sábado, março 27, 2010

REFLEXÕES PARA UM DIA DE PRIMAVERA ENVERGONHADA

1.Contrariamente ao que possam pensar eu não sou sempre do contra, mas chamar “metro de superfície” a um “carro eléctrico” é demais.O “metro” sempre foi um “subway” ou “underground” ,ou seja, anda debaixo do solo. Mesmo onde ele vem à superfície (ex.: Londres, Paris, Tóquio) está isolado do restante tráfico.

Só por cá é que existem “metros de superfície” porque somos parolos, atrasados, presunçosos , peneirentos, etc… Aquilo chama-se, em qualquer parte do mundo civilizado, um comboio, porque “eléctrico” também não é nada. Era no tempo em que não existiam automóveis eléctricos, “segways” e outras modernices movidas a electricidade.

Que queiram e lutem por reanimar a linha férrea do Vale do Vouga para fins turísticos ou outros de interesse regional faz todo o sentido e serei o primeiro a subscrever, mas chamem-lhe simplesmente comboio.

2.Muito se tem falado sobre a previsível privatização dos CTT e da importância que os mesmos têm para o país. Alguns falam mesmo em “soberania nacional” e confesso, fiquei preocupado, mas, um dia destes tive de ir a uma estação dos CTT e deparei com uma autêntica “loja do chinês”: livros, CD´s, relógios, peluches, jogos infantis e eu sei lá que mais, estavam ali para venda ao público. Claro que também havia selos, vales e registos, mas fiquei sem perceber se este não seria o negócio secundário.

Se pensarmos um pouco chegamos à conclusão que nos dias que correm as cartas e telegramas são cada vez mais coisa rara, substituídos por E-mails, redes sociais da internet e sms´s. Restam a correspondência oficial (as finanças, bancos, concessionárias de serviços e tribunais continuam a ser bons clientes) e algumas, poucas, empresas.

Ou seja: quando abrir a sua caixa de correio terá 99,9% de probabilidades de encontrar apenas contas para pagar.

3.Desta vez o Presidente andou a “limpar” o país. Lá o vi na TV com a roupagem adequada ao evento e a arengar sobre o ambiente e não sei quê mais, etc. e tal.

O lixo está para Portugal como a água para o peixe: sem água não havia peixe, sem lixo não havia “face oculta”, escutas, jornal de sexta, “SOL”, BPN, BPP e comentadores da TV. Possivelmente não havia partidos, políticos, “jotas” e quejandos.

Por favor esqueçam o lince da Malcata e salvem o lixo nacional.

1 comentário:

MR disse...

"mas chamem-lhe simplesmente comboio"...sem dúvida