A propósito do Hospital de Vouzela
Curioso o letreiro em ferro trabalhado, dizendo: "Asilo-Hospital"
da Misericórdia local- "clique" na imagem para ampliar
No dia em que reabre o Hospital de Vouzela (Unidade de Cuidados Continuados), propriedade da Santa Casa da Misericórdia, recordam-se pormenores da sua história e os tempos de uma outra inauguração: a de 1959, após alargamento e remodelação da chamada Casa de Cavalaria (núcleo central da actual unidade) que edificou a unidade de saúde que durante anos serviu a região.
Foi no ano em que Vasco da Gama chegou à Índia que se criou a Misericórdia de Vouzela: Agosto de 1498, na Sé Catedral de Lisboa, “por premissão, consentimento e favor da Ilustríssima e mui Católica Senhora, a Senhora Rainha D. Leonôr e mulher do sereníssimo Rei D. João, o segundo (...)” (1).
O primeiro hospital veio mais tarde: em 29 de Junho de 1848. Chamava-se Hospital de São Sebastião, ou do Cimo de Vila, e localizava-se junto à Capela com o mesmo nome. Pelo que se lê no Notícias de Vouzela (1 de Fevereiro de 1959), o Provedor dessa altura era o “Senhor da Casa da Sernada”. Em 1873 tinha a Misericórdia ao seu serviço “dois médicos, um enfermeiro, um barbeiro fornecedor de sanguessugas e um sangrador”.
Em 17 de janeiro de 1894 é legada à Misericórdia a Casa de Cavalaria, sendo para lá transferido o Hospital, inaugurado em 24 de Junho desse ano pela rainha D. Amélia que, dois anos mais tarde, aceitou ser nomeada provedora honorária.
A 1 de Fevereiro de 1959, após grandes obras, foi inaugurada a unidade hospitalar que durante anos foi o principal serviço de saúde do concelho e, no dizer do provedor da altura (Dr. Guilherme Coutinho), “um dos melhores hospitais de província” do país. Tinha gabinete de radiologia, sala de operações (em 1958 tinham-se realizado 33 operações de grande cirurgia e 81 de pequena cirurgia) , enfermaria de adultos e de crianças, gabinetes de consultas.
Como não podia deixar de ser, o Notícias de Vouzela, com edição saída no dia da inauguração, dava grande destaque ao acontecimento. Nada menos do que quatro páginas numa edição de oito, com a última totalmente ocupada por fotografias dos melhoramentos. Para além dessas (e daquelas que aqui se publicam), as do Dr. Guilherme Coutinho e do Dr. Agostinho Fontes Pereira de Melo, “director clínico do Hospital durante cerca de meio século”.
Foi no ano em que Vasco da Gama chegou à Índia que se criou a Misericórdia de Vouzela: Agosto de 1498, na Sé Catedral de Lisboa, “por premissão, consentimento e favor da Ilustríssima e mui Católica Senhora, a Senhora Rainha D. Leonôr e mulher do sereníssimo Rei D. João, o segundo (...)” (1).
O primeiro hospital veio mais tarde: em 29 de Junho de 1848. Chamava-se Hospital de São Sebastião, ou do Cimo de Vila, e localizava-se junto à Capela com o mesmo nome. Pelo que se lê no Notícias de Vouzela (1 de Fevereiro de 1959), o Provedor dessa altura era o “Senhor da Casa da Sernada”. Em 1873 tinha a Misericórdia ao seu serviço “dois médicos, um enfermeiro, um barbeiro fornecedor de sanguessugas e um sangrador”.
Em 17 de janeiro de 1894 é legada à Misericórdia a Casa de Cavalaria, sendo para lá transferido o Hospital, inaugurado em 24 de Junho desse ano pela rainha D. Amélia que, dois anos mais tarde, aceitou ser nomeada provedora honorária.
A 1 de Fevereiro de 1959, após grandes obras, foi inaugurada a unidade hospitalar que durante anos foi o principal serviço de saúde do concelho e, no dizer do provedor da altura (Dr. Guilherme Coutinho), “um dos melhores hospitais de província” do país. Tinha gabinete de radiologia, sala de operações (em 1958 tinham-se realizado 33 operações de grande cirurgia e 81 de pequena cirurgia) , enfermaria de adultos e de crianças, gabinetes de consultas.
Como não podia deixar de ser, o Notícias de Vouzela, com edição saída no dia da inauguração, dava grande destaque ao acontecimento. Nada menos do que quatro páginas numa edição de oito, com a última totalmente ocupada por fotografias dos melhoramentos. Para além dessas (e daquelas que aqui se publicam), as do Dr. Guilherme Coutinho e do Dr. Agostinho Fontes Pereira de Melo, “director clínico do Hospital durante cerca de meio século”.
No mesmo número registava-se o sucesso da "edição aérea" do jornal (em papel próprio, o que permitia ser distribuído por avião) e falava-se do avanço da electrificação de Ventosa, onde as primeiras casas se preparavam para o melhoramento. Foi há 49 anos, dois meses e sete dias.
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(1)- Todas as citações e fotos foram retiradas da edição de 1 de Fevereiro de 1959 do Notícias de Vouzela que, a partir do arquivo da Santa Casa publicou o trabalho “A Santa Casa da Misericórdia de Vouzela- Apontamentos para a sua história”.
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