Ele aí vem!
(Actualizado)
O comboio pode regressar a Vouzela. De acordo com o presidente da Câmara de Aveiro, é intenção do governo “abrir concurso para o estudo-prévio e avaliação de impacto ambiental do troço Aveiro-Viseu ainda este ano” (Jornal de Notícias, a partir daqui)). Élio Maia respondia às críticas de um vereador do Partido Socialista que o tinha acusado de passividade na polémica sobre a localização da estação do TGV (que parece estar prevista para Albergaria-a-Velha). Na sequência disso, defendeu ser mais importante para Aveiro a ligação a Salamanca em comboio de alta velocidade, tendo então adiantado a informação sobre a ligação Aveiro-Viseu.
Se por "alta velocidade" entendermos o TGV, claro que não podemos esperar por uma paragem em Vouzela para comprar pastéis- por muito que o mereçam. Aliás, nem em Vouzela, nem em qualquer outro local, cuja distância seja incompatível com a velocidade desejável. Agora, o que nos parece é ser esta a grande oportunidade para reivindicar que a região volte a ser servida pela via férrea. Já que o "canal" vai ser aberto para velocidades altas, porque não conciliá-lo com opções de velocidade mais moderada?
Sempre defendemos que o regresso do comboio, mais tarde ou mais cedo, acabará por ser inevitável. Resta saber qual será a capacidade (e o interesse) dos responsáveis pelos três concelhos de Lafões para imporem a sua participação neste debate. Ou, se quiserem, qual será a nossa capacidade para os fazer entender que não nos basta ver passar... as bicicletas.
9 comentários:
Permito-me duvidar que pare. Porém sempre poderão subir em Viseu se houver dinheiro para o bilhete que será bem caro.
Esse "TGV" será um verdadeiro desperdício.
Não se trata do TGV. Mesmo que fosse só a isso que se referia o PC de Aveiro quando falou em "ligação a Salamanca em comboio de alta velocidade", vai haver a criação de infraestruturas que podem ser aproveitadas para outras respostas de... velocidade mais moderada. Tudo depende da capacidade de negociação.
E talvez a população de Viseu tenha, também, interesse nesta polémica.
Não será possivel para Vouzela um TPV(train petit vitesse)em vez do malfadado "grand vitesse"???
A 300 km/hora no Caramulo?para quê?
Para onde?bzzzz
Se fizerem o "grand vitesse", pelo menos que garantam um outro que nos sirva a região.
Não será possível técnicamente.Sei sim que vão abrir uma enorme "ferida" através do pequeno Portugal e os lucros serão para os empreiteiros e fornecedores de.As vantagens para poucos as despesas para muitos!
Longe de mim querer discutir questões técnicas relacionadas com a alta velocidade. Agora de uma coisa tenho a certeza: ou é possível conciliar as duas "velocidades" no mesmo "canal" (linhas paralelas, ou outra coisa qualquer) e vale a pensa conversar, ou não é e temos que pensar (todos!) no modo de impedir a "ferida".
No lugar da ecopista preferia ver um comboio turístico,a linha do Vouga ficaria magnífica e poderia atrair muitos amantes dos comboios antigos.
Esse projecto para a exploração turística da Linha do Vale do Vouga foi defendido ainda com a linha no activo e só interesses duvidosos o impediram. Vouzela talvez seja das poucas terras ainda em condições de a usar (embora exigindo algumas demolições). Mas, usando a antiga linha ou abrindo uma nova (será sempre necessário fazê-lo), reivindicar o regresso do comboio parece-nos uma prioridade.
Sobre o TGV seria bom que se acabasse com o bairrismo bacoco que muitos autarcas utilizam para fazer crer aos seus eleitores que estão a defender as suas terrinhas.
Meus senhores e minhas senhoras,fiquem todos a saber que quem irá decidir sobre o traçado do TGV serão os espanhois.Os estudos em curso, como acontece na maior parte das vezes, servem apenas para mostrar ao povinho que se está a cuidar do interesse publico, mas na verdade o que se trata é de dar trabalho a empresas de consultoria de cor partidária que cobram fortunas para nada.
O TGV poderá entrarem Portugal por Badajoz directo a Lisboa e daí para o Porto seguindo para Vigo.
Ou utilizando a linha de Sevilha entrar por Vª Real de Santo António, parando em Faro e seguindo para Lisboa, Porto e Vigo. Curiosamente esta hipotese nunca foi equacionada, mas não é preciso ser-se engenheiro (mesmo da independente) para se perceber que esta seria a solução mais interessante para nós, mas como iria desviar turismo do sul de Espanha, talvez os espenhois não estejam interessados. Poderá haver uma linha de Salamanca a Aveiro com eventual paragem em Vizeu, mas aí virá mais uma vez o bairrismo bacoco: porque não na Guarda? porque não em Reigoso para almoçar na Tarantula?. Uma coisa é certa: se for para Aveiro nunca irá parar em Albergaria.
Sobre a reactivação da linha do Vale do Vouga, já tudo foi há muito dito, mas as Autarquias nunca entenderam que esta seria uma das possíveis ajudas para o desenvolvimento do turismo. Por outro lado a correcção dos sucessívos dislates que foram sendo permitidos, teriam custos
impensáveis para o actual estado das finanças locais e nacionais.
Daí que concordo com o leitor que sugere um "petit vitesse" . Há coisas que na verdade terão de ser vistas globalmente (TGV) e localmente (linha do Vouga).
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