos endógenos. Património natural e edificado, floresta, agricultura, criação de gado, gastronomia, artesanato e até a construção civil, têm que saber trabalhar em equipa, unindo esforços, integrando as diversas ofertas num único produto final: Vouzela/ Lafões. É o único suficientemente resguardado da concorrência para conseguir sobreviver. É o único que tem procura suficiente para ultrapassar os limites do acanhado mercado regional. Mais do que competição, precisamos de cooperação.
O sucesso dos percursos pedestres, hoje organizados por todas as autarquias, parece-nos ser um bom exemplo para se reflectir sobre este assunto. O seu ponto forte tem estado associado à paisagem, ao património edificado e à competência dos guias, áreas que interessa acarinhar. No entanto, o conceito pode ser alargado, quer no que diz respeito aos temas, quer no que diz respeito à oferta de serviços, quer, ainda, no que diz respeito ao público destinatário. É possível divulgar Lafões a partir de pólos de atracção variados e integrados, espalhados ao longo de todo o ano. Temas históricos, festividades religiosas, actividades sazonais (vindimas, por exemplo), feiras, produtos regionais (como o cabrito, a vitela, a doçaria, a tecelagem) são áreas que podem ser exploradas, juntando múltiplas ofertas, orientadas para diversos públicos. Salvaguardadas as devidas proporções, é isso que se tem feito (e bem) nas jornadas micológicas. São iniciativas que, depois de lançadas e convenientemente divulgadas, só precisam de calendário.
No entanto, há dificuldades burocráticas e exigências organizativas que dificilmente estão ao alcance da iniciativa privada que temos. Há uma "matéria-prima" (o território) que necessita ser protegida. É aí que, em nossa opinião, a Autarquia pode e deve intervir. Regulamentação, certificação de produtos e serviços, formação, organização de redes distribuidoras, parcerias, divulgação, discriminação positiva- tudo isso exige um diálogo entre sectores (uns mais organizados do que outros), um planeamento e um nível de conhecimento e de risco que ela tem condições únicas para conseguir.
Silêncio, vai-se cantar... o fado
Basta passar os olhos pela nossa História, para percebermos que a queixa contra a inoperância da iniciativa privada local, sempre foi uma espécie de "fado de Vouzela", usado para explicar todos os fracassos. Insistir na receita, é aceitar a condenação a nada fazer ou a respostas avulsas, desordenadas, que podem ser as delícias de meia-dúzia de poderosos, mas que não têm capacidade para construírem alternativas consistentes, com futuro. Optar por esse caminho, é deitar dinheiro fora. É gastar em "apoios sociais" de reduzida eficácia e nenhuma capacidade de transformação. É arriscarmos a destruição do que resta.
O perigo existe. Aí está o "plano anti-crise" apresentado pelo governo para o provar: uma economia frágil e dependente como a portuguesa, dificilmente resistiria ao canto de sereia da "política do betão"- a história pode repetir-se como farsa. Se, a nível local, voltarmos a cair nessa armadilha, por muito tentadora que seja a curto prazo, as consequências podem ser desastrosas e irreversíveis. Têm a palavra as forças concorrentes à Câmara. Veremos como cantam… o fado.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 4 comentários