segunda-feira, maio 28, 2007

A "bela" e o "senão"

Na realidade, chamam-lhes “Rhododendron Ponticum” e estão classificados desde 1938. Para nós, são os “loendros” que, em Cambarinho (Concelho de Vouzela), têm a maior concentração nacional. Todos os anos, em Maio, o espectáculo repete-se: ao longo dos cerca de 24 hectares da Reserva (criada pelo Decreto Lei nº 364/71 de 25 de Agosto, integrando, presentemente, a Rede Natura 2000), o seu tom púrpura domina o vale e as encostas circundantes, sobressaindo por entre o verde da vegetação e o cinzento do granito. Passámos por lá este fim-de-semana e estavam lindos os loendros (a Reserva de Cambarinho integra uma das propostas dos percursos pedestres de Vouzela).

Mas...

... fazendo jus à tal história da “bela” e do “senão”, que insondáveis motivos podem justificar o desleixo que se encontra ao longo do acesso à entrada da Reserva? Muros de blocos de cimento, edifícios em tijolo, inacabados, talvez dos tempos “dourados” dos aviários, mas presentemente no mais completo abandono. O facto de estarmos a falar de edificações em propriedade privada, não pode justificar a indiferença, até porque devem ter sido obras regulamentadas e fiscalizadas pela Autarquia. Se estivermos a falar de proprietários com reconhecidas dificuldades em resolver o problema, também não nos parece que a ajuda necessária leve a Câmara à falência. Agora, do que não temos qualquer dúvida, é que as “imagens de marca” se constroem (e destroem!) nestes pequenos pormenores.

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