Discriminar positivamente a produção de bens transaccionáveis
"A melhoria da competitividade portuguesa é sem dúvida possível através de políticas estruturais que são conhecidas (...). Porém, estas políticas demoram bastante tempo a ter efeito, uma vez que têm a ver, em grande parte, com a qualificação das pessoas e as nossas carências nessa matéria não se podem resolver num ano ou dois. Ora tempo, é justamente o que nos falta dado o desequilíbrio a que chegámos.
É aí que a crise pode trazer uma oportunidade. Com efeito, uma das características da evolução actual, na Europa, é o facto de os estados membros terem começado a tomar medidas de apoio à sua actividade económica - medidas que em situações normais seriam consideradas violadoras dos normativos comunitários da concorrência e ajudas de Estado. Sendo assim, é a altura de também fazermos o que é necessário e deixarmos o complexo do bom aluno, comportamento antipatriótico das nossas elites que tanto mal tem feito à nossa inserção na Europa.
Ou seja, a minha proposta é que passemos a utilizar o Orçamento de Estado como instrumento para discriminar positivamente a produção de bens transaccionáveis, através de um estrutura fiscal mais leve para este tipo de actividades, de subsídios ao investimento e de linhas de crédito a juro baixo a eles dirigidos, através da subsidiação das infra-estruturas por onde se processa a exportação, da prioridade às acções de formação profissional nestes sectores, do pagamento pelo Estado durante mais tempo de parte dos salários dos desempregados contratados por estas actividades, da redução do preço dos combustíveis e da energia para estes mesmo sectores, e por aí fora"- Professor João Ferreira do Amaral, invest
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