Cá vamos, pela sombra
Não uma qualquer, mas a refrescante sombra de um belíssimo exemplar de carvalho (negral ou roble, os especialistas que se pronunciem). Alguns, ainda os guardam na memória, outros têm o privilégio de conviver com eles. Como nós. Em tempos, cobriram grande parte do nosso território e foram fonte de alimento de pessoas e animais (o pão de bolotas moídas, por exemplo). Da sua madeira, fizeram-se pipas, mobílias, naus. Mas, o crescimento lento que caracteriza a espécie, acabou por torná-la vulnerável ao ritmo da exploração. A opção pelo pinheiro e pelo eucalipto, acabaram com o resto. Permanecem a sua memória (bem presente, ainda, na nossa toponímia) e algumas manchas dispersas, de que a nossa região guarda parte significativa. Resta saber até quando, já que não é espécie protegida, apesar de o sermos por ela: “O papel regulador climático do ecossistema carvalhal tende (...) a criar condições microclimáticas que permitem reduzir o risco de ocorrência de incêndios.” (1)
Pois é por esta sombra que vamos, uns dias, mudar de ares. O Pastel de Vouzela vai seguir em “lume brando”. Até ao nosso regresso.
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(1)- Árvores e florestas de Portugal, Vol. 2, Os carvalhais- um património a conservar, Coordenação de Joaquim Sande Lemos, Lisboa, Público Comunicação Social, SA e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2007, pag. 126.
Pois é por esta sombra que vamos, uns dias, mudar de ares. O Pastel de Vouzela vai seguir em “lume brando”. Até ao nosso regresso.
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(1)- Árvores e florestas de Portugal, Vol. 2, Os carvalhais- um património a conservar, Coordenação de Joaquim Sande Lemos, Lisboa, Público Comunicação Social, SA e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2007, pag. 126.
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