sábado, outubro 30, 2010

Pormenores XXV



VOUZELA

Lateral da Capela de São Frei Gil

quinta-feira, outubro 28, 2010

Política local

Aqui, ainda era posto da GNR. Foto de José Campos

De acordo com a Vouzela FM (também a partir daqui), os cortes nas transferências previstas no Orçamento do Estado vão obrigar a Câmara Municipal de Vouzela a cortar nos subsídios atribuídos às associações, havendo a hipótese de alguns serviços, como o Posto de Turismo e o Museu, verem reduzido o seu horário de funcionamento. É esta última parte que, por agora, nos interessa.

Mais do que reduzir, talvez seja a altura certa para repensar o horário e até o modelo do Museu Municipal. Com um trabalho de grande qualidade e nem sempre devidamente reconhecido, o nosso museu tem limitações que dificultam o seu aproveitamento pleno. Por exemplo, sendo sábados e domingos os dias de maior procura por parte de quem nos visita, talvez seja aí que interessa estudar a hipótese de alargar o seu horário de funcionamento.

Por outro lado, um museu virado para uma realidade específica, concelhia, mais do que um fim em si mesmo, deve ser um ponto de partida. Partida para centros de interesse da cultura local; partida para a organização de trabalhos de levantamento, inventariação e investigação da História de Vouzela.

Há algum tempo, houve quem por aí escrevesse que o Museu Municipal de Vouzela estava bem instalado. Apesar de gostarmos da localização e do edifício, não concordamos. O espaço está longe de satisfazer as múltiplas funções que tem desempenhado (e que esperamos que continue a desempenhar) e dificilmente conseguirá alargá-las. Mas é possível repensar o seu funcionamento, a exemplo de outras experiências museológicas. Tem à sua frente gente com capacidade para o fazer. Tem a nossa total disponibilidade para ajudar.

Política local- II

Robert Crumb

Na tomada de posse da nova comissão política concelhia do Partido Socialista, Viriato Garcez definiu como principal objectivo a conquista da Câmara nas próximas eleições e anunciou: "Vamos dialogar com os vouzelenses, conhecer as suas preocupações e os seus problemas e também as suas expectativas na saúde, na agricultura, no desenvolvimento rural e florestas, nas questões sociais, no emprego, no ensino, em todas as áreas em que um partido político deve encontrar soluções para o bem- estar dos cidadãos e para o desenvolvimento do nosso concelho" (Notícias de Vouzela, 21/10/2010).

Percebe-se a intenção, mas duvida-se do método. Todos sabemos que nalgumas dessas áreas, a situação é desesperada. Que pode dizer um agricultor a quem, até agora, não foi apresentada qualquer solução, que viu os filhos partir e o desprezo pela actividade crescer, que não seja estar disposto a vender as terras pela melhor oferta? Ainda por cima, quando lhe respondem aos queixumes com essa longínqua "Europa" que em tudo manda e ninguém vê. Talvez este homem ainda esteja disponível para ouvir quem lhe leve alguma esperança, quem mostre ter ideias para promover a reorganização do sector que não se limitem a linhas de crédito a que o desgraçado não sabe aceder, nem consegue pagar.

É isso que se espera dos partidos: que tenham uma noção mais ampla da importância estratégica das diversas actividades e deitem mãos aos recursos que eles sabem existir, mas que não são do conhecimento da maior parte dos cidadãos. Depois, espera-se que tenham coragem para apresentar com clareza as suas propostas e ouvir a reacção dos que sentem a dura realidade. Inverter o processo, não só deve ser missão impossível, como deixa aquela desagradável ideia de se estar disposto a defender qualquer coisinha, a bem da contabilidade eleitoral.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Feira de Vouzela

Já em tempos o Pastel de Vouzela apresentou uma aguarela de Roque Gameiro para ilustrar um determinado post. Apresentamos esta semana uma imagem de uma outra aguarela com o título "Vousela" e representando a nossa feira segundo a visão deste pintor.
Esta imagem é um original dos anos 1940 (a confirmar) e foi distribuída como Separata no Boletim da C.P.
A imagem está "colada" por uma das pontas numa cartolina da época com o título "Feira de Vouzela - Vale do Vouga" e foi assim oferecida aos leitores do boletim.


Alguém me consegue confirmar a data de tal Boletim?

domingo, outubro 24, 2010

Por quem os ventos sopram

"Ao procurar os accionistas das empresas da “associação de energias renováveis” encontramos todas as grandes empresas energéticas europeias, sozinhas ou em parcerias (E.on, EDF, GDF-SUEZ, Endesa) com algumas empresas nacionais (caso da EDP e da Martifer). Não é difícil perceber que ganhamos mais com a Martifer do que com a EDF, com os seus centros de investigação e produção localizados em França, pois não? No entanto, como a The Economist referia há umas semanas, este mercado prepara-se para ser tomado por uma vaga de aquisições e fusões devido aos cortes nos apoios públicos a este sector. Martifer vs EDF e imaginem quem compra quem. Mais, uma breve pesquisa nos sites destes produtores mostra-nos como a parte mais sensível da tecnologia das turbinas é, nos casos em que consegui chegar à informação (Gerneg, Martifer e EDP Renováveis), alemã e dinamarquesa. Não consegui encontrar nos sites destas empresas quaisquer esforços para desenvolver esta tecnologia. Provavelmente, não é rentável". Nuno Teles, Ladrões de Bicicletas

