segunda-feira, maio 31, 2010
sábado, maio 29, 2010
sexta-feira, maio 28, 2010
Discriminar positivamente a produção de bens transaccionáveis
"A melhoria da competitividade portuguesa é sem dúvida possível através de políticas estruturais que são conhecidas (...). Porém, estas políticas demoram bastante tempo a ter efeito, uma vez que têm a ver, em grande parte, com a qualificação das pessoas e as nossas carências nessa matéria não se podem resolver num ano ou dois. Ora tempo, é justamente o que nos falta dado o desequilíbrio a que chegámos.
É aí que a crise pode trazer uma oportunidade. Com efeito, uma das características da evolução actual, na Europa, é o facto de os estados membros terem começado a tomar medidas de apoio à sua actividade económica - medidas que em situações normais seriam consideradas violadoras dos normativos comunitários da concorrência e ajudas de Estado. Sendo assim, é a altura de também fazermos o que é necessário e deixarmos o complexo do bom aluno, comportamento antipatriótico das nossas elites que tanto mal tem feito à nossa inserção na Europa.
Ou seja, a minha proposta é que passemos a utilizar o Orçamento de Estado como instrumento para discriminar positivamente a produção de bens transaccionáveis, através de um estrutura fiscal mais leve para este tipo de actividades, de subsídios ao investimento e de linhas de crédito a juro baixo a eles dirigidos, através da subsidiação das infra-estruturas por onde se processa a exportação, da prioridade às acções de formação profissional nestes sectores, do pagamento pelo Estado durante mais tempo de parte dos salários dos desempregados contratados por estas actividades, da redução do preço dos combustíveis e da energia para estes mesmo sectores, e por aí fora"- Professor João Ferreira do Amaral, invest
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quarta-feira, maio 26, 2010
Este país não é para vivos
Fernando Pessoa encontra D. Sebastião num caixão sobre um burro ajaezado à andaluza, Júlio Pomar-1985
O raciocínio é simples e não tem nada que saber. A esperança média de vida já anda pelos oitenta anos e qualquer coisa. Isto quer dizer que um reformado aos 65 anos, vai receber, durante cerca de quinze anos, por conta dos descontos dos que (ainda) trabalham. Não contente com isto, vai beneficiar de assistência médica, apoios nos medicamentos e mais não sei quantas ajudas, dez, quinze, vinte anos depois de deixar de ser produtivo. Resultado: não há dinheiro!
Sim, eu sei que o reformado assim beneficiado, passou uma vida inteira de trabalho a descontar. Só que isso foi para pagar as reformas da geração anterior. Quem paga a reforma dele, é a geração ainda activa que tem duas características: tem pouca gente e pouco trabalho. Azar! Tivesse feito mais filhos e mais cedo. Sempre podiam emigrar e mandar as receitas...
Moral da história: a atitude patriótica é morrer em plena laboração. Mas calminha: só tem direito a medalha, se o fizer no último dia, no último minuto da sua carreira contributiva. A partir daí está dispensado.
O aspecto mais dramático de toda esta "brincadeira" é ela ser a conclusão última de muito do que tem sido dito sobre a mais recente versão de crise em que nos encontramos. O aumento da esperança média de vida passou, num ápice, de conquista da humanidade a problema para as finanças públicas. O mesmo se pode dizer do alargamento da assistência médica, do ajuda à compra de medicamentos, dos apoios às pessoas mais carenciadas e tantas outras coisas que- pensávamos nós- deviam ser o objectivo do funcionamento do sistema. Perante a falência deste, mais fácil do que assumir a necessidade de o mudar é acabar com os objectivos. Ou com as pessoas. Pelo menos, as não contributivas.
Em verdade se diga que, com uma ou outra variante, a receita já foi experimentada. Os problemas da nossa agricultura nunca foram enfrentados e resolvidos, mas apenas ignorados e esquecidos pelo cansaço e pela morte de grande parte dos seus protagonistas. O mesmo se pode dizer de todos os demais problemas que fomos sentindo no Interior e que estiveram na origem de alguns dos maiores movimentos migratórios de que há memória. Ignorar e esperar pelo "remédio do tempo", tem sido a "solução" única num país que ganhou fama de tratar melhor os mortos do que os vivos- Camões e Fernando Pessoa são apenas os exemplos mais famosos.
