É a altura certa para arrumar a casa
Na página do Instituto Nacional de Estatística estão disponíveis os dados sobre a estimativa da população residente em 2007. Para Lafões, as boas notícias têm que ver com o estancar da sangria. As más, com tudo o resto: envelhecimento, natalidade, capacidade de atracção... Fiquemo-nos pelas boas.
Comparando os números actuais com os anteriormente divulgados, parece-nos ser possível concluir que não houve alterações significativas. Os três concelhos continuam abaixo do desejável e a explicação para a recente estabilidade pode não ser muito agradável. No entanto, como este é dos tais problemas para que não há remédio de rápido efeito, mais do que “chorar sobre o leite derramado”, impõe-se aproveitar este período de “ponto morto” para tirar conclusões e preparar o futuro.
É evidente que, no actual contexto, não faz qualquer sentido estar a pensar em “zonas de expansão”. Mas faz todo o sentido melhorar as condições de vida dos que por cá permanecem, na certeza de que a nossa capacidade de atracção futura, depende do grau de satisfação que conseguirmos nos residentes do presente. É a altura certa para arrumar a casa, concentrando esforços na melhoria dos serviços fornecidos, na melhoria da imagem e na organização.
Levar os benefícios do saneamento básico a todas as freguesias, recuperar e preservar os recursos hídricos, melhorar o sistema de tratamento de esgotos, renovar canalizações evitando o desperdício de água, são obras prioritárias, não se percebendo muito bem como foi possível gastar tanto dinheiro noutras coisas sem as concluir. Depois, acabar com o desleixo. Edifícios inacabados ou com claros sinais de abandono (alguns em zonas bem sensíveis e até nas sedes dos concelhos), barreiras arquitectónicas absurdas, sinalização inadequada, insuficiente e mal localizada, vias em péssimo estado, zonas de interesse turístico a necessitarem de cuidados de manutenção, lixo- estes são alguns aspectos a merecer intervenção urgente.
Mas é no planeamento, na preparação do futuro que parecem estar os principais desafios. De uma vez por todas, que actividades consideramos prioritárias? Que estamos em condições de fazer para promover a tal mítica actividade turística, há anos apontada como o centro nevrálgico do desenvolvimento regional? Como pensamos deverem ser organizados os serviços, para que os concelhos se complementem? De que modo teremos que articular outras actividades (a agricultura, por exemplo) na tal perspectiva de desenvolvimento sustentado?
É evidente que, no actual contexto, não faz qualquer sentido estar a pensar em “zonas de expansão”. Mas faz todo o sentido melhorar as condições de vida dos que por cá permanecem, na certeza de que a nossa capacidade de atracção futura, depende do grau de satisfação que conseguirmos nos residentes do presente. É a altura certa para arrumar a casa, concentrando esforços na melhoria dos serviços fornecidos, na melhoria da imagem e na organização.
Levar os benefícios do saneamento básico a todas as freguesias, recuperar e preservar os recursos hídricos, melhorar o sistema de tratamento de esgotos, renovar canalizações evitando o desperdício de água, são obras prioritárias, não se percebendo muito bem como foi possível gastar tanto dinheiro noutras coisas sem as concluir. Depois, acabar com o desleixo. Edifícios inacabados ou com claros sinais de abandono (alguns em zonas bem sensíveis e até nas sedes dos concelhos), barreiras arquitectónicas absurdas, sinalização inadequada, insuficiente e mal localizada, vias em péssimo estado, zonas de interesse turístico a necessitarem de cuidados de manutenção, lixo- estes são alguns aspectos a merecer intervenção urgente.
Mas é no planeamento, na preparação do futuro que parecem estar os principais desafios. De uma vez por todas, que actividades consideramos prioritárias? Que estamos em condições de fazer para promover a tal mítica actividade turística, há anos apontada como o centro nevrálgico do desenvolvimento regional? Como pensamos deverem ser organizados os serviços, para que os concelhos se complementem? De que modo teremos que articular outras actividades (a agricultura, por exemplo) na tal perspectiva de desenvolvimento sustentado?
Depois, racionalizar o consumo de energia (a começar nos edifícios públicos- vale a pena ler isto), repensar os transportes públicos locais, de modo a oferecer alternativas que sustentem futuras limitações à circulação, dinamizar a selecção e certificação de produtos de interesse regional, estimular o associativismo que dinamize a reorganização de sectores económicos, apoiada pela necessária formação. Finalmente, estudar a melhor forma de conseguir a colaboração dos importantes recursos intelectuais da região (a Universidade de Aveiro aqui tão perto...), para que, de uma vez por toda, se acabe com o empirismo, o "jeitinho", como único suporte da intervenção no território.
Há muito para fazer se quisermos aproveitar o momento para lançar a viragem. Ninguém diz que seja tarefa fácil, mas é urgente. Não existe fatalidade ou “mau-olhado” que nos condene à paralisia e à mediocridade. Apenas têm existido estratégias erradas e prioridades duvidosas. Este parece ser o tempo certo para arrepiar caminho.
Há muito para fazer se quisermos aproveitar o momento para lançar a viragem. Ninguém diz que seja tarefa fácil, mas é urgente. Não existe fatalidade ou “mau-olhado” que nos condene à paralisia e à mediocridade. Apenas têm existido estratégias erradas e prioridades duvidosas. Este parece ser o tempo certo para arrepiar caminho.
5 comentários:
Saudações para a bonita região de Dão-Lafões.
Obrigado e felicidades para "Mentes despertas".
Sem que disto resulte qualquer critica para o vosso excelente trabalho no Blog, que aprecio devidamente, confesso que evito vir aqui por causa das intrumissões abusivas que antes aqui me entram, intrumissões de imagem e som, antes da abertura do próprio Blog.
Como frequento tantos blogues e em nemhum outro isto acontece, estranho que não consigam eliminar estes intrusos que tanto incomodam.
Victor:
Admitindo que não saibamos fazer tudo para o evitar, a verdade é que já eliminámos as ligações que provocavam esse problema. O que acontece é que algumas (ligações) que não tinham publicidade associada, parece terem mudado de ideias...
No entanto, tanto quanto nos apercebemos, não há "ligações perigosas" a partir dessas janelas.
As nossas desculpas.
Obrigado pela atenção da vossa resposta e só lamento não ter conhecimentos tecnicos/informáticos que com gosto vos facultaria para poderem resolver a inconveniencia da intromissão destes chatos.
Cumprimentos!
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