O "verde sujo" dos eucaliptos
(Cartaz brasileiro para campanha contra a desertificação)
“A Comissão não pode, por um lado, encorajar a aposta nos biocombustíveis e biomassa e, por outro, ser completamente contrária às espécies de crescimento rápido”.
A “pérola” é da autoria de Jaime Silva, ministro da agricultura (ainda) em exercício, comentando a recusa de Bruxelas em aprovar o Plano de Desenvolvimento Rural português (PDR), enquanto nele estivesse previsto o apoio em 30 por cento a novas plantações de eucalipto (Público, 25/10/2007). Já não está devido à pressa em deitar a mão aos milhões que nos hão-de amparar até 2013, mas o ministro promete voltar à carga. Acrescente-se que outra questão polémica do nosso PDR era a aposta no regadio.
Dificilmente se voltará a encontrar uma declaração que mostre tão claramente os fundamentos da política ambiental deste governo. Sim ao “verde”, desde que seja área de negócio. Melhor: desde que não ponha em causa um qualquer negócio. Preferencialmente de "crescimento rápido". Como os eucaliptos.
Repare-se que o financiamento não estava pensado para reconverter e limitar a mancha de eucaliptal, completamente desordenada, que vai dominando o território. O objectivo era criar novos eucaliptais o que, segundo o ministro, será apoiado de qualquer maneira. Falta saber se ainda vai sobrar dinheiro para pagar a conta da água, já que a única que se prevê subsidiada é para o regadio. E quando falamos em regadio, devemos pensar nas margens do Alqueva e naqueles tapetes verdes com buracos, onde se enfiam umas bolinhas brancas...
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“A Comissão não pode, por um lado, encorajar a aposta nos biocombustíveis e biomassa e, por outro, ser completamente contrária às espécies de crescimento rápido”.
A “pérola” é da autoria de Jaime Silva, ministro da agricultura (ainda) em exercício, comentando a recusa de Bruxelas em aprovar o Plano de Desenvolvimento Rural português (PDR), enquanto nele estivesse previsto o apoio em 30 por cento a novas plantações de eucalipto (Público, 25/10/2007). Já não está devido à pressa em deitar a mão aos milhões que nos hão-de amparar até 2013, mas o ministro promete voltar à carga. Acrescente-se que outra questão polémica do nosso PDR era a aposta no regadio.
Dificilmente se voltará a encontrar uma declaração que mostre tão claramente os fundamentos da política ambiental deste governo. Sim ao “verde”, desde que seja área de negócio. Melhor: desde que não ponha em causa um qualquer negócio. Preferencialmente de "crescimento rápido". Como os eucaliptos.
Repare-se que o financiamento não estava pensado para reconverter e limitar a mancha de eucaliptal, completamente desordenada, que vai dominando o território. O objectivo era criar novos eucaliptais o que, segundo o ministro, será apoiado de qualquer maneira. Falta saber se ainda vai sobrar dinheiro para pagar a conta da água, já que a única que se prevê subsidiada é para o regadio. E quando falamos em regadio, devemos pensar nas margens do Alqueva e naqueles tapetes verdes com buracos, onde se enfiam umas bolinhas brancas...
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PS: Vêm aí os últimos fundos. Todos às trincheiras e olhos bem abertos!
1 comentário:
Este senhor Jaime, é apenas mais um invertebrado que se junta a tantos outros que compõem o ramalhete de governantes sem opinião própria, sem políticas, sem ideias, sem objectivos. Aqui para os meus lados, o eucalipto tomou conta de tudo. Com a portucel aqui à porta, é um ver se te avias. Os riachos já secaram, as fontes já não vertem mas, ninguém se preocupa. Quem vier a seguir que resolva.
Cpts
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