80 anos depois: ideias que se perderam nos caminhos do tempo
Quando sopram ventos que ameaçam a permanência de alguns serviços em Vouzela, talvez seja de recordar que, há 80 anos atrás, vivia-se o conflito da supressão da Comarca, o que justificou um violento discurso do Presidente da então Comissão Administrativa Municipal, Dr. Guilherme Coutinho, contra os “juízes funcionários do Conselho Superior Judiciário inimigos de Vouzela”. No entanto, parece-nos valer a pena registar outros acontecimentos, simples ideias, muitas delas nunca concretizadas, mas que reflectem o dinamismo de vouzelenses de épocas diversas, a sua vontade, o seu sonho. Os exemplos que apresentamos, fazem 80 anos e foram retiradas da obra Vouzela- A Terra, os Homens e a Alma, Maria da Glória de Oliveira Girão de Carvalho, Maria Teresa Ferreira e Costa Tavares e Francisco da Cunha Marques, Edição da Câmara Municipal de Vouzela, 2001.
Janeiro de 1927. Com o objectivo de iniciar a iluminação pública e particular de Vouzela, Manuel Ferreira Coutinho pedia autorização “para colocar postes e montar rêde eléctrica dentro desta vila para distribuição de energia fornecida por uma queda de água no Rio Zela.” (p. 129)
Em 8 de Dezembro de 1927, a Comissão Administrativa Municipal decidiu pedir ao governo “a creação d’uma escola d’ensino primário complementar, com sede nesta vila, para ensino profissional da agricultura (...)”. É curioso registar que esta ideia foi retomada pela Comissão Administrativa que dirigiu a Câmara após o 25 de Abril de 1974 e que, numa entrevista publicada no periódico “Vouga Livre” em Julho desse ano, defendia a necessidade de se pensar numa Escola Agrícola para a região (p. 137 e p. 254).
Janeiro de 1927. Com o objectivo de iniciar a iluminação pública e particular de Vouzela, Manuel Ferreira Coutinho pedia autorização “para colocar postes e montar rêde eléctrica dentro desta vila para distribuição de energia fornecida por uma queda de água no Rio Zela.” (p. 129)
Em 8 de Dezembro de 1927, a Comissão Administrativa Municipal decidiu pedir ao governo “a creação d’uma escola d’ensino primário complementar, com sede nesta vila, para ensino profissional da agricultura (...)”. É curioso registar que esta ideia foi retomada pela Comissão Administrativa que dirigiu a Câmara após o 25 de Abril de 1974 e que, numa entrevista publicada no periódico “Vouga Livre” em Julho desse ano, defendia a necessidade de se pensar numa Escola Agrícola para a região (p. 137 e p. 254).
2 comentários:
Perceber em 1927 que a agricultura tinha que ser feita por trabalhadores com outra formação, é de facto nota de registo. Ainda hoje parece que isso não é compreendido, preferindo-se cursos de "estilistas" e outras belas formas de estar no desemprego.
Nunca faltaram ideias por aqui. Umas melhores do que outras, mas a principal falta foi de meios para as concretizar. Se vier a propósito, aqui apresentaremos o projecto de navegabilidade do Vouga, uma proposta percursora dos actuais PDM (feita no tempo da primeira República), a criação de um teleférico a unir o Castelo ao Gamardo, enfim, muitas ideias que não passaram disso mesmo.
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