Por tudo isso dizemos, adaptando o título do filme dos irmãos Coen, que este país não é para vivos. Esperando, contudo, que o leitor seja do "contra", ultrapasse os 100, estoire de vez com as finanças públicas, mas ainda tenha o privilégio de dizer: este país já não é para imbecis.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 4 comentários
segunda-feira, maio 24, 2010
sábado, maio 22, 2010
quarta-feira, maio 19, 2010
Anatomia de um "crime"
Para ampliar as imagens, basta "clicar". Para alterar o estado das coisas... talvez gritar.
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Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 6 comentários
segunda-feira, maio 17, 2010
sábado, maio 15, 2010
Pormenores
Vouzela - Praça Morais de Carvalho
Este tipo de coroa com que o Brasão é encimado indica que foi casa de príncipes.
Este tipo de coroa com que o Brasão é encimado indica que foi casa de príncipes.
Publicada por Clarinha à(s) 14:16 4 comentários
sexta-feira, maio 14, 2010
Outros Maios, os mesmos desejos
A foto regista um momento das comemorações do 1º de Maio de 1974 em São Pedro do Sul. Foi-nos gentilmente cedida por Vasco Coutinho e faz parte de um conjunto exposto no Espaço do Cénico- Grupo de Teatro Popular (Solar da Lapa-São Pedro do Sul).
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 4 comentários
quarta-feira, maio 12, 2010
Tendências do mercado
"Esta é uma viagem para se fazer sem pressas. Porque as paisagens das Beiras, ora naturais, ora criadas pelo Homem, exigem tempo para a sua perfeita contemplação"- As cidades e as serras, Rotas & Destinos, Maio 2010.
Pois é! Nem parques de merendas, nem animações com programa e horário, muito menos casinhas modernaças. O que tem mesmo procura é o que a "Mãe Natureza" por aí distribuiu em abundância, confiante (coitada...) de que o engenho do Homem conseguiria valorizar.
Isto mesmo se conclui da reportagem sobre a nossa região, publicada na revista "Rotas & Destinos" deste mês. Vale a pena ler e aprender. Claro que só não sabe quem não quer, claro que todos os estudos feitos chegam a essa conclusão, mas há sempre quem esteja distraído.
A viagem proposta começa na Costa Nova e termina em Viseu. Nesta região, entra por Oliveira de Frades (Mosteiro de São Cristóvão de Lafões), passa a Vouzela (o património histórico e, claro, os pasteis) e avança para São Pedro do Sul (serra da Arada, Covas do Monte, Covas do Rio, Aldeia da Pena, as Termas). "É todo um mundo que se abate sobre nós em silêncio. Sentimo-nos os únicos- e privilegiados- habitantes do planeta (...)". Pois é. O "som do silêncio", a Natureza pura e dura, as marcas de uma ruralidade perdida, ou apenas suspensa, à espera de tempos de maior engenho. Recursos que valem ouro!
Publicada por Zé Bonito à(s) 07:00 0 comentários
segunda-feira, maio 10, 2010
sábado, maio 08, 2010
Reserva Botânica de Cambarinho
Fala-se na passagem da gestão da Reserva Botânica de Cambarinho para a tutela da Câmara Municipal e gostávamos de nos sentir descansados. Mas não sentimos. Há quem diga que a coisa "é igual ao litro" porque o pouco que lá se fazia já era da responsabilidade da autarquia local. Só que, na nossa modesta opinião, o problema não está tanto no que já se fazia, mas antes no que não se podia fazer. Numa região que tem nos recursos naturais a sua principal riqueza e com um saldo pouco satisfatório no modo como as autoridades locais os têm gerido, uma medida destas só pode levantar as maiores reservas. O facto de nada vir a lume sobre eventuais projectos ou simples ideias para a Reserva, aumenta ainda mais a desconfiança.
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Nota: Três dias depois da publicação deste "post", a Vouzela-FM noticiou a aprovação por parte do executivo camarário, de uma proposta de reclassificação da reserva (ver aqui).
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Nota: Três dias depois da publicação deste "post", a Vouzela-FM noticiou a aprovação por parte do executivo camarário, de uma proposta de reclassificação da reserva (ver aqui).
