Urbanização de Sampaio começa com destruição de muro de pedra
Urbanização de Sampaio. Quem desce, do lado direito, encontra um muro recentemente construído, separando os loteamentos do passeio público. Trata-se de um vulgaríssimo muro em cimento. Nada de novo. Surpreendente é ter sido destruído um muro em pedra (ainda visível), para dar lugar à “modernaça” construção. Porquê?
Os muros de pedra, são marcas características da nossa região, reflectindo o esforço dos que, ao longo de séculos, souberam conquistar espaço à dureza da serra. São marcas do esforço, da técnica e do regime de propriedade. Como tal, deviam ser classificados e protegidos, se houvesse conhecimento para mais do que para delimitar “centros históricos” de pouco rigor, cenário para fotografias de turista ocasional. Se quiserem um argumento mais de acordo com a sensibilidade dos que nos têm dirigido, digo: foram desperdiçados milhares de euros!
Como início de uma urbanização num dos bonitos espaços da vila de Vouzela, é um sinal preocupante. Haverá sensibilidade para proteger o que resta, para evitar o corte dos carvalhos, para saber conviver com o Zela que corre ao fundo? Duvido. Os autarcas que vamos tendo, são óptimos a encomendar estudos, mas revelam algumas dificuldades de interpretação...
Os muros de pedra, são marcas características da nossa região, reflectindo o esforço dos que, ao longo de séculos, souberam conquistar espaço à dureza da serra. São marcas do esforço, da técnica e do regime de propriedade. Como tal, deviam ser classificados e protegidos, se houvesse conhecimento para mais do que para delimitar “centros históricos” de pouco rigor, cenário para fotografias de turista ocasional. Se quiserem um argumento mais de acordo com a sensibilidade dos que nos têm dirigido, digo: foram desperdiçados milhares de euros!
Como início de uma urbanização num dos bonitos espaços da vila de Vouzela, é um sinal preocupante. Haverá sensibilidade para proteger o que resta, para evitar o corte dos carvalhos, para saber conviver com o Zela que corre ao fundo? Duvido. Os autarcas que vamos tendo, são óptimos a encomendar estudos, mas revelam algumas dificuldades de interpretação...
4 comentários:
Autarcas com sensibilidade é luxo que Lafóes há muito náo conhece. O que descrfevem é um modesto exemplo da barbarie que tem destruído as marcas de meio rural. Esses gajos sáo uns complexados!!!
Podem dizer de onde é a foto que ilustra o post?
A imagem que ilustra o post, é parte de uma fotografia da Gândara (Ventosa)que deve ter sido tirada por volta dos anos 60. Penso que aqueles muros também já não existem.
Os muros de pedra são um patrimonio regional.Na medida do possível as autarquias devem preservá-los,não se compreende que as pessoas desejem as suas casas em pedra e respectivos muros e não defendam a grande casa dos cidadãos que são as autarquias.
Devem ser atribuidas prioridades de conservaçao,e tambem não tornar os assuntos em tabus ,pois há muros que tambem atrapalham a obra necessária ao desenvolvimento das terras e não têm interesse nenhum.
Eleger o que há para conservar e melhorar é a primeira medida e isso devia estar feito.
Armando Figueiredo
"Devia estar feito", mas infelizmente, não está. A história do "deszenvolvimento" é, salvo melhor opinião, uma falsa desculpa. O maior património de Lafóes, a sua maior riqueza, o seu pricvipal eixo estruturante para o desenvolvimento, é a paisagem e o património edificado. Ou o desenvolvimento se faz em torno disso, ou, pura e simplesmente, não se faz. Um bo ano.
Enviar um comentário