A deseducação pelo território
Na sequência da última greve dos professores, um tal Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), deu voz ao seu desagrado, não pelo estado actual da educação, mas pelo facto... das cantinas não terem funcionado nas escolas que fecharam. Sem querer, o senhor Albino disse mais sobre o papel actual das escolas e sobre o desordenamento do nosso território, do que mil discursos de ministros e sindicatos.
Com uma população maioritariamente concentrada nos grandes centros do litoral, por vezes obrigada a grandes deslocações casa-trabalho e afastada dos restantes familiares, o enquadramento das crianças só é possível através de instituições, nomeadamente da Escola. Por isso, numa sociedade desorganizada como a nossa, a principal função social dessas instituições é manterem a miudagem lá dentro, transformando-se numa espécie de centros de acolhimento temporário- quanto ao resto, logo se vê.
No mesmo dia em que foram proferidas as declarações do dirigente da Confap, o ministro Augusto Santos Silva, que até já dirigiu (vá-se lá saber porquê) a pasta da Educação, garantiu (Público de 20 de Janeiro) que toda a “agenda reformista” do Governo está dependente... da aplicação do modelo de avaliação dos professores (pelos vistos, era agora que iam começar as prometidas reformas). Será que isto quer mesmo dizer o que parece, ou é a já famosa dificuldade de comunicação dos nossos governantes que nos leva a concluir que eles querem institucionalizar-nos? Com a cantina a funcionar, entenda-se.
Com uma população maioritariamente concentrada nos grandes centros do litoral, por vezes obrigada a grandes deslocações casa-trabalho e afastada dos restantes familiares, o enquadramento das crianças só é possível através de instituições, nomeadamente da Escola. Por isso, numa sociedade desorganizada como a nossa, a principal função social dessas instituições é manterem a miudagem lá dentro, transformando-se numa espécie de centros de acolhimento temporário- quanto ao resto, logo se vê.
No mesmo dia em que foram proferidas as declarações do dirigente da Confap, o ministro Augusto Santos Silva, que até já dirigiu (vá-se lá saber porquê) a pasta da Educação, garantiu (Público de 20 de Janeiro) que toda a “agenda reformista” do Governo está dependente... da aplicação do modelo de avaliação dos professores (pelos vistos, era agora que iam começar as prometidas reformas). Será que isto quer mesmo dizer o que parece, ou é a já famosa dificuldade de comunicação dos nossos governantes que nos leva a concluir que eles querem institucionalizar-nos? Com a cantina a funcionar, entenda-se.
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