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 0 comentários
quarta-feira, maio 05, 2010
Um combate que continua a valer a pena
Na sequência de uma reunião realizada com a Rede Ferroviária de Alta Velocidade e com algumas das empresas envolvidas, o executivo camarário de Vouzela defendeu que se dê prioridade ao eixo Aveiro-Salamanca. Esta posição foi justificada com o facto dessa ser a principal porta para a troca de mercadorias com a Europa, de estabelecer ligação com os portos de Aveiro e Leixões e de servir uma região onde não existe opção ferroviária.
Claro que aos argumentos da Câmara, podemos acrescentar outros tantos. Claro que não temos ilusões sobre o peso que a região (e até o país...) pode conseguir na decisão sobre a "alta velocidade". Claro que não basta ver o comboio passar a duzentos e tal à hora para que isso se traduza numa mais-valia para estas terras. Sobretudo, é claro que, no actual contexto, já deve ser tarde para influenciar o final da história. No entanto, mais vale tarde do que nunca e se a posição da autarquia for um impulso para a criação de uma opinião pública local audível e favorável à opção ferroviária, tem o nosso apoio.
Longe de nós pretender solucionar o imbróglio que por aí vai em torno do TGV. Já uma vez aqui divulgámos um estudo de 2003 e outro de 2007, mas a nossa preocupação esteve sempre mais orientada para as "velocidades baixas", as mais adequadas ao ritmo de quem nos visita: defender o comboio como um dos componentes de um plano integrado de desenvolvimento regional; olhar para o futuro, antecipando consequências do agravamento do preço do petróleo e dos problemas ambientais- foi isso que sempre nos animou.
De qualquer modo, fazemos votos para que a "locomotiva" tenha iniciado a sua marcha. Agora é preciso alimentar a "fornalha", acelerar progressivamente "acertando a agulha" com toda a região (todas as forças económicas, sociais, políticas e culturais), fazer deste objectivo um autêntico projecto regional com o necessário grupo de pressão. Já agora, sem construir "castelos no ar" e sem "pôr o carro à frente dos bois", não será disparatado começar a desenhar cenários que nos permitam estar em condições de aproveitar o sonho, caso ele se concretize. Também talvez valha a pena pensar num "plano B", que mantenha o comboio nas prioridades locais, independentemente do TGV (até rima...). Para quem está interessado em percorrer os trilhos do desenvolvimento sustentado, este é um combate que continua a valer a pena.
Claro que aos argumentos da Câmara, podemos acrescentar outros tantos. Claro que não temos ilusões sobre o peso que a região (e até o país...) pode conseguir na decisão sobre a "alta velocidade". Claro que não basta ver o comboio passar a duzentos e tal à hora para que isso se traduza numa mais-valia para estas terras. Sobretudo, é claro que, no actual contexto, já deve ser tarde para influenciar o final da história. No entanto, mais vale tarde do que nunca e se a posição da autarquia for um impulso para a criação de uma opinião pública local audível e favorável à opção ferroviária, tem o nosso apoio.
Longe de nós pretender solucionar o imbróglio que por aí vai em torno do TGV. Já uma vez aqui divulgámos um estudo de 2003 e outro de 2007, mas a nossa preocupação esteve sempre mais orientada para as "velocidades baixas", as mais adequadas ao ritmo de quem nos visita: defender o comboio como um dos componentes de um plano integrado de desenvolvimento regional; olhar para o futuro, antecipando consequências do agravamento do preço do petróleo e dos problemas ambientais- foi isso que sempre nos animou.
De qualquer modo, fazemos votos para que a "locomotiva" tenha iniciado a sua marcha. Agora é preciso alimentar a "fornalha", acelerar progressivamente "acertando a agulha" com toda a região (todas as forças económicas, sociais, políticas e culturais), fazer deste objectivo um autêntico projecto regional com o necessário grupo de pressão. Já agora, sem construir "castelos no ar" e sem "pôr o carro à frente dos bois", não será disparatado começar a desenhar cenários que nos permitam estar em condições de aproveitar o sonho, caso ele se concretize. Também talvez valha a pena pensar num "plano B", que mantenha o comboio nas prioridades locais, independentemente do TGV (até rima...). Para quem está interessado em percorrer os trilhos do desenvolvimento sustentado, este é um combate que continua a valer a pena.
Publicada por Zé Bonito à(s) 00:01 1 comentários
segunda-feira, maio 03, 2010
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