quinta-feira, fevereiro 11, 2010

A propósito de Comércio


"O Presidente da AEL lamenta a falta de articulação entre as Câmaras Municipais da Região e a Associação Empresarial de Lafões. Gil Ferraz diz que agora as autarquias já não trabalham em colaboração com a AEL, um facto que pode complicar a implementação de programas como o MODCOM- Programa de Modernização do Comércio.
O responsável considera que a região precisa que as entidades e os próprios empresários trabalhem em conjunto. Gil Ferraz lembra que Lafões é uma das regiões do país que tem recebido mais apoios nos últimos anos"- in, Vouzela-Fm.

Claro que só podemos estar de acordo com Gil Ferraz, até porque já por diversas vezes defendemos as mesmas ideias. Mas também não ignoramos que, como tudo na vida, as ideias têm um tempo de maturação e outro de execução. Se não os respeitarmos... apodrecem, ou seja, arriscam-se a serem confundidas com simples lamúrias e a perderem força. Ora, Gil Ferraz não é um mero "opinador", um simples escrevinhador de um qualquer blogue- é o presidente da Associação Empresarial de Lafões. Nessa qualidade, já tinha dito em Julho de 2008, o que agora repetiu. Antes, em 2007, promoveu a célebre viagem a Ourense, de onde parece ter vindo entusiasmo e objectivos. É muito tempo para os resultados que se podem observar.

A requalificação (termo que preferimos a modernização) do comércio de Vouzela, obriga a percorrer várias etapas para que não chega ter dinheiro. Aliás, algumas nem precisam dele- só de vontade. Não é preciso dinheiro para que se pense na racionalização dos horários, de modo a adaptá-los aos fluxos turísticos e às diversas épocas do ano. Não é preciso dinheiro para que tenhamos consciência de que há mercado para Vouzela, mas não há em Vouzela, o que nos deve levar a uma maior promoção da produção local (a única que interessa a quem vem de fora). Em qualquer destes assuntos, podiam já ter sido dados sinais, mostrando haver vontade de mudar.

Claro que isto não chega. É preciso trabalhar a imagem de muitos dos nossos estabelecimentos (que alguém ajude a pensar nos reclamos que, salvo raras excepções, são um desastre!), é preciso repensar actividades, é preciso organizar campanhas promocionais de Vouzela com qualidade. O ideal, seria trabalhar conjuntamente com outros sectores (mais do que competição, precisamos de cooperação), promover a recuperação de produtos e a sua certificação. Para tudo isto, necessitamos de ajuda (nomeadamente das autarquias locais) e de dinheiro. Mas, repetimos, há coisas que podem ser feitas já, conquistando as simpatias dos consumidores. Salvo melhor opinião, é tempo de o fazer- o poder, como sempre aconteceu, vem a reboque.

E já que falamos de tempo, talvez também o seja para deixarmos de ver aqueles tubos de plástico na fachada de um edifício classificado.

1 comentário:

MR disse...

acabar com os tubos de plástico é que era uma grande ideia...