O mau ambiente da economia
Recentemente, em Bruxelas, os líderes europeus entraram em conflito por causa dos custos da meta definida para a redução das emissões de dióxido de carbono. Receiam-se as consequências da “deslocalização”, já que algumas indústrias podem abandonar território europeu. A este respeito, o presidente da Business Europe (federação europeia de empresários), foi claro: entre 50 e 80 milhões de euros anuais é o que se calcula que venha a ser o agravamento dos custos de produção na Europa, com a aplicação do sistema de comércio de emissões de CO2. Os sectores mais afectados vão ser o cimento, aço, alumínio e o papel. Lembram-se do lançamento da primeira pedra daquela fábrica de papel que José Sócrates definiu como o modelo a seguir?
Deste modo chegámos aos domínios do paradoxo. A União Europeia vê a sua política ambiental refém da sua política económica. Na verdade, sempre se percebeu que os limites da primeira seriam determinados pelos resultados da segunda, mas havia uma margem para o faz de conta. Agora nem isso.
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