sábado, outubro 23, 2010

Pormenores XXIV




Vouzela

"Gárgula" - Igreja Matriz

quinta-feira, outubro 21, 2010

A propósito do novo edifício para a Banda de Vouzela


Longe de nós querer "meter a foice em ceara alheia" e pôr em causa a necessidade de novas instalações para a Sociedade Musical Vouzelense (SMV). Pela sua história e serviços prestados, merece tudo. Do que duvidamos, é da continuação desta "lógica" de optar, sempre, por construir novo, em vez de recuperar.

Quando, em finais dos anos 50, os irmãos Pimenta (conhecidos emigrantes vouzelenses no Brasil) fizeram uma importante doação para o "Prédio das Colectividades", a ideia era juntá-las (banda, bombeiros e "Vouzelenses") em instalações comuns. Quando a obra acabou, rapidamente se percebeu que o projecto inicial não era adaptável às necessidades de todas e, a pouco e pouco, acabou por ficar limitado a instalações dos bombeiros.

Mais tarde, foi a vez de "Os Vouzelenses" conseguirem a sua sede. Quem a conhece, sabe que é insuficiente e pouco funcional, não permitindo, sequer, que o arquivo do clube esteja devidamente protegido.

Em qualquer destes exemplos (há mais!) costuma falar-se em deficiente planeamento, mas, pela nossa parte, limitamo-nos a um argumento mais básico: falta de dinheiro. Ela condiciona qualquer projecto e, antes disso, qualquer projectista. Depois, acaba-se por fazer "qualquer coisinha", obra nova ocupando terrenos e capitais, inaugurada com pompa e circunstância mas que, pouco tempo depois, não chega para as necessidades. E a dúvida permanece: não teria sido possível adaptar um edifício já existente? Claro que, no final dos anos 50, isso não era possível. Mas já talvez o fosse quando "Os Vouzelenses" lançaram mãos à obra, apesar dos seus objectivos irem muito além da simples criação de uma sede. Passados todos estes anos, como é possível nada termos aprendido com as experiências anteriores?

Todos sabemos que este "vício" da obra nova foi regra em todo o território nacional. Pavilhões, centros de dia, edifícios escolares, habitações, foram ocupando os espaços, em "mancha de óleo", construindo muito, mas urbanizando pouco (no que este conceito representa de planeamento). Por isso mesmo, Portugal foi, durante muitos tempo, apontado como o país da União Europeia que mais construía e menos recuperava. O resultado está à vista. No território e nos nossos bolsos.

Uma das justificações avançada para este estado das coisas é a de que é mais barato construir do que recuperar. Ora, na nossa modesta opinião, é precisamente aqui que "a porca torce o rabo". A menos que todos os outros países sejam burros e a inteligência seja um exclusivo desta "ocidental praia lusitana", o argumento é falso. O que talvez aconteça é que a falta de formação de grande parte dos profissionais da nossa construção, torna mais raro (e caro) os que têm conhecimentos para fazer algo mais do que amontoar tijolos. O que talvez aconteça é que, mesmo entre profissionais altamente habilitados como engenheiros e arquitectos, acaba por ser mais fácil despachar a coisa com um qualquer paralelepípedo supostamente adaptável a todos os meios e circunstâncias, do que estar a fazer estudos de materiais e a coordenar trabalho com oficiais de artes diversas. Por último, mas não menos importante (antes pelo contrário), talvez as entidades financeiras tenham encarado tarde de mais, as potencialidades do mercado do restauro para a concessão de crédito. Talvez...

Lemos no "Notícias de Vouzela" que a Sociedade Musical Vouzelense pensa construir "um auditório (palco e plateia), bar de apoio, várias salas para formação, gabinetes e garagens". Na mesma notícia, o presidente da colectividade afirma que todos "vamos beneficiar: a SMV que fica com condições para os ensaios e para o funcionamento da Escola de Música; a comunidade que terá um espaço para espectáculos". Ora, "espaço para espectáculos", já tem. É o cine-teatro, pelos vistos mais uma obra mal pensada, caso contrário bem gostaria de ter as suas portas mais tempo abertas, quer para os ensaios, quer para os espectáculos da nossa Banda. Se assim tivesse sido, ficavam a faltar as salas para formação, os gabinetes, arrumações e, eventualmente, um bar de apoio. Têm mesmo a certeza de que não teria sido possível adaptar um edifício já existente?

quarta-feira, outubro 20, 2010

Fórum do "Pastel de Vouzela": novo tema para debate

Como não podia deixar de ser, é sobre a "Casa das Ameias", ao fim e ao cabo, o tema que lançou a ideia da criação do fórum. Pois aí está, para que se avancem soluções. Ligação directa a partir daqui.