terça-feira, dezembro 04, 2007

Quando um homem quiser

Vouzela, 4 de Dezembro. Sigo na direcção de Fataunços, passa já da meia- noite. Rua Sidónio Pais, defunta estação dos combóios, defunta serração, atravesso a ponte, passo à porta dos Maristas (defunto Hotel Mira-Vouga) e, no cimo, junto ao cruzamento, o sinal vermelho vivo, realçado pela escuridão, obriga-me a parar. Já passa da meia- noite, repito. Nem carros, nem pessoas, nada que se visse ou mexesse. De frente para a capela de São Sebastião, interrogo-me se aquele semáforo será uma nova forma de apelar ao recolhimento, um substituto tecnológico das “alminhas” de antanho. Concluo que, ao fim e ao cabo, as cores do semáforo têm mais que ver com a quadra natalícia do que muitas iluminações que temos visto. E, afinal de contas, “Natal é quando um homem quiser”...

________
Regista-se com agrado que Vouzela alarga o seu espaço na blogosfera. Já conhecíamos o “Metal Morfose”, o “Underground Sound”, o “Anti-Sócrates”, “Os dias assim” o “Burro quando foge”. Recentemente tivemos conhecimento do “Postal de Vouzela” (bem apanhado) e do “Maria Carqueja”. Têm interesses diferentes, objectivos diferentes mas uma vontade comum de comunicar. “Caladinhos” é nome de biscoito e de tanta troca de ideias, alguém há-de explicar que, "quando um homem quiser", os semáforos podem ficar em amarelo intermitente.

1 comentário:

CP disse...

Há uma coisa que alguns chamam de "bom senso" que alguns programadores de semáforos não têm ou então, como diz um amigo meu, estão feitos com as gasolineiras.