Nós, a paisagem
(...) vamos propor um programa integrado de requalificação de cidades, com prioridade para centros históricos e para aquela malha suburbana onde surgem problemas como os que vimos na Grécia e agora aqui também em Portugal. Na Bela Vista houve uns ameaços. A União Europeia não tem um programa de requalificação de cidades- Paulo Rangel em entrevista ao i.
É daquelas ideias que buscam o consenso, que quase imaginamos subscritas por gente das mais diversas famílias partidárias. No entanto, uma leitura mais atenta confronta-nos com uma estratégia política que nos condena- a todos os que não vivem, nem querem viver em cidades- a ficar à porta da Europa, ignorados nas propostas dos candidatos. Historicamente, a cidade sempre foi o centro de um território que garantia toda a variedade de serviços que a sustentavam. Cidade pressupunha, então, uma envolvente rural. Hoje, fala-se de cidade limitando-a ao maior aglomerado populacional e de consumo (e de votos!). O resto é a paisagem que... somos nós.
É daquelas ideias que buscam o consenso, que quase imaginamos subscritas por gente das mais diversas famílias partidárias. No entanto, uma leitura mais atenta confronta-nos com uma estratégia política que nos condena- a todos os que não vivem, nem querem viver em cidades- a ficar à porta da Europa, ignorados nas propostas dos candidatos. Historicamente, a cidade sempre foi o centro de um território que garantia toda a variedade de serviços que a sustentavam. Cidade pressupunha, então, uma envolvente rural. Hoje, fala-se de cidade limitando-a ao maior aglomerado populacional e de consumo (e de votos!). O resto é a paisagem que... somos nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário