Água, esse negócio
Em declarações ao Público (08/12/2008), Pedro Serra, administrador das Águas de Portugal, divulgou a estratégia do grupo para o período 2007-2013. O assunto não teria particular interesse, não fosse estar em causa a água que nos corre nas torneiras e a (des)confiança sobre a qualidade desse serviço.
Por exemplo, ficámos a saber que o grupo vai entrar nos “sistemas em baixa” (ligação à rede doméstica), depois de vários anos limitado aos “sistemas em alta” (desde a captação na fonte, até à entrada nos sistemas de distribuição municipais). E porquê? Porque se concluiu ser necessário “corrigir as ineficiências detectadas nas estratégias anteriores, dando ao mesmo tempo mais sustentabilidade ao negócio”. Mas, para que não ficassem dúvidas, a jornalista explicou: “Os grandes obstáculos assentaram na falta de capacidade de investimento das autarquias nos serviços em baixa, muito devido à pequena escala dos sistemas, que desincentivaram o interesse dos privados”.
Ou seja, se acreditava ser o acesso à agua de qualidade um direito, o leitor não passa de um ingénuo que ainda julga ver o Pai Natal a entrar pela chaminé. A água que a "Mãe Natureza" põe à nossa disposição, é uma mercadoria que alguns “iluminados” decidem quando e como deve chegar a nossa casa. O problema não está em eliminar o desperdício ou discriminar formas de consumo. Está no mais básico dos argumentos: há ou não há dinheiro para pagar. Por isso mesmo, o administrador Pedro Serra anuncia que o aumento das tarifas é uma hipótese para 2010-2011. E quem tiver dificuldade em pagar? Também está previsto: “há casos onde terá de haver apoio social (…). O problema é que há dezenas de operadores no sector da água, o que dificulta a aplicação desta solução”. Estamos totalmente esclarecidos…
Por exemplo, ficámos a saber que o grupo vai entrar nos “sistemas em baixa” (ligação à rede doméstica), depois de vários anos limitado aos “sistemas em alta” (desde a captação na fonte, até à entrada nos sistemas de distribuição municipais). E porquê? Porque se concluiu ser necessário “corrigir as ineficiências detectadas nas estratégias anteriores, dando ao mesmo tempo mais sustentabilidade ao negócio”. Mas, para que não ficassem dúvidas, a jornalista explicou: “Os grandes obstáculos assentaram na falta de capacidade de investimento das autarquias nos serviços em baixa, muito devido à pequena escala dos sistemas, que desincentivaram o interesse dos privados”.
Ou seja, se acreditava ser o acesso à agua de qualidade um direito, o leitor não passa de um ingénuo que ainda julga ver o Pai Natal a entrar pela chaminé. A água que a "Mãe Natureza" põe à nossa disposição, é uma mercadoria que alguns “iluminados” decidem quando e como deve chegar a nossa casa. O problema não está em eliminar o desperdício ou discriminar formas de consumo. Está no mais básico dos argumentos: há ou não há dinheiro para pagar. Por isso mesmo, o administrador Pedro Serra anuncia que o aumento das tarifas é uma hipótese para 2010-2011. E quem tiver dificuldade em pagar? Também está previsto: “há casos onde terá de haver apoio social (…). O problema é que há dezenas de operadores no sector da água, o que dificulta a aplicação desta solução”. Estamos totalmente esclarecidos…
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