segunda-feira, outubro 29, 2012

Essa já é velha


Uma indústria de calçado desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Mandou dois dos seus consultores a pontos diferentes do país para fazerem as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Depois de alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou um mail para a administração da empresa com o seu parecer: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos." Poucos dias depois, o segundo consultor também envia sua opinião: "Senhores, tripliquem o projeto de exportação de calçados para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos, ainda!"

Moral da História

•    Aquilo que para uns é um obstáculo intransponível, para outros é uma excelente oportunidade.
•    Veja sempre para além das aparências. Não lhe está a escapar nada? •    O que é que outros vêem que você não está a ver?

São histórias como esta que podem ser lidas no livro de Carlos Pereira, o "nosso" CP, a ser lançado dia 31 de Outubro no Salão Paroquial de Felgueiras. Dele habituámo-nos às fantásticas imagens de Vouzela (e Lafões!) que por aqui tem divulgado. Dele podemos, agora, ficar a conhecer outro tipo de "imagens" que, com aquela ironia tão nossa, nos permitem ver para além das aparências. "Essa já é velha!- 200 histórias com moral".

segunda-feira, outubro 22, 2012

sábado, outubro 20, 2012

Caia!

"O meu país está de rastos. Quero levantá-lo mas sou pequenino e fracote. Mas, isso é certo, assim não podemos continuar. Às vezes, pensava: antes um mau Orçamento que Orçamento nenhum. Com a amostra deste, que se lixe: nem o posso ver, nem ouvir falar dele. Logo, que caia antes de nos fazer cair, ainda mais, a nós..."
- Frei do Gozo , Desesperado

quarta-feira, outubro 17, 2012

Agora é uma questão de dignidade!

"A proposta final do Ministério da Justiça para a reforma judiciária retira da lista de encerramentos cinco tribunais, com a extinção de 49, contra os 54 inicialmente previstos.
O ministério de Paula Teixeira da Cruz decidiu manter os tribunais de Valpaços, Almodôvar, Nelas, Sátão e Vila Nova de Foz Côa, nos distritos de Vila Real, Beja, Viseu e Guarda, de acordo com a proposta de reorganização a que a agência Lusa teve acesso"- dnotícias.pt.

Pelos vistos, de pouco vale "ir a despacho". Apesar das esperanças depositadas pelo presidente da Câmara de Vouzela na conversa mantida com a ministra da Justiça, a verdade é que a proposta final para a reforma do sistema judiciário, mantém o encerramento dos tribunais de Vouzela e de Oliveira de Frades. Caso avance esta reorganização, teremos por estas bandas "secções de proximidade" que se descrevem como "locais de atendimento ao público, prestado por oficiais de justiça, com acesso integral ao sistema de informação do tribunal (...)"

Nem vamos falar em questões técnicas jurídicas de que já outros falaram com mais conhecimento, nem sequer dos fundamentos históricos que justificam a existência do nosso tribunal. Agora, temos que falar, apenas, da nossa dignidade. Da dignidade de um povo que tem visto serem-lhe retiradas as condições básicas da existência, obrigado a pagar para circular nas estradas a que o limitaram, impedido de desenvolver as suas tradicionais atividades económicas, violentamente afastado dos serviços que lhe podiam dar alguma segurança e conforto. Falamos da dignidade de um povo que querem expulsar das suas terras, condenando-o a umas quantas assoalhadas num qualquer subúrbio ou aos serviços de assistência, onde o "preço" do cidadão fica mais barato. Qualquer encerramento de serviços, na situação atual de crise violentíssima, de acelerado despovoamento e envelhecimento, tem que ser entendido como um ataque à nossa dignidade.

É cada vez mais evidente que as medidas que têm sido tomadas, têm como único objetivo aumentar a coleta, sem resolver um só dos problemas estruturais que nos trouxeram à triste situação presente. Se por um qualquer milagre a crise acabasse amanhã, continuávamos sem uma agricultura que garantisse, sequer, as reservas estratégicas nacionais; continuávamos sem indústria; continuávamos um dos países com mais elevados índices de corrupção da Europa. Mas é no meio deste desvario generalizado que se lembram de amealhar umas moedinhas encerrando os poucos serviços que ainda por aqui fixam gente e atenuam a dureza do quotidiano. 

