Pensão e café Jardim: a memória
Durante muitos anos foi um edifício de referência ali em frente ao Jardim, onde a João de Melo cruza com a Ayres de Gouveia. Pensão e café, mais loja na cave com venda de vinho a copo e matraquilhos sob a orientação do senhor Augusto Ferreira que também foi sapateiro, mas a quem a ironia local fez passar à história como "o Polícia".
Pela porta lateral (na Rua Ayres de Gouveia, a mesma da Pensão Marques), tinha-se acesso à escadaria interior que levava aos quartos e à sala de estar do 1º andar (com a varanda que se vê na imagem), à entrada de serviço para o café, à cozinha e a uma fabulosa sala de jantar com amplas vistas para a mancha verde da Costeira e dos terrenos cultivados que desciam até ao Zela, onde uma clientela certa ou de passagem se deleitava com demoradas refeições e amenas cavaqueiras, por vezes entrecortadas pelo apito do comboio a horas quase certas. Aqui, o comando era da D. Otília.
Foi unidade hoteleira de excelência, numa altura em que Vouzela era servida por várias. Depois, acabou por soçobrar aos equívocos de uma terra que sempre falou muito mas pouco concretizou no que diz respeito ao turismo. Durante alguns anos ainda ficou o edifício, criação do mestre Guilherme Cosme, até que alguém se decidiu pelo camartelo. Talvez por arrependimento tardio, tentaram copiar-lhe as "curvas" e mantiveram o café. Faltou-lhes a "alma". Essa, é bem visível na foto gentilmente cedida pelo João Ferreira. Era feita de movimento, de gente, de cheiros, de vida, ingredientes de uma Vouzela que não podemos deixar ficar pela memória.
Pela porta lateral (na Rua Ayres de Gouveia, a mesma da Pensão Marques), tinha-se acesso à escadaria interior que levava aos quartos e à sala de estar do 1º andar (com a varanda que se vê na imagem), à entrada de serviço para o café, à cozinha e a uma fabulosa sala de jantar com amplas vistas para a mancha verde da Costeira e dos terrenos cultivados que desciam até ao Zela, onde uma clientela certa ou de passagem se deleitava com demoradas refeições e amenas cavaqueiras, por vezes entrecortadas pelo apito do comboio a horas quase certas. Aqui, o comando era da D. Otília.
Foi unidade hoteleira de excelência, numa altura em que Vouzela era servida por várias. Depois, acabou por soçobrar aos equívocos de uma terra que sempre falou muito mas pouco concretizou no que diz respeito ao turismo. Durante alguns anos ainda ficou o edifício, criação do mestre Guilherme Cosme, até que alguém se decidiu pelo camartelo. Talvez por arrependimento tardio, tentaram copiar-lhe as "curvas" e mantiveram o café. Faltou-lhes a "alma". Essa, é bem visível na foto gentilmente cedida pelo João Ferreira. Era feita de movimento, de gente, de cheiros, de vida, ingredientes de uma Vouzela que não podemos deixar ficar pela memória.
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