Há quem adiante que os encerramentos de tribunais são o ensaio para uma reforma territorial que pode culminar na extinção de concelhos. Com a autoridade que reivindicamos do facto de defendermos a criação do concelho de Lafões, afirmamos que qualquer reordenamento territorial tem que obedecer a fundamentos históricos, geográficos, etnológicos e sempre com o aval do povo que lhe vai dar conteúdo. Excluem-se destes critérios, as "cunhas", o clientelismo e as soluções pré-fabricadas e impostas. Por isso falamos de dignidade.

Quando a notícia do encerramento do tribunal começou a circular, logo houve quem comentasse no Facebook: "O povo de Vouzela é sereno. Se isso fosse em S. Pedro rolavam cabeças de certeza"! É o velho mito dos "brandos costumes". Por aqui recorda-se que, há apenas umas décadas atrás, muitos dos processos que corriam no tribunal de Vouzela eram por agressões à sacholada na sequência de querelas de partilhas de água. Mas, apesar de nos estarem a tirar o líquido vital da nossa dignidade, preferimos recordar a atitude digna da Comissão Administrativa que, em 11 de Julho de 1927, em plena ditadura, recebeu a notícia da então extinção da Comarca: demitiu-se! Ficamos a aguardar a atitude dos nossos eleitos atuais e nem sequer lhes recordamos as "responsabilidades no cartório".  Apenas pretendemos que não se esqueçam do que, agora, está em causa: a nossa dignidade!

segunda-feira, outubro 15, 2012

Um trecho do parque de Nª. Sª do Castelo


1920's


Edição de Dias & Irmão

domingo, outubro 14, 2012

Felizmente as paredes são fortes

Postal da coleção particular de Carlos Pereira
"Então, agora que a Câmara vai ficar com a Casa das Ameias, vocês não falam no assunto"? Nada de confusões! A Câmara Municipal de Vouzela vai tomar "posse administrativa" do edifício, o que significa que vai avançar com obras coercivas, após o que terminará a tal "posse". A medida é aplicada de acordo com o previsto no nº 2 do artigo 89º e no artigo 91º do  Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro. O que eventualmente pode acontecer é, perante uma hipotética recusa dos atuais proprietários em pagar os trabalhos, as quantias terem que ser "cobradas judicialmente em processo de execução fiscal" ( número 2 do artigo 108º do mesmo diploma) que ajude a resolver as complicações deixadas pelo testamento do dr. Gil Cabral.

Por tudo isto e apesar de nada nos dar maior prazer do que reconhecer razão a quem nos fez a observação inicial, a "saga" está para durar. Resta-nos depositar esperanças na robustez das paredes daquela casa porque, no que diz respeito à vontade dos homens... estamos conversados.

segunda-feira, outubro 08, 2012

quinta-feira, outubro 04, 2012

"A única lição que aprendemos da história é que nunca aprendemos as lições da história"

"Fazem-se empréstimos para suprir o imposto, criam-se impostos para pagar os juros dos empréstimos, tornam-se a fazer empréstimos para atalhar os desvios do imposto para o pagamento dos juros, e neste interessante círculo vicioso, mas ingénuo, o déficit — por uma estranha birra, admissível num ser teimoso, mas inexplicável num mero saldo negativo, em uma não existência, — aumenta sempre através das contribuições intermitentes com que se destinam a extingui-lo já o empréstimo contraído, já o imposto cobrado.
(...)
 No entanto o problema de aumentar a riqueza — único meio de prover aos encargos — é considerado como absolutamente estranho à questão da fazenda"- Ramalho Ortigão, Farpas, 1882.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Praça da República


Postal do fim dos anos 1940. Esta mesma imagem foi editada em três coleções diferentes na mesma década.
Imagem rara de uma praça sem carros que hoje em dia é praticamente impossível